Navegando por Autor "Silveira, Micheline Rosa"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Desenvolvimento e validação do conteúdo da escala de percepções de dificuldades com o tratamento antirretroviral.(2016) Brasil, Celline Cardoso Almeida; Nascimento, Elizabeth; Costa, Juliana de Oliveira; Silveira, Micheline Rosa; Bonolo, Palmira de Fátima; Ceccato, Maria das Graças BragaIntrodução: Pessoas vivendo com HIV (PVHA) devem ser devidamente orientadas para iniciar a terapia antirretroviral (TARV), sendo importante identificar as dificuldades de PVHA com o tratamento, no intuito de realizar intervenções para prevenir uma possível falha terapêutica. Objetivos: Desenvolver uma escala para avaliar a percepção de dificuldades de PVHA com a TARV e analisar sua validade de conteúdo. Métodos: Uma escala contendo 47 itens foi proposta a partir de um estudo qualitativo prévio e, entre junho e agosto de 2015, foi aplicada em 27 PVHA em tratamento no Hospital Eduardo de Menezes para avaliar a compreensão dos itens pela população alvo (análise semântica). Os itens foram modificados e avaliados por três juízes quanto à relevância, adequação e dimensionalidade, utilizando-se o coeficiente de validade do conteúdo e coeficiente kappa. Resultados: Após análise semântica os itens foram reduzidos para 40. Nenhum item foi excluído após análise de juízes, uma vez que todos foram considerados relevantes. Apenas 30% dos itens foram modificados após serem considerados inadequados. A maior dificuldade dos juízes foi classificar itens sobre a adequação do medicamento à rotina entre as dimensões. Conclusões: Os resultados apontaram a adequação da escala ao conteúdo que ela pretende avaliar. A versão piloto da escala está sendo testada empiricamente e poderá ser usada no serviço de saúde, em nível individual, identificando os casos nos quais é necessário prover educação e aconselhamento ao paciente, bem como instrumento de pesquisa, em nível coletivo, para o planejamento de intervenções e de políticas públicas.Item Estudo de utilização de medicamentos por idosos não institucionalizados residentes em Ouro Preto - MG.(2014) Rezende, Cristiane de Paula; Veloso, Vanja Maria; Sebastião, Elza Conceição de Oliveira; Veloso, Vanja Maria; Silveira, Micheline Rosa; Guimarães, Andrea GrabeO processo de envelhecimento é acompanhado pelo surgimento de múltiplas doenças crônicas e ao consumo elevado de medicamentos. O uso de muitos fármacos, a prática da automedicação, a ocorrência de interações e redundâncias medicamentosas são frequentes e podem levar ao aparecimento de doenças iatrogênicas, tendo como consequência reações adversas, lesões temporárias, permanentes e até à morte, dependendo da gravidade desses eventos adversos. Utilizá-los de maneira correta e adequada é essencial para garantir a qualidade de vida do idoso. O presente estudo teve como objetivo, avaliar o uso de medicamentos inadequados (MPI) para idosos, segundo Critérios de Beers, bem como determinar a ocorrência de polifarmácia e redundância farmacêutica. Para realização deste estudo foram entrevistados 352 idosos sistematicamente selecionados residentes na sede do município de Ouro Preto. O instrumento de coleta de dados foi um roteiro semiestruturado, que identificou dados sociodemográficos, morbidade autorreferida e uso de medicamentos nos 12 meses anteriores à pesquisa. Dentre os participantes, a maioria eram mulheres, eram casados, que não trabalhavam e que possuíam baixa renda, entretanto a maioria possuía casa própria. Os principais problemas de saúde referidos pelos idosos foram hipertensão, problemas auditivos e tontura/vertigem e constipação. Em relação ao uso de medicamentos, 33,5% estavam usando cinco ou mais medicamentos e 40,1% faziam uso de MPI. Conclui-se que muitos idosos referiram ter vários problemas de saúde, sendo a hipertensão a principal queixa, utilizar cinco medicamentos ou mais. Dentre os medicamentos relatados, muitos eram inadequados para os idosos, o que pode levar a futuras complicações clínicas e levar a necessidade crescente por serviços de saúde.Item Perfil de utilização de medicamentos em idosos atendidos pela atenção primária do Sistema Único de Saúde : análise da segurança terapêutica.(2021) Silveira, Viviane Felix; Nascimento, Renata Cristina Rezende Macedo do; Nascimento, Renata Cristina Rezende Macedo do; Silveira, Micheline Rosa; Guimarães, Andrea GrabeIntrodução: Os idosos tem grande representatividade entre os usuários de serviços públicos de saúde, tendo em vista que são mais suscetíveis a doenças crônicas e internações, além de serem consumidores de um grande número de medicamentos. Entretanto, poucos estudos de base populacional apresentam dados sobre a prevalência de problemas relacionados ao uso de medicamentos em idosos. O objetivo deste estudo foi analisar o perfil de utilização de medicamentos e os aspectos relacionados à segurança terapêutica nos idosos atendidos pela Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS). Métodos: Trata-se de um estudo transversal, integrante da Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção do Uso Racional de Medicamentos (PNAUM) - componente Serviços, a qual utilizou uma amostra representativa da população brasileira. As variáveis de interesse foram o uso de medicamentos e o uso de medicamentos potencialmente inapropriados (MPI). A amostra foi composta por indivíduos com 65 anos ou mais, sendo a coleta dos dados realizada nos serviços de APS do SUS, no período de julho/2014 a maio/2015. Os medicamentos foram classificados segundo a Anatomical Therapeutic Chemical (ATC), sendo as interações medicamento-medicamento identificadas pelo aplicativo Micromedex®. Para a classificação dos MPI foi utilizado o Critério de Beers 2019 e a polifarmácia foi definida como o uso concomitante de cinco ou mais medicamentos. As análises foram construídas no programa R versão 4.0.2 utilizando o pacote survey para incorporação do desenho de análises complexas. Resultados: A amostra foi composta por 1.157 indivíduos, sendo que 899 estavam na faixa entre 65 e 74 anos, 223 tinham entre 75 e 84 anos e 35 tinham 85 anos ou mais. A maior parte dos idosos (63,4% IC95% 59,9- 66,7) era do sexo feminino; 58,7% (IC95% 54,1-63,2) casados ou em união estável; 58,8% (IC95% 50,4-66,7) possuíam ensino fundamental incompleto e 27,2% (IC95% 20,8-34,7) declararam serem analfabetos. Foi encontrada alta prevalência de uso de medicamentos (94,2% IC95% 92,2- 95,8) nos 30 dias anteriores à entrevista, com média de 2,87 ± 2,12 medicamentos/idoso. A prevalência de polifarmácia foi 21,0% (IC95% 15,9-27,3). Os medicamentos mais utilizados foram: Hidroclorotiazida (11,4% IC95% 10,1-12,8); Losartana (8,0% IC95% 6,3-10,1) e Captopril (8,0% IC95% 6,4-9,9). Entre os medicamentos identificados, 21,4% (IC95% 19,0- 23,9) são classificados pelo Critério Beers 2019 como MPI para a maioria dos idosos, sendo oÁcido acetilsalicílico (18,5% IC95% 15,2-22,3); Omeprazol (18,1% 14,6-22,2) e Glibenclamida (12,7% IC95% 9,4-17,0) os mais utilizados. Foram identificadas 1.226 interações medicamentosas (IM) potenciais, sendo a maioria classificada como de gravidade moderada (68,60% IC95% 63,50-73,30). As interações envolvendo o uso de Ácido acetilsalicílico foram bastante prevalentes, sendo responsáveis por 23,4% (IC95% 18,5-29,1) de todas as interações encontradas. O uso de medicamentos foi associado a piores indicadores de saúde (p <0,05). Foi constatada associação entre o uso de MPI e polifarmácia (OR 7,15 IC95% 13,45-14,81); diagnóstico de depressão (OR 3,10 IC95% 2,10-4,58) e necessidade de atendimentos em serviço de emergência (OR 1,94 IC95% 1,26-2,97). Conclusão: Os idosos brasileiros estão expostos a fatores que contribuem para a diminuição da segurança terapêutica. O cuidado clínico dos idosos deve ser multidisciplinar e o uso de ferramentas que auxiliem na identificação de IM e de MPI deve ser incentivado entre os profissionais de saúde, a fim de diminuir riscos evitáveis.