Navegando por Autor "Silva, Fernanda Mara Fonseca da"
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Item Caracterização da matéria orgânica particulada dos últimos 10 mil anos a partir de um testemunho do Parque Estadual do Rio Doce, MG, Brasil : implicações paleoambientais.(2015) Silva, Fernanda Mara Fonseca da; Carvalho, Marcelo de Araújo; Ribeiro, Sérvio PontesEste trabalho apresenta a caracterização da matéria orgânica particulada de um testemunho de sondagem de 90 cm (Lc2-01), em um lago assoreado, localizado no Parque Estadual do Rio Doce, MG, Brasil. A análise de palinofácies foi realizada em 17 amostras, datado na profundidade de 80 cm em 10.191 cal. anos AP, 65 cm em 9.640 cal. anos AP, 35 cm em 7.905 cal. anos AP e 10 cm 102 cal. anos AP. O Lc2-01 apresenta uma granodecrescência para o topo, sustentando a ideia de que o processo deposicional no lago envolveu baixa energia. Com base na análise qualitativa da MOP foi possível identificar três associações de palinofácies distintas. A palinofácies 1 (Pf1) é composta basicamente de cutículas, a Palinofácies 2 (Pf2) composta de fitoclastos opacos e não opacos representando os componentes lenhosos e a Palinofácies 3 (Pf3) composta por matéria orgânica amorfa e palinomorfos. A distribuição estratigráfica das associações das palinofácies permitiu dividir a seção estudada em três fases. A Fase 1 (10.375-9.351 cal. anos AP) possui o predomínio da Pf2, sugerindo um ambiente de maior energia, interpretado como flúvio-lacustre, pois até 9.351 cal. anos AP a região não tinha sofrido com o fechamento do leito do rio Doce. Na fase 2 (9.351-7.905 cal. anos AP) observou-se o contínuo aumento na Pf 2 e uma severa elevação da Pf1, apontando o início do fechamento dos vales do antigo leito do rio Doce. A Fase 3 (7.905-102 cal. anos AP) é caracterizada por um abrupto aumento da Pf3, sugerindo condições mais redutoras compatíveis com lâmina d’água de pouca profundidade, interpretada como um ambiente lacustre ou paludal.Item Quantificação de éter-aminas em rejeito da flotação de minério de ferro em função da granulometria.(2009) Silva, Fernanda Mara Fonseca da; Carvalho, Cornélio de FreitasAs éter-aminas graxas são muito utilizadas na flotação de minério de ferro e, após a utilização, elas são descartadas para barragens de rejeitos. As éter-aminas possuem um alto custo e seu descarte no meio ambiente pode gerar grandes impactos ambientais, assim tem se realizado estudos para remover e quantificar estas substâncias presentes no resíduo gerado. A partir dos resultados é possível afirmar que a quantificação de éter-amina pelo método do verde de bromocresol, em todas as frações da flotação (+0,149 a - 0,044 mm), é viável. A extração das aminas da fase sólida em clorofórmio com agitação foi eficiente, porém se torna inviável em escala industrial. Nas frações compreendidas entre (-0,053 +0,044) e (- 0,044 mm), o teor de éter-amina foi elevado no concentrado sólido, indicando que para tais tamanhos poderia se utilizar uma menor quantidade de éter-amina e uma quantidade maior de depressor (amido), em estudos futuros. Na fração de (-0,149 + 0,105mm) o flotado líquido apresentou as maiores concentrações de éter-amina, mas a baixa recuperação de ferro nessa faixa granulométrica torna inviável sua utilização em larga escala quando se pensa em tratamento de minério. Para as análises de nitrato, nitrito e amônia os resultados mostraram valores muito baixos comparando com as concentrações máximas permitidas na Deliberação Normativa Conjunta COPAM/CERH-MG N.º1, de 05 de Maio de 2008. Estes resultados indicam que, provavelmente, as éter-aminas se decompõe em outros compostos nitrogenados ou servem de fonte de nitrogênio para os microorganismos. Nos estudos realizados sobre a biodegradação das éter-aminas, foram comprovados que o ferro exerce papel fundamental, fornecendo os minerais essenciais para o crescimento bacteriano. O monitoramento da biodegradabilidade das éter-aminas mostraram que, em amostras reais com concentrações de éter-amina de 10mgL-1 após 3 horas, sob agitação e a 35ºC, cerca de 100% da éter-amina foi consumida. Em relação aos testes realizados com concentração de 10mgL-1 à temperatura de 30ºC, cerca de 85% de éter-amina foi consumida em 6 horas, sob agitação, revelando a grande influência da temperatura na velocidade de degradação da éter-amina.Item Reconstituição paleoambiental com base na assembleia palinoflorística e palinofácies de sedimentos holocênicos do Parque Estadual do Rio Doce/MG.(2017) Silva, Fernanda Mara Fonseca da; Kozovits, Alessandra Rodrigues; Carvalho, Marcelo de Araújo; Kozovits, Alessandra Rodrigues; Trindade, Viviane; Cassino, Raquel Franco; Lana, Cláudio Eduardo; Sousa, Hildeberto Caldas deAnálises palinológicas e de palinofácies foram realizadas em amostras de um testemunho de 90cm, recuperado no Parque Estadual do rio Doce (PERD-MG), com o objetivo de reconstruir os paleoambientes das coberturas holocêncicas do PERD, além de contribuir para a compreensão dos eventos ambientais ocorridos na evolução da paisagem dessa região. Foram identificadas 21 espécies de esporos de pteridófitas, 52 espécies de grãos de pólen e 06 espécies grãos de fungo. Além disso, um gênero de algas de água doce Spirogyra e um gênero Incertae sedis (Pseudoschizaea rubina) foram registrados. As amostras são claramente dominadas pelos grupos de pólen, em particular as angimnospermas, que é o grupo mais abundante no testemunho estudado. A distribuição estratigráfica das 17 amostras permitiu a definição de 4 fases. A 1 fase (10.375 — 9.350 cal. anos AP) observou baixa concentração e diversidade de grãos de pólen e COT atribuídos a um sistema fluvial com presença de granulometria grossa. No entanto, essas condições tendem a aumentar nas amostras subsequentes. Evidenciou que até 9.351 anos AP a região não tinha sofrido com a movimentação tectônica (desnivelamento e basculamento) do leito do rio Doce. A fase 2 (9.062 — 8.195 cal. anos AP) é um intervalo que pode ser interpretado como uma transição do ambiente fluvial para lacustre, observando um aumento no índice de diversidade da flora, com exeplares de Mauritia flexuosa, Ludwigia sp., Heteropterys sp., Tetrapterys sp., Microlicia sp., Psychotria sp., Polygonum sp., Sapindus sp., Gleichenia sp., Lycopodiella alopecuroides, que apoiam a hipótese de ser uma floresta pantanosa ou arborizada. Na fase 3 (7.905 — 4.785 cal. anos AP) iniciou-se a acumulação de sedimentos finos como lamas e argilas (alto valor de COT) e o aumento da recuperação de palinomormos, registrando alta abundância e diversidade de Pteridófitas, como Anemia sp., Cheilanthes sp., Lophosoria sp., Dicksonia sp., Lycopodiella alopecuroides, Lycopodiella caroliniana, Lycopodiella cernua e Pityrogramma sp. indicando uma condição úmida em um ambiente permanentemente fechado com água (lacustre). Na 4 fase (4.785 — 50 cal. anos AP) observou o registro de menor abundância da flora herbácea que é substituída por outros grupos de vegetação (pântano, cerrado, Mata Atlântica). A amostra de ~ 50 anos representa o ambiente atual, isto é, uma situação registada sazonalmente de água e, portanto, reflete a colmatação do sistema lacustre.