Navegando por Autor "Silva, Cláudia de Lima e"
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Item Estudo da qualidade da água na sub-bacia do Ribeirão do Carmo (MG), com ênfase na geoquímica e na comunidade zooplanctônica.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Silva, Cláudia de Lima e; Costa, Adivane TerezinhaA poluição de um sistema hídrico, mesmo que num curto período, gera um impacto para sua biota, bem como para a população que depende deste recurso para viver, pois estes sendo pontuais ou difusos limitam o uso do curso d’água a atividades menos exigentes, podendo inclusive, inviabilizar a sua recuperação. Intervenções antrópicas no sistema aquático natural têm como resultados alterações físico-químicas na qualidade da água, bem como alterações texturais nos depósitos sedimentares recentes, causando possível liberação de gases e disponibilidade e/ou retenção de nutrientes e elementos traço, como também a redução ou perda da biodiversidade aquática (Tundisi, 2008). A área de estudo encontra-se inserida na porção sudoeste do Quadrilátero Ferrífero, em uma região que entre os séculos 17 e 18 destacou-se no cenário nacional devido à exploração aurífera (Palermo et al., 2004), principal fonte de impacto e contaminação da água e solos. Esta exploração deixou um legado ambiental para as futuras gerações – a contaminação dos rios da região com elementos traço em concentrações consideradas tóxicas à biota, afetando até os dias de hoje, a população e o ecossistema local. O município de Ouro Preto possui 69.495 habitantes, em uma área territorial de 1.245 Km2 , abrigando as nascentes do Ribeirão do Carmo, e o município de Mariana, aproximadamente 54.689 habitantes, em uma área territorial de 1.193 Km2. O objetivo deste projeto foi verificar se a geoquímica e a poluição orgânica local afetavam a comunidade zooplanctônica. Observou-se que a maioria dos elementos químicos analisados apresentou concentrações mais elevadas nas amostras de sedimento do que nas amostras de água, contudo, acredita-se que estes elementos, no sedimento, estejam adsorvidos em óxihidróxidos de Fe, Mn e Al. Os seguintes parâmetros pH, oxigênio dissolvido, Al, Fe, Mn e P violaram as concentrações estipuladas pela DN 01/2008, de maneira difusa na área de estudo. A comunidade zooplanctônica presente nas águas superficiais foi composta pelos seguintes grupos: Rotifera, Protozoa, e Crustacea, sendo o grupo Rotifera o mais representativo, com 51% das espécies identificadas, seguido do grupo Protozoa, com 45% e por último o grupo Crustacea com apenas 4%. Os seguintes organismos foram identificados em todos os pontos: Arcella discoides, A. vulgaris, Vorticella, Bdelloida e Lecane lunaris, sendo a espécie A. vulgaris a mais representativa dentro da área de estudo, tanto para as amostras de água, quanto para as amostras de sedimento, independente da sazonalidade. O grupo Rotifera apresentou maior sensibilidade com relação às alterações nas concentrações dos elementos químicos, sendo a espécie C. dossuaris a mais sensível a possíveis alterações, seguida da espécie C. uncinata. A área de estudo apresentou uma concentração moderada de carga orgânica, com nichos bem distintos, sugerindo que a mesma encontra-se em equilíbrio ecológico. Os valores referentes aos índices de diversidade indicaram que, possivelmente as espécies identificadas desenvolveram adaptações favoráveis a sua permanência em locais com concentrações elevadas de elementos tóxicos à biota, bem como em locais que apresentam algum tipo de stress para estes organismos. As espécies mais adaptadas pertencem ao grupo das tecamebas (Protozoa), sendo o microorganismo Arcella vulgaris o que mais se adaptou às condições adversas encontradas no sedimento e nas águas superficiais. Dentro da área estudada, o trecho do rio localizado no ponto Colina pode ser considerado o mais poluído, já que apresenta valores elevados de condutividade elétrica, baixa concentração de oxigênio dissolvido e valores de pH tendendo a acidez, além das violações dos parâmetros estabelecidos pela DN 01/2008. O ponto Tripuí apresentou valores de alguns parâmetros físico-químicos comparados a rios não poluídos, podendo ser considerado como ponto controle.Item Evaluation of sediment contamination by trace elements and the zooplankton community analysis in area affected by gold exploration in Southeast (SE) of the Iron Quadrangle, Alto Rio Doce, (MG) Brazil.(2013) Silva, Cláudia de Lima e; Costa, Adivane Terezinha; Landa, Giovanni Guimarães; Fonseca, Herton Fabrício Camargos; Silveira, Aléssio Jordan daO objetivo deste estudo foi verificar a composição geoquímica de amostras de sedimentos (fundo e margem) e a relação dos seguintes elementos: Al, As, Cd, Cr, Cu, Fe, Mn, Ni e Zn, derivados da exploração aurífera que ocorreu na área de estudo, com a comunidade zooplanctônica. Métodos: Amostras de sedimento de margem e fundo foram coletadas em quatro pontos ao longo da área de estudo, nos meses de junho/2010 (seca) e março/2011 (chuva). Foram realizadas três tipos de análise: granulométrica, mineralógica por difratometria de Raios-X e geoquímica por ICPOES, sendo que para as duas últimas, foram utilizadas somente a fração silte/argila (<0.062 mm), e os resultadosforam comparados com os seguintes valores de referência: Valores de Referência Local (Costa et al., 2010), Valores de Referência de Qualidade (São Paulo, 2005) e TEC e PEC (MacDonald et al., 2000). Para a identificação taxonômica da comunidade zooplanctônica, foram coletadas amostras (fundo e margem) em frascos de polietileno, suspendidas com água deionizada (margem somente), coradas com corante vital Rosa-de-Bengala, e fixadas com formalina 4%. Resultados: As concentrações de As no ponto Col foram 18 vezes mais elevadas do que o Valor de Referência Local (3.84 mg.kg–1). O cádmio apresentou concentrações bem acima daquelas estabelecidas pelo VRQ (<0.5 mg.kg–1) e PEC (4.98 mg.kg–1) em quase todos os pontos amostrados, independente da sazonalidade. As seguintes espécies zooplanctônicas foram identificadas: Arcella costata (Ehrenberg, 1847), Arcella discoides (Ehrenberg, 1843), Arcella vulgaris (Ehrenberg, 1830), Centropyxis aculeata (Ehrenberg, 1838), Centropyxis ecornis (Ehrenberg, 1841), Difflugia sp., Difflugia acuminata (Ehrenberg, 1838), Euglypha laevis (Perty, 1849), Trynema enchelys (Ehrenberg, 1938), Asplanchna priodonta (Gosse, 1850), e Bedelloida, sendo que aproximadamente 81% pertence ao grupo Protozoa. Conclusões: A área de estudo, com exceção do ponto Tripuí encontra-se impactada pela exploração histórica do ouro na região, como também, pela crescente urbanização. Dentre os elementos considerados mais tóxicos à biota, As e Cd violaram seus respectivos valores de referência (LRV, QRV, PEC e TEC) na área estudada. Apesar das altas concentrações de elementos maiores e traço encontradas nos pontos a jusante, espécies de testaceas foram identificadas, sugerindo que este grupo tenha uma capacidade de se adaptar à situações adversas.