Navegando por Autor "Santos, Matheus Borelli dos"
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Item A pulsão de teatralidade e a sobrevivência do teatro na atualidade.(2016) Medeiros, Elen de; Santos, Matheus Borelli dosEste artigo busca, por meio de uma leitura de O teatro é necessário?, de Denis Guénoun, aproximar as ideias abordadas pelo autor ao conceito de “pulsão de ficção”, forjado por Suzi Frankl Sperper, em uma tentativa de refletir acerca das motivações do espectador contemporâneo ao buscar uma obra teatral. Esse pensamento, apoiado na noção da tríplice mimese, de Paul Ricoeur, irá levantar possibilidades que investigam como um espaço institucionalizado pode proporcionar terreno fértil para o cultivo dessa necessidade humana pela ficcionalização.Item Pulsões da teatralidade : da cena do olhar à fábula do espectador.(2019) Santos, Matheus Borelli dos; Medeiros, Elen de; Medeiros, Elen de; Mandil, Ram Avraham; Valença, Ernesto GomesNa virada para o século XX, o teatro, que teve sua relevância assegurada durante o século XIX, viu-se enfraquecer. Agora, a arte teatral apoiando-se mais no evento relativo à cena do que no texto dramático – onde esteve escorada desde o renascimento até então – deveria levar outros fatores em consideração. Em meio a uma crise, vislumbrando, quiçá, sua própria obsolescência, o teatro teve a oportunidade (talvez a obrigação) de se reavaliar, olharse por outro ângulo, e ao fazê-lo deu-se conta de uma presença que sempre lhe foi essencial, mas só agora se tornava cara: o espectador. Assim, quando Denis Guénoun (2012), já na contemporaneidade, se pergunta se O teatro é necessário? opta por analisar tal necessidade observando não apenas aspectos da realização cênica, mas também aspectos concernentes a existência de um interlocutor, que supostamente integra o acontecimento teatral em resposta a necessidades suas, anteriores ao confronto com a cena. Esta dissertação, impulsionada pelas premissas do autor, se dedica a compreender justamente possíveis aspectos da necessidade do teatro configurada no espectador. Partimos das proximidades entre o surgimento do teatro e o surgimento da humanidade, apontando para um caminho que vincule o “teatral” desde sua produção até sua recepção a traços essenciais do ser humano. Assim, recorremos a um diálogo entre a compreensão de Josette Féral de teatralidade, que privilegia a recepção teatral ao deslocar a constituição do acontecimento cênico para o olhar do espectador, e dois conceitos de pulsão: a pulsão escópica de Freud e Lacan, relativa ao prazer de olhar que existe no confronto do espectador que espia a cena; e a pulsão de ficção, de Suzi Sperber, que diz respeito à reconfiguração da cena pelo espectador, que busca estabelecer uma linearidade fabular a partir do evento visto.