Navegando por Autor "Rudnitzki, Isaac Daniel"
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Item Aspectos diagenéticos dos carbonatos da Formação Itaituba, norte da Bacia do Amazonas.(2021) Sousa, Elane Sampaio de; Barbosa, Roberto Cesar de Mendonça; Rudnitzki, Isaac DanielA Formação Itaituba da Bacia do Amazonas é considerada o principal intervalo selante do sistema petrolífero Barreirinha-Monte Alegre e grande parte dos dados microfaciológicos são oriundos de exposições na borda sul da bacia. Entretanto, a identificação de intervalos porosos desta unidade na borda norte tem fomentado avaliações para desvendar como os processos diagenéticos influenciaram na preservação do sistema poroso e o real papel da Formação Itaituba no sistema petrolífero. Nesse sentido, 80 seções delgadas confeccionadas a partir de amostras coletadas na borda norte da bacia, região de Urucará (AM), foram alvo de avaliação petrográfica que indicam que os principais processos diagenéticos são representados pela micritização, cimentação, neomorfismo, dolomitização, compactação física, silicificação, piritização, dissolução, desdolomitização e compactação química, atuando principalmente no contexto diagenético raso (meteórico e marinho). Os principais processos diagenéticos responsáveis pela geração de porosidade estão associados à dissolução seletiva meteórica que podem ampliar o volume poroso em até 20% quando associados a grainstones, o que abre perspectiva sobre heterogeneidade da unidade e um comportamento duplo como selante e reservatório.Item Associação de traçadores corantes e método de favorabilidade de rota cárstica para caracterizar direções de condutos e variabilidade sazonal dos parâmetros do fluxo e transporte em sistemas cársticos na bacia do São Miguel, Brasil.(2021) Assunção, Pedro Henrique da Silva; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Lucon, Thiago Nogueira; Galvão, Paulo Henrique Ferreira; Rudnitzki, Isaac Daniel; Paula, Rodrigo Sergio deDeterminar direções e caminhos de fluxo de águas subterrâneas em redes de condutos cársticos altamente heterogêneas e anisotrópicas não é uma tarefa simples, muitas vezes sendo limitada na indicação de direções gerais e conexões de fluxo de águas subterrâneas, sem estimar os índices de sinuosidade ou traçar caminhos sinuosos entre as zonas de recarga e descarga. Para minimizar essas limitações, este trabalho busca identificar as principais rotas de escoamento das águas subterrâneas, as variações espaciais e sazonais dos parâmetros de fluxo e transporte ao longo das rotas e os mecanismos de recarga e descarga em três sistemas altamente carstificados na bacia do rio São Miguel em Minas Gerais, Brasil. Para isso, foram aplicados testes com traçadores corantes usando Rodamina WT e Fluoresceína durante as estações seca e chuvosa e feitas modelagem e análises das curvas de restituição dos traçadores usando modelos de equilíbrio e não-equilíbrio para obter parâmetros de fluxo e transporte. Além disso, é proposto um modelo de índice baseado em SIG por meio de um sistema de classificação ponderada. Este método, denominado "favorabilidade de rota cárstica", considerando parâmetros favoráveis à carstificação (por exemplo, dados geológico-estruturais regionais e locais, geomorfológicos e espeleológicos) mais testes com traçadores e resultados de modelagem, indica as rotas mais prováveis do sistema cárstico, reduzindo incertezas, indicando índices de sinuosidade e obtendo distâncias sinuosas. Três sistemas cársticos principais foram delimitadas nas áreas leste, oeste e sul da bacia hidrográfica. No sistema leste, lagos perenes são considerados zonas de recarga de aquíferos. Em uma escala local, as direções de fluxo são definidas por condutos principais controlados por lineamentos estruturais (NW-SE, N-S e NE-SW) e planos de estratificação. A análise das curvas de restituição dos traçadores mostrou que os sistemas cársticos são muito dinâmicos com variações sazonais e existência de heterogeneidades (baypass, loops e zonas de estagnação) que controlam a variação dos parâmetros de fluxo e transporte. Os modelos 2RNE e MDP-2RNE apresentaram os melhores ajustes nas curvas por considerarem a heterogeneidade. O método de favorabilidade de rota cárstica mostra que os sistemas leste e oeste apresentam maiores feições favoráveis à carstificação, o que está atrelado a maiores índices de sinuosidade destes sistemas. A associação de diferentes técnicas mostrou-se útil para entender o comportamento do aquífero cárstico em escala regional e local.Item Avaliação paleoambiental da Formação Lagoa do Jacaré na sucessão carbonática da Bacia Hidrográfica do Verde Grande – região de Jaíba (MG).(2023) Gonçalves, Wagner Fernandes; Rudnitzki, Isaac Daniel; Rudnitzki, Isaac Daniel; Amorim, Kamilla Borges; Costa, Alice Fernanda de OliveiraO estudo teve como objetivo realizar a análise paleoambiental da sequência carbonática da Formação Lagoa do Jacaré na porção leste da Bacia do São Francisco, região norte de Minas Gerais, área ainda pouco estudada em detalhe. Para isso, duas sucessões aflorantes na região de Jaíba foram analisadas por meio de dados petrográficos e geoquímicos, que permitiram a associação de fácies, microfácies e quimioestratigráfica da unidade. As rochas foram identificadas como uma sequência carbonática formada em ambiente deposicional de rampa de mar raso dominada por planície de maré, com ocorrência de recifes estromatolíticos e migração de barras oolíticas via correntes de maré. A sucessão Ribeirão do Ouro, estratigraficamente localizada no topo da unidade, mostrou três ciclos de raseamento antes do afogamento total da bacia marcada pelos pelitos da Formação Serra da Saudade. Nessa sucessão foi observada uma sequência com maior contribuição de terrígenos em comparação com os carbonatos mais puros da sucessão Córrego Escuro. Todavia, ambas conservam sinais primários anômalos com assinatura negativa para δ18O e positiva para δ13C, em acordo com os já registrados pelo Middle Bambuí Excursion–MIBE, indicando um paleoambiente de sistema de mar aberto com temperaturas amenas e alta produtividade orgânica. De maneira geral, os resultados obtidos seguiram padrões apresentados para a Formação Lagoa do Jacaré em outras regiões da Bacia do São Francisco, principalmente a sul e a oeste, indicando que esta unidade não apresenta variações relevantes em suas características diagenéticas e geoquímicas, estando sua variabilidade petrográfica condicionada aos ambientes deposicionais dentro da rampa carbonática.Item Carbonaceous and siliceous Neoproterozoic vase-shaped microfossils (Urucum Formation, Brazil) and the question of early protistan biomineralization.(2017) Soares, Luana Pereira Costa de Morais; Fairchild, Thomas Rich; Lahr, Daniel José Galafasse; Rudnitzki, Isaac Daniel; Schopf, James William; Garcia, Amanda K.; Kudryavtsev, Anatoliy B.; Romero, Guilherme RaffaeliVase-shaped microfossils (VSMs) occur in dolomitic extraclasts of indeterminate provenance within the basal diamictite of the Neoproterozoic Urucum Formation (Jacadigo Group) of west-central Brazil, having an age constrained between 889±44 Ma (K-Ar; basement rocks) and 587±7 Ma (40Ar/39Ar age of early metamorphic cryptomelane in overlying manganese ore). Early isopachous carbonate cement entombed these VSMs, preserving rare direct evidence of original wall composition that is carbonaceous (now kerogenous) in practically all specimens. Some tests are siliceous or composed of a quartz-kerogen mixture; secondary replacement explains some features of these tests, but original biomineralization seems more likely for others. This interpretation, coupled with test morphology, suggests affinity to arcellinid testate amoebae. Five VSM taxa are recognized in the deposit: Cycliocyrillium simplex Porter, Meisterfeld, and Knoll, 2003, and C. torquata Porter, Meisterfeld, and Knoll, 2003, originally described in the Chuar Group (USA), and three new monospecific genera—Palaeoamphora urucumense n. gen. n. sp., Limeta lageniformis n. gen. n. sp., and Taruma rata n. gen. n. sp. Most of the taxonomically important characteristics of these VSMs occur also in extant testate amoebae, but the combinations of some characters, such as organic-walled tests having exceptionally long necks that exhibit terminal apertures (L. lageniformis n. gen. n. sp.), are evidently novel additions to the known diversity of Neoproterozoic VSMs. Evidence of glacially influenced deposition in the conformably overlying Santa Cruz Formation may indicate that the Urucum Formation slightly preceded or was penecontemporaneous with a major Neoproterozoic glaciation, although the VSM-hosting extraclasts must be older, possibly rivaling the age of the testate amoebae of the Chichkan Formation (766±7 Ma) that are currently regarded as the oldest record of protists in the geological record.Item Deciphering pyritization-kerogenization gradient for fish soft-tissue preservation.(2017) Osés, Gabriel Ladeira; Voltani, Cibele Gasparelo; Prado, Gustavo Marcondes Evangelista Martins; Galante, Douglas; Rizzutto, Márcia de Almeida; Rudnitzki, Isaac Daniel; Silva, Evandro Pereira da; Rodrigues, Fabio; Rangel, Elidiane Cipriano; Rendón, Paula Andréa Sucerquia; Pacheco, Mírian Liza Alves ForancelliSoft-tissue preservation provides palaeobiological information that is otherwise lost during fossilization. In Brazil, the Early Cretaceous Santana Formation contains fish with integument, muscles, connective tissues, and eyes that are still preserved. Our study revealed that soft-tissues were pyritized or kerogenized in different microfacies, which yielded distinct preservation fidelities. Indeed, new data provided the first record of pyritized vertebrate muscles and eyes. We propose that the different taphonomic pathways were controlled by distinct sedimentation rates in two different microfacies. Through this process, carcasses deposited in each of these microfacies underwent different residence times in sulphate-reduction and methanogenesis zones, thus yielding pyritized or kerogenized softtissues, and a similar process has previously been suggested in studies of a late Ediacaran lagerstätte.Item Ecological interactions in Cloudina from the Ediacaran of Brazil : implications for the rise of animal biomineralization.(2017) Kerber, Bruno Becker; Pacheco, Mírian Liza Alves Forancelli; Rudnitzki, Isaac Daniel; Galante, Douglas; Rodrigues, Fabio; Leme, Juliana de MoraesAt the Ediacaran/Cambrian boundary, ecosystems witnessed an unparalleled biological innovation: the appearance of shelled animals. Here, we report new paleoecological and paleobiological data on Cloudina, which was one of the most abundant shelled animals at the end of the Ediacaran. We report the close association of Cloudina tubes with microbial mat textures as well as organic-rich material, syndepositional calcite and goethite cement between their flanges, thus reinforcing the awareness of metazoan/microorganism interactions at the end of the Ediacaran. The preservation of in situ tubes suggests a great plasticity of substrate utilization, with evidence of different life modes and avoidance behavior. Geochemical analysis revealed walls composed of two secondary laminae and organic sheets. Some walls presented boreholes that are here described as predation marks. Taken together, these data add further information regarding the structuring of shelled animal communities in marine ecosystems.Item Estratigrafia e análise de fácies da sucessão carbonática da porção nordeste da serra do Iuiú (BA).(2020) Conti, Anderson França; Rudnitzki, Isaac Daniel; Danderfer Filho, André; Rudnitzki, Isaac Daniel; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Amorim, Kamilla BorgesA Serra do Iuiú, situada na região centro-sul da Bahia e adjacente à cidade homônima, na porção leste da Bacia do São Francisco, apresenta uma sucessão de pelitos e carbonatos que foi associada a diferentes formações do Grupo Bambuí, por diferentes entidades de estudo. Apesar da região estar previamente mapeada com base litoestratigráfica, esta área, bem como as unidades que a compõem, carece de estudos de análises de fácies e estratigráficos voltados à reconstrução paleoambiental. Além disso, estas unidades representam a porção superior do Grupo Bambuí e, registraram a passagem do Ediacarno-Cambriano, um importante intervalo de tempo marcado por expressivas mudanças bioevolutivas e alterações nos fatores controladores da fábrica carbonática marinha. A Serra do Iuiú, em etapa de campo, apresentou exposição de qualidade com extensão lateral e vertical expressivas, que permitiram realizar trabalhos faciológicos e estratigráficos. Dessa forma, a presente dissertação realizou estudo de fácies sedimentares, microfácies e quimioestratigrafia em seções da porção nordeste da Serra do Iuiú. Esse estudo revelou a construção do arcabouço estratigráfico, considerando a evolução paleoambiental e quimioestratigrafica, bem como discutiu sobre processos de sedimentação carbonática dominantes na transição do Ediacarano-Cambriano. Com base em quatro perfis estratigráficos, foi possível reconhecer duas unidades litoestratigráficas, na base a Formação Serra de Santa Helena, representada por pelititos, margas e nódulos carbonáticos, que passam de forma transicional para a Formação Lagoa do Jacaré, que consiste em calcário, calcários impuros e arenitos carbonáticos. O estudo de fácies sedimentar sugere que a sucessão siliciclástica-carbonática da Serra do Iuiu registra uma rampa carbonática mista, com controle de distribuição de sedimentação batimétrico. Em águas rasas, predominava sedimentação carbonática (Fm. Lagoa do Jacaré) e em águas profundas, abaixo da onda de tempestade, prevalecia sedimentação siliciclástica fina. Os dados geoquímicos de δ 13C (9.71 a 10.77‰), δ 18O (-9.51a -6.74‰) e as razões de 87Sr/86Sr (0.7069 a 0.7085) com teores de Sr entre 1072 e 1384 ppm, sugerem que esta sucessão representa o registro da transição Ediacarara-Cambriana.Item Estudo comparativo dos métodos de classificação de cavidades propostos pelas instruções normativas MMA 02/2009 e 02/2017 na relevância física e histórico-cultural aplicados em cavidades da fazenda Gogo - Mariana, MG.(2018) Hilário, Carolina Casagrande; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Lima, Hernani Mota de; Castro, Paulo de Tarso Amorim; Rudnitzki, Isaac Daniel; Travassos, Luiz Eduardo PanissetA revogação do Decreto 9.956/90 de 1° de outubro de 1990 e a publicação do Decreto 6.640/08 em 7 de novembro de 2008, vigente, gerou controversas tanto no entender dos espeleólogos quanto da indústria extrativa. As cavidades que eram alvos de preservação, deixaram de ser definidas como patrimônio cultural brasileiro e tornou-se viável sua supressão conforme seu grau de relevância, que poderia ser máximo, alto, médio ou baixo. Inicialmente não foi definida uma metodologia para a classificação do grau de relevância das cavidades, isso só aconteceu no ano seguinte, pela publicação da Instrução Normativa n° 02/2009 que estabelecia, através da presença com importância acentuada, significativa ou baixa, ou ausência de atributos ecológicos, biológicos, geológicos, hidrológicos, paleontológicos, cênicos, histórico-culturais, socioeconômicos e espeleométricos, o grau de relevância das cavidades naturais subterrâneas entre máximo, alto, médio ou baixo sob enfoques local e regional. Oito anos mais tarde, a IN n° 02/2009 foi revista e revogada pela publicação da IN n° 02/2017. O método atual para classificação do grau de relevância de cavidades ainda se baseia na importância acentuada ou significativa dos mesmos atributos, mas considera os enfoques local e regional, os atributos e grupos de atributos, através do peso e contribuição de cada um. As metodologias estabelecidas em ambas IN possuem o mesmo conteúdo, porém, se diferem em relação a forma de execução e, logicamente, os resultados encontrados na classificação do grau de relevância das cavidades também apresentam variações. Tendo em vista tais alterações, foi proposta uma comparação entre os dois métodos, a fim de avaliar o que as alterações realizadas na IN n° 02/2017 representam para a preservação das cavidades, bem como para legislação espeleológica no Brasil.Item Estudo geoquímico e isotópico de rochas carbonáticas das formações gandarela e fecho do funil – Quadrilátero Ferrífero - Brasil.(2018) Nogueira, Leonardo Brandão; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Leite, Mariangela Garcia Praça; Nalini Júnior, Hermínio Arias; Rudnitzki, Isaac Daniel; Gandini, Antônio Luciano; Rios, Francisco Javier; Carvalho Filho, Carlos Alberto deEstudo geoquímico (elementos maiores, menores e traço, incluindo os ETRs) e isotópico (carbono e oxigênio) foi realizado em rochas carbonáticas das Formações Gandarela e Fecho do Funil, Quadrilátero Ferrífero - Brasil. A caracterização mineralógica das amostras de rochas carbonáticas selecionadas foi realizada utilizando técnicas como microscopia de luz transmitida e difração de raios X (XRD). As 82 amostras de rochas carbonáticas coletadas foram analisadas no ICP-OES (Agilent 725) para a determinação das concentrações dos elementos maiores e menores, enquanto que as concentrações dos elementos-traço, incluindo os ETR foram realizadas no ICP-MS (Agilent 7700). Análises isotópicas (δ13C, δ18O) foram realizadas utilizando a espectrometria de massas de razões isotópicas (IRMS; Optima Dual Inlet – Western University – Canadá; Delta V Advanced – DEGEOEM- UFOP). Para as amostras da pedreira do Cumbi (Formação Fecho do Funil), óxidos como CaO e MgO apresentaram composições que variam entre 20-29% e 14-21 %, respectivamente, na maioria das amostras. Essas discrepâncias de massa são compensadas por outros óxidos, incluindo Al2O3 (1,9- 18,7%), Fe2O3 (1,2-6,1%) e K2O (0,5-6,8%) que foram incorporados nas amostras pela contaminação por materiais terrígenos. Além disso, o somatório dos ETRs (20-101 ppm) apresenta variações significativas que também corroboram com a contaminação de amostras estudadas por materiais detríticos. Correlações positivas entre ΣETRs e Al2O3 (r = 0,96), Fe2O3 (r = 0,65), Ni (r = 0,94), Cr (r = 0,95), Th (r = 0,98) e Sc (r = 0,98) nas quais podem ser provavelmente associada à entrada de materiais terrígenos durante a deposição de dolomitos da pedreira de Cumbi. Por outro lado, uma correlação negativa entre ΣREE e CaO combinada com uma grande variação na razão Y/Ho (27-50) corroboram a hipótese de os padrões da água do mar terem sido mascarados pela contribuição de quantidades variáveis de materiais terrígenos. Todas as amostras analisadas da Formação Fecho do Funil exibem uma sutil anomalia negativa de cério (Ce/Ce * = 0,85 - 0,95). Os dolomitos da pedreira do Cumbi apresentaram estreitas variações nas anomalias de Eu (Eu / Eu * = 1,02 a 1,25). Os conteúdos de Eu neste estudo, indicam uma correlação positiva significativa com o Al2O3 (r = 0,96), sugerindo a origem detrítica desse elemento. Os valores de δ13CVPDB (+6,0 a + 7,2 ‰) e δ18OVPDB (-10,9 a -10,4 ‰) das amostras analisadas apresentam uma pequena variação e podem ser correlacionados à sucessões carbonáticas caracterizadas por excursões positivas de carbono depositadas durante o evento Lomagundi. Infere-se que os elevados valores de isótopos de carbono dos dolomitos da Formação Fecho do Funil provavelmente refletem composições isotópicas primárias de carbono. Poucas amostras analisadas da Formação Gandarela (pedreiras Bemil e Lagoa Seca) apresentaram teores de ETR relativamente mais elevados que estão associadas à correlações fortemente positivas com os elementos imóveis incluindo Al, Ni, Th, Cr, Sc e Y, juntamente com uma correlação negativa entre ΣETRs e CaO, sugerindo que as variações observadas nos valores ΣETRs nestas amostras foram controladas principalmente pela entrada de materiais terrígenos. A correlação positiva entre Eu e as proxies detríticos como Zr, Th e Y suporta a origem não-diagenética desse elemento. As razões Y/Ho variam de 27 a 93 para as amostras da pedreira Bemil e de 24 a 132 para as amostras da pedreira Lagoa Seca. Os altos valores encontrados para a maioria das amostras indicam que a maioria dos carbonatos analisados mantém as características da água do mar, enquanto algumas amostras analisadas apresentam valores da relação Y/Ho muito baixos (<30), indicando contaminação por materiais terrígenos. A maioria das amostras estudadas da pedreira Bemil apresentou δ18O menor que -12 ‰, correspondendo a carbonatos que passaram por mudanças nos processos pós-deposicionais. Em geral, amostras da pedreira Lagoa Seca apresentam valores de δ18O superiores às da pedreira Bemil, sugerindo melhor preservação. Em relação aos valores de δ13C, estes, na maioria das amostras analisadas, tanto da pedreira Bemil quanto da pedreira Lagoa Seca, parecem semelhantes aos encontrados em carbonatos marinhos da mesma idade (~ 2.42 Ga). Razões isotópicas de carbono menores que -2 ‰ provavelmente resultaram de reações de descarbonatação.Item Gatilhos espeleogenéticos de cavernas quartzíticas e a evolução da paisagem cárstica da Serra do Espinhaço Meridional.(2022) Yoshizumi, Wendy Tanikawa; Rudnitzki, Isaac Daniel; Rudnitzki, Isaac Daniel; Lana, Cláudio Eduardo; Godinho, Lucas Padoan de SáO estudo buscou investigar a ocorrência dos processos de arenização e litificação seletiva como precursores da carstificação em rochas quartzíticas, e definir os principais gatilhos espeleogenéticos associados à evolução da paisagem. Para isso, cinco cavidades foram estudadas por meio de dados geoespeleológicos, estruturais, petrográficos e de geoquímica da água na serra do Espinhaço Meridional, porção centro-sul do estado de Minas Gerais, Brasil. As rochas aflorantes pertencem à Formação Galho do Miguel (Supergrupo Espinhaço), de idade Mesoproterozóica. A serra foi edificada no Neoproterozóico, durante o Ciclo Brasiliano, e possui alongamento N-S com extensão de cerca de 1200 km. Os resultados evidenciam a baixa solubilidade da sílica com concentração média total de 1,173 mg/L, em águas ácidas de pH médio de 3,98. Foram descritas oito litofácies, sendo a L3 considerada um Horizonte Gatilho pois, apesar da ausência de contrastes granulométricos e reológicos, sugere-se que as camadas estratificadas cruzadas são mais carstificáveis devido à sua menor suceptibilidade à litificação. Nas lâminas petrográficas isso fica evidente a partir da disposição incoesa dos grãos e a dissolução do cimento de sílica, que pode atingir até as bordas dos grãos de quartzo. A espeleogênese tem caráter epigenético, e ocorreu concomitante à desnudação do relevo por meio de um gatilho químico ao longo de estruturas tectônicas neoproterozóicas e de estruturas deposicionais.Item Geobiological and diagenetic insights from Malvinokaffric devonian biota (Chapada Group, Paraná Basin, Brazil) : paleobiological and paleoenvironmental implications.(2017) Kerber, Bruno Becker; Osés, Gabriel Ladeira; Curado, Jessica Fleury; Rizzutto, Márcia de Almeida; Rudnitzki, Isaac Daniel; Romero, Guilherme Raffaeli; Alves, Silvio Yuji Onary; Benini, Victoria Giopato; Galante, Douglas; Rodrigues, Fabio; Buck, Pedro Victor; Rangel, Elidiane Cipriano; Ghilardi, Renato Pirani; Pacheco, Mírian Liza Alves ForancelliThis study tests the presence of differential preservation in the Devonian Malvinokaffric fauna from the Chapada Group (Parana´ Basin, Brazil). Results of EDXRF, EDS, Raman Spectroscopy, and petrographic analyses show differential preservation of shells that were originally calcite as hematite and goethite fossils, while organisms with original calcium phosphate shells tend to be preserved inside phosphatic concretions. Both preservation types are commonly associated with pseudoframboids, while calcium sulfate minerals are commonly associated with hematized fossils. From this evidence, a diagenetic model for these fossils is proposed. The model includes an early diagenetic phase (characterized by anaerobic sulfate reduction and precipitation of pyrite and carbonate-fluorapatite) and a second, near-surface chemical weathering phase (characterized by the oxidation of pyrite and precipitation of iron oxyhydroxides and calcium sulfates). Acidic conditions in both phases may account for the dissolution of less stable minerals compared to calcium phosphate. It is considered that this model may assist in understanding other similarly preserved biotas, as well as enhancing understanding of the taphonomic overprint that may occur within this important and endemic Devonian biota.Item Ichnologic evidence of a Cambrian age in the southern Amazon Craton : implications for the onset of the Western Gondwana history.(2017) Santos, Hudson Pereira; Mángano, Maria Gabriela; Soares, Joelson Lima; Nogueira, Afonso César Rodrigues; Bandeira, José; Rudnitzki, Isaac DanielColonization of the infaunal ecospace by burrowing bilaterians is one of the most important behavioral innovations during the Ediacaran-Cambrian transition. The establishment of vertical burrows by suspension feeders in high-energy nearshore settings during Cambrian Age 2 is reflected by the appearance of the Skolithos Ichnofacies. For the first time, unquestionable vertical burrows typical of the Skolithos Ichnofacies, such as Skolithos linearis, Diplocraterion parallelum and Arenicolites isp., are recorded from nearshore siliciclastic deposits of the Raizama Formation, southeastern Amazon Craton, Brazil. Integration of ichnologic and sedimentologic datasets suggests that these trace fossils record colonization of high-energy and well-oxygenated nearshore sandy environments. Chronostratigraphically, the presence of these vertical burrows indicates an age not older than early Cambrian for the Raizama Formation, which traditionally has been regarded as Ediacaran. Therefore, the Raizama ichnofauna illustrates the advent of modern Phanerozoic ecology marked by the Agronomic Revolution. The discovery of the Skolithos Ichnofacies in these shallow-marine strata suggests possible connections between some central Western Gondwana basins.Item Insights into vase-shaped microfossil diversity and Neoproterozoic biostratigraphy in light of recent Brazilian discoveries.(2019) Soares, Luana Pereira Costa de Morais; Lahr, Daniel José Galafasse; Rudnitzki, Isaac Daniel; Freitas, Bernardo Tavares; Romero, Guilherme Raffaeli; Porter, Susannah M.; Knoll, Andrew H.; Fairchild, Thomas RichVase-shaped microfossils (VSMs) occur in dolostone clasts within conglomerates, breccias, and diamictites of the Neoproterozoic Urucum Formation, Jacadigo Group, southwest Brazil. Although their taphonomic history is distinct from those of other VSM assemblages, morphometric comparison of Urucum fossils with five others described previously from North America and Europe show that two of the Urucum species—the long-necked Limeta lageniformis Morais, Fairchild, and Lahr in Morais et al., 2017 and the funnel-necked Palaeoamphora urucumense Morais et al., 2017—occur in the Kwagunt and Callison Lake assemblages, as does Pakupaku kabin Riedman, Porter, and Calver, 2017 recently described from the Togari Group, Tasmania. Obelix rootsii (Cohen, Irvine, and Strauss, 2017) new combination, previously known only from the Callison Lake Formation, is documented here from the Kwagunt Formation. In addition, Trigonocyrillium horodyskii (Bloeser, 1985) and Bonniea dacruchares Porter, Meisterfeld, and Knoll, 2003, first described from the Kwagunt assemblage, have now been found in the Urucum Formation. In light of this survey, 16 of the 18 validly described VSM species are now known to occur in the Kwagunt Formation and 13 in the Callison Lake Formation, with 12 of them shared by both formations. The fact that the Urucum VSM assemblage exhibits six of seven species in common with the Kwagunt Formation—L. lageniformis, P. urucumense, Cycliocyrillium simplex Porter, Meisterfeld, and Knoll, 2003, C. torquata Porter, Meisterfeld, and Knoll, 2003, B. dacruchares Porter, Meisterfeld, and Knoll, 2003, and T. horodyskii (Bloeser, 1985)—and all but the last of these in common with the Callison Lake Formation supports correlation of these three assemblages and indicates that the source of the fossiliferous clasts within the Urucum Formation may well have been a now-vanished late Tonian carbonate platform.Item Peritidal microbialites in the upper Araras Group : Morphotypes, potential preservation and the relation with the Ediacaran-Cambrian unconformity in the Araras-Alto Paraguai Basin, southern Amazon Craton.(2022) Romero, Guilherme Raffaeli; Santos, Renan Fernandes dos; Nogueira, Afonso César Rodrigues; Rudnitzki, Isaac Daniel; Fairchild, Thomas RichThe Proterozoic biosphere was dominated by shallow-marine and intertidal bacterial biota, as evident from a robust record of microbialites in carbonate rocks. The lower Ediacaran successions in the southeastern Amazon Craton, Brazil represented by carbonates rocks of the Araras Group, record excellent occurrences of microbialites implying significant evidence for shallow marine colonization post-Snowball Earth Events (∼635 Ma). Microbialites occur at the lower and upper units of this group -Mirassol D'Oeste and Nobres, respectively with the lower associated to the Marinoan glaciation event. The upper unit, Nobres Formation, is here described with outcrop-based facies analysis discontinuously exposed in the Araras-Alto Paraguai basin. This allowed the paleoenvironmental reconstructions of the carbonate peritidal settings, organized in tidal flats and sabkha meter-scale cycles. Fifteen levels of microbialites have been described, with 4 morphotype associations. These microbialites colonized upper tidal flat zones forming stromatolite deposits of bulbous domes, stratiform, pseudo-columnar, and “cerebroid” forms. The recurrent cyclicity indicates a residence time of hydrodynamic and climatic variations for a long time producing minimum morphological changes without any decline evidence. In addition, no metazoan competition was observed in these strata. The siliciclastic inflow observed in the top of Nobres Formation is interpreted as seasonal variations that imprint turbidity in the shallow waters causing a diversification of the morphology of microbialites. The microbialite record in the Nobres Formation do not show any evolutionary trend or apparent decline, that has been attributed to the evolution of substrate-modifying metazoans, but suggest a continuous record truncated by the Ediacaran-Cambrian unconformity found at the upper portion of the Araras Group.Item Permian mixed carbonate–siliciclastic lagoon coastal system in West-Central Gondwana.(2021) Silva, Rafael Oliveira; Leite, Mariangela Garcia Praça; Rudnitzki, Isaac Daniel; Lima, Wagner SouzaAlthough in recent years mixed carbonate–siliciclastic platforms have been increasingly recognized in the Perm- ian of Western Gondwana, there is no detailed description of these mixed systems in West-Central Gondwana. This study focuses on the Permian of the Sergipe–Alagoas Basin (NE Brazil), with the aim of filling this knowledge gap. Based on sedimentological data and microfacies analysis, six facies associations (FA) were identified: FA1 is an eolian–fluvial system, composed of stratified sandstones, FA2 and FA3 represent a mixed tidal flat–lagoon sys- tem composed of microbialites, pelitic/micritic sediments and intraclastic packstones, FA4 represents shoreface wave deposits composed of laminated sandstones and silicified grainstones, and FA5 and FA6 are interpreted as a barrier–tidal inlet system, composed of oolitic/intraclastic grainstones, subtidal microbialites, and mixed rudstones. Facies associations reflect the paleoenvironmental conditions of a coastal environment, with dunes and small rivers adjacent to a mixed carbonate–siliciclastic ramp. This is defined as a lagoon system associated with tidal flats protected from the high-energy region by carbonate shoals and microbial constructions. These de- posits represent the eastern portion of a shallow epicontinental sea that covered lowlands inWest-Central Gond- wana within the arid–semiarid belt, whose climate characteristics are reflected in eolian deposits, desiccation structures, mixed carbonate–siliciclastic facies, and fossil records. The main diagenetic feature observed in petro- graphic analyses was an early diagenetic silicification. Although the absence of spiculites and shelf configuration did not allow a correlation with the Permian glass ramp model, similarities were observed with Eocene glass ramps of Australia, and a relationship with the Permian Chert Event is suggested.