Navegando por Autor "Rosa, Luiz Henrique"
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Item Atividade citotóxica de fungos endofíticos associados à Clusia arrudae Planchon & Triana (Clusiaceae).(Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Silva Filho, Antonio Cesar Corrêa; Rosa, Luiz HenriqueOs fungos são organismos capazes de sobreviver isoladamente ou em relações simbióticas com outros organismos. Nos tecidos vegetais os fungos colonizam espaços intracelulares de plantas sem causar dano aparente ao seu hospedeiro, os quais são chamados de endofíticos e por colonizar estes espaços e apresentar constante interação com seu hospedeiro, estes fungos são capazes de produzir diferentes metabólitos bioativos. O câncer, ainda hoje, é uma doença que acomete milhares de pessoas ao redor do mundo. A busca por novos compostos com atividade antitumoral, principalmente oriundos direta ou indiretamente de vegetais, são importantes para obtenção de tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais. Neste estudo, 30 exemplares de Clusia arrudae Planchon & Triana tiveram suas folhas e caules coletados e inoculados em placas de Petri contendo meio Agar Dextrosado Batata (BDA) para isolamento dos seus fungos endofíticos associados. Um total de 100 isolados de fungos, agrupados em 21 morfotipos, foram obtidos; destes 63 do caule e 37 das folhas. Os fungos obtidos foram submetidos à extração etanólica de seus metabólitos, os quais foram avaliados quanto à capacidade de inibir as linhagens tumorais humanas HUTU (HTB-40) e RKO (CRL-2579), bem como uma linhagem humana normal WI26VA4 (CCL-951). As linhagens celulares foram expostas aos extratos dos 41 fungos endofíticos nas concentrações de 240, 120, 60 e 30 μg/mL (p/v) e tiveram sua morfologia analisada por microscopia utilizando sondas fluorescentes para identificação do núcleo, citoesqueleto e viabilidade celular. Os ensaios de citotoxicidade, considerando a Concentração Inibitória (CI50), demonstraram que oito extratos apresentaram atividade sobre as linhagens celulares analisadas; ao ampliar a linha de corte para CI55, quatro extratos apresentaram tendência à toxicidade. Os fungos produtores de extratos bioativos foram identificados por meio do sequenciamento da região ITS do rDNA gene. Os extratos dos fungos Pleosporales sp. UFMGCB 5502, Pleosporales sp. UFMGCB 5467, Pleosporales sp. UFMGCB 5485, Xylaria sp. UFMGCB 5500 e Pleosporales sp. UFMGCB 5498. apresentaram toxicidade sobre a linhagem normal de pulmão WI26VA4. Dos extratos que apresentaram toxicidade, apenas o extrato do fungo Pleosporales sp. UFMGCB 5502 também apresentou atividade antitumoral para a HUTU, juntamente com Pleosporales sp. UFMGCB 5478 e Pleosporales sp. UFMGCB 5533. Para linhagem RKO, somente o extrato do fungo Pleosporales sp. UFMGCB5460 exerceu citoxicidade. Considerando o valor de CI55, os fungos UFMGCB 5534, UFMGCB 5539, UFMGCB 5508 UFMGCB 5489 mostraram toxicidade para todas as linhagens. Os fungos que causam citoxicidade para a célula RKO foram predominantemente isolados dos caules e para a célula HUTU das folhas, independente do morfotipo encontrado. Os fungos obtidos das folhas causaram quebra do citoesqueleto e as células permaneceram vivas quando analisadas pelo kit de viabilidade celular. Já os fungos obtidos do caule causaram aglutinação e perda de adesão celular e indicio de morte. A partir destes resultados podemos concluir que a comunidade de fungos endofíticos associados a C. arrudae são capazes de produzir metabólitos com atividade citotóxica em linhagens tumorais humanas in vitro e alguns extratos também se mostraram tóxicos para células normais.Item Atividade herbicida de fungos fitopatogênicos associados a plantas do fragmento de Mata Atlântica do Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais, Brasil.(2020) Barreto, Debora Luiza Costa; Rosa, Luiz Henrique; Carvalho, Camila Rodrigues de; Rosa, Luiz Henrique; Carvalho, Camila Rodrigues de; Santiago, Iara Furtado; Ferreira, Mariana CostaCom o aumento da população mundial e, consequentemente, o aumento da demanda por alimentos, as produções agrícolas vêm sendo sobrecarregadas em todo o mundo. As ervas daninhas são responsáveis por 60% das perdas nas plantações, tornando a agricultura dependente dos controles químicos. No entanto, com o uso indiscriminado, repetitivo e contínuo dos herbicidas, o número de plantas daninhas resistentes tem aumentado. Atualmente, existem vários tipos de herbicida disponíveis no mercado, mas todos eles possuem os mesmos mecanismos de ação dos lançados há 30 anos, o que justifica a resistência adquirida e leva os agricultores a aumentar a taxa de aplicação, colocando em risco à saúde humana e do meio ambiente. Pesquisas recentes demonstram que os metabólitos secundários produzidos por fungos são bastante promissores para o desenvolvimento de herbicidas naturais, pois exibem atividade em baixas concentrações, além de serem considerados mais seguros que os sintéticos. Os fungos fitopatogênicos, aqueles que causam doenças em plantas, vêm se destacando como produtores de substâncias herbicidas para uso na agricultura. Com isto, o presente estudo teve como objetivo isolar fungos fitopatogênicos a partir de lesões foliares de plantas com sinais de infecção coletadas no Parque Estadual do Rio Doce (PERD), Minas Gerais, Brasil, avaliar a atividade herbicida e identificar os isolados fúngicos bioativos. A partir de 27 plantas amostradas foram isolados 308 fungos. Extratos diclorometânicos foram produzidos a partir de todos os isolados, os quais foram testados na concentração de 1 mg/mL frente a sementes dos modelos de monocolitedônea (Allium schoenoprasum - cebolinha) e dicotiledônea (Lactuca sativa - alface crespa), a fim de avaliar seu potencial herbicida. Quinze fungos foram considerados ativos no ensaio, nove positivos frente a L. sativa, três frente a A. schoenoprasum e três para ambos os modelos. Três fungos apresentaram resultados significativos e se destacaram por inibir a germinação de todas as sementes de pelo menos um modelo alvo em baixas concentrações. Diaporthe sp. 2 UFMGCB17744 foi ativo na concentração de 125 µg/mL para o modelo de monocotiledônea, Diaporthe sp. 4 UFMGCB17905 e Xylaria sp. 2 UFMGCB17649 foram ativos na concentração de 500 µg/mL para o modelo de monocotiledônea e 250 µg/mL para o modelo de dicotiledônea, respectivamente. Os extratos de Diaporthe sp. 2 UFMGCB17744, Diaporthe sp. 4 UFMGCB17905 e Xylaria sp. 2 UFMGCB17649 foram fracionados em cartucho C18 e as frações obtidas foram testadas no ensaio herbicida, demonstrando que foi possível separar as substâncias que possuíam atividade, pois apenas algumas frações tiveram resultado positivo no ensaio. Os resultados obtidos nesse trabalho demonstram que os fungos fitopatogênicos residentes em plantas da Mata Atlântica possuem a capacidade de produzirem metabólitos secundários com atividade herbicida, além da importância de se explorar tais metabólitos considerando serem fontes úteis para a descoberta de novos mecanismos de ação que podem ser utilizados para a formulação de herbicidas naturais.Item Bioprospecção de metabólitos bioativos produzidos por fungos endofíticos associados a angiospermas presentes na Antártica.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Santiago, Iara Furtado; Rosa, Luiz Henrique; Rosa, Carlos AugustoApesar das relações ecológicas, evolutiva e do potencial biotecnológico de muitos microrganismos, pouco se conhece da micota presente no continente Antártico. Desta forma, este trabalho teve como objetivo detectar a presença de metabólitos bioativos produzidas por fungos endofíticos associados as angiospermas antárticas Deschampsia antarctica Desv. (Poaceae) e Colobanthus quitensis quitensis (Kunth) Bartl. (Caryophyllaceae). Dos 564 isolados de fungos endofíticos, 251 foram obtidos de C. quitensis e 313 de D. antarctica. Estes fungos foram cultivados em Agar Batata Dextrosado por 15 dias a 15°C para obtenção dos extratos brutos. Os 477 extratos obtidos foram avaliados quanto a proliferação celular das linhagens de células tumorais humanas MCF-7 (glândula mamária), UACC-62 (melanoma) e TK-10 (renal); e de formas amastigota de Leishmania amazonensis e Trypanosoma cruzi. Após a triagem, seis extratos foram ativos sobre a proliferação de pelo menos uma das linhagens de células tumorais. Destes, quatro extratos apresentaram inibição sobre MCF-7, um sobre TK-10 e um sobre UACC-62. Nenhum extrato foi ativo para duas ou mais linhagens de células tumorais, sugerindo uma seletividade dos extratos testados. Vinte sete extratos obtidos de fungos associados a D. antarctica foram ativos contra L. amazonensis. Nenhum extrato foi capaz de inibir o crescimento de T. cruzi. Todos os isolados ativos foram identificados por meio do sequenciamento da região espaçadora transcrita interna (ITS) do gene do rRNA. Os seguintes gêneros foram identificados: Alternaria, Cadophora, Helgardia, Microdochium, Phaeosphaeria, Oculimacula e Ypsilina. Os extratos de dois isolados de Microdochium phragmitis (UFMGCB 2479 e UFMGCB 2656) apresentaram os menores valores de CI50 (8 e 12,5 μg/mL, respectivamente) sobre as linhagens de células tumorais. Os extratos dos táxons UFMGCB 2672 (não identificado) e Phaeosphaeria sp. UFMGCB 2669 foram ativos sobre L. amazonensis com valores de CI50 de 0,2 e 0,4 μg/mL, respectivamente. Os resultados obtidos neste estudo contribuem para o conhecimento do potencial biotecnológico da micota endofítica associadas a plantas endêmicas do ecossistema antártico. Estes fungos podem representar uma fonte promissora de metabólitos protótipos para o desenvolvimento de novas drogas, em especial contra doenças negligenciadas.Item Bioprospecção de metabólitos secundários bioativos de fungos endofíticos associados à Carapichea ipecacuanha (Rubiaceae).(2020) Azevedo, Rafaela Nogueira de; Rosa, Luiz Henrique; Ferreira, Mariana Costa; Rosa, Luiz Henrique; Ferreira, Mariana Costa; Carvalho, Camila Rodrigues de; Santiago, Iara FurtadoDoenças tropicais negligenciadas (DTNs) são causadas por diferentes agentes infecciosos que podem acometer bilhões de pessoas nas regiões tropicais do planeta. Entre as DTNs, a leishmaniose visceral e a doença de chagas são as mais preocupantes, além da dengue e a malária que vêm aumentando suas incidências ao longo das décadas. A descoberta de novos metabólitos bioativos tem se tornado um foco de estudo na busca de métodos mais eficientes para a prevenção, controle e tratamento destas enfermidades tropicais. Além da busca de novos fármacos para uso na medicina, as moléculas bioativas também podem ser estudadas como novos herbicidas naturais para uso na agricultura, e, por isso, representam uma alternativa para a substituição dos herbicidas sintéticos tóxicos para o homem e animais e de difícil degradação no meio ambiente. Fungos endofíticos, aqueles que residem assintomaticamente no interior dos tecidos vegetais por pelo menos um período do seu ciclo de vida, são potenciais produtores de metabólitos bioativos de interesse econômico, os quais podem ser empregados tanto na medicina quanto na agricultura. Estes fungos desempenham papéis ecológicos e fisiológicos na interação com suas plantas hospedeiras, garantido vantagens evolutivas tanto para a comunidade vegetal quanto para sua própria sobrevivência. Entre as plantas alvo para estudos de fungos endofíticos, as medicinais são consideradas um promissor reservatório de endofíticos produtores de moléculas bioativas. Plantas com histórico etnobotânico também são potenciais hospedeiras de fungos endofíticos bioativos. Carapichea ipecacuanha (Brot.) L. Andersson (Rubiaceae), encontrada nas florestas tropicais da América do Sul, é uma planta medicinal com propriedades eméticas e amebicidas e, por isso, um alvo promissor para o estudo de sua comunidade de fungos endofíticos. A partir do exposto acima, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial dos fungos endofíticos associados à C. ipecacuanha como fonte de metabólitos secundários ativos contra os parasitas causadores das DTNs Trypanosoma cruzi (doença de Chagas), Leishmania amazonensis (leishmaniose) e vírus da Dengue sorotipo 2. Os fungos endofíticos de C. ipecacuanha também foram avaliados quanto à capacidade de produzir substâncias herbicidas com potencial uso na agricultura. Extratos diclorometânicos foram produzidos a partir do cultivo em fermentação sólida de 275 isolados de fungos endofíticos obtidos a partir das folhas, caule e raízes de C. ipecacuanha, os quais foram avaliados nos diferentes ensaios biológicos. Dentre os extratos fúngicos testados, 10 (3,62%) apresentaram atividade herbicida, 4 (1,45%) apresentaram atividade contra T. cruzi, um (0,36%) apresentou atividade frente a L. amazonensis e nenhum extrato apresentou atividade contra o vírus da Dengue sorotipo 2. Os isolados bioativos foram identificados por meio do sequenciamento da região transcrita interna ITS-5.8S da região do gene do rRNA. Dos 15 isolados que apresentaram atividade biológica, nove foram identificados como pertencentes aos gêneros Colletotrichum (4 isolados), Diaporthe (3), Leptobacillium (1) Calonectria (1). Dois isolados foram identificados como Trichoderma caerulescens e Trichoderma spirale. O táxon UFMGCB 15290 apresentou promissora atividade de inibição do crescimento da L. amazonensis (IC50 = 0,3783 mg mL-1 ). Leptobacillium sp. UFMGCB 15183 apresentou atividade tripanocida e representa o primeiro relato desta atividade em fungos endofíticos destes gêneros. Duas frações do extrato de Diaporthe sp. UFMGCB 15138 apresentaram potencial atividade contra T. cruzi (inibição de 100 e 91,55%) e a partir das análises desreplicativas das frações ativas foi identificado um dímero de xantonas como o possível responsável pela bioatividade. Entre os fungos que exibiram atividade herbicida, os extratos de UFMGCB 15027 e Colletotrichum sp. UFMGCB 15029 foram capazes de inibir em 100% a germinação das sementes de Lactuca sativa. O presente trabalho também relatou pela primeira vez atividade herbicida relacionada ao gênero Calonectria. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que a planta C. ipecacuanha é um reservatório natural de fungos endofíticos produtores de substâncias bioativas, em especial aquelas capazes de atuar contra agentes causadores de DTNs e também com atividades herbicidas e, por isso, podem ser considerados bons candidatos para estudos químicos mais detalhados para isolamento das substâncias ativas capazes de controlar DTNs e herbicidas para uso na agricultura.Item Bioprospecção de metabólitos secundários bioativos produzidos por fungos endofíticos associados à Piper sp. coletada no Parque Estadual do Rio Doce, Minas Gerais.(2019) Florindo, Raissa Hellen da Silva; Rosa, Luiz Henrique; Ferreira, Mariana Costa; Rosa, Luiz Henrique; Cota, Betânia Barros; Silva, Silvana de QueirozMetabólitos secundários, moléculas estruturalmente heterogêneas e de baixa massa molecular produzidas por organismos vivos, se destacam pelo seu potencial como protótipos uteis no desenvolvimento de novos fármacos. Os fungos endofíticos, aqueles que residem assintomaticamente no interior dos tecidos vegetais por pelo menos um período do seu ciclo 5 de vida, apresentam-se como potenciais produtores de diversos metabólitos bioativos que podem ser utilizados como agentes terapêuticos no tratamento de diversas doenças. A escolha da planta hospedeira a ser utilizada para a obtenção dos fungos endofíticos é importante e dentre os critérios, destacam-se plantas medicinais e plantas que ocorrem em regiões de grande biodiversidade. Plantas da família Piperaceae estão distribuídas nos hemisférios Sul e 10 Norte e são utilizadas de várias maneiras, sendo conhecidas por produzirem grande diversidade de metabólitos. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar o potencial da comunidade de fungos endofíticos associada a Piper sp., coletadas no maior fragmento de Mata Atlântica do estado de Minas Gerais (Parque Estadual do Rio Doce), como fonte de metabólitos ativos contra doenças negligenciadas e possíveis herbicidas. Este é o 15 primeiro estudo sobre fungos endofíticos associados a este gênero. A partir dos caules, das folhas e das raízes foram obtidos 540 fungos filamentosos. Para a determinação do potencial biotecnológico dos fungos e de sua planta hospedeira, foram produzidos extratos etanólicos. Estes extratos foram testados para atividades antiparasitárias, antiviral e herbicida. Dentre os extratos fúngicos avaliados, 149 extratos apresentaram atividade herbicida (28%), 30 extratos 20 apresentaram atividade antiviral contra o vírus DENV-2 (8%), 11 contra o parasita Trypanossoma cruzi (3%), 5 frente a Leishmania amazonensis (1%) e 44 com atividade antimalárica contra Plasmodium falciparum (25%). Os extratos vegetais da folha e do caule apresentaram atividade herbicida, não sendo ativos para os outros ensaios. Dos 107 isolados fúngicos, que apresentaram atividades biológicas promissoras, foi possível identificar 39, 25 todos pertencentes ao filo Ascomycota, representados, em sua maioria, pelos gêneros Fusarium (5 isolados), Diaporthe (5 isolados), Colletotrichum (4 isolados) e Lasiodiplodia (4 isolados). Ainda, 13 isolados foram identificados em nível de ordem, família ou filo e 8 ocorreram como singletos. Neste trabalho, o isolado Fusarium sp. UFMGCB 15603 apresentou atividade antiviral contra DENV-2, sendo o primeiro relato desta atividade em 30 fungos endofíticos deste gênero. O presente trabalho também relatou pela primeira vez atividade herbicida relacionada aos gêneros Muscodor sp., Nigrospora sp., Pestalotiopsis sp., Neopestalotiopsis sp. A partir dos resultados obtidos, verificou-se que Piper sp. representa um promissor reservatório de fungos endofíticos produtores de metabólitos secundários bioativos, os quais podem ser utilizados em estudos de seus metabólitos bioativos como protótipos úteis para o desenvolvimento de novos fármacos e herbicidas.Item Caracterização de fungos filamentosos com potencial para biorremediação de águas contaminadas com manganês.(2015) Mota, Ester Alves; Cota, Renata Guerra de Sá; Chinalia, Fábio Alexandre; Rosa, Luiz HenriqueDevido à alta estabilidade do íon manganês (Mn2+) em solução aquosa, existe uma grande dificuldade para removê-lo de águas contaminadas. Uma das formas de remover o Mn2+ é a utilização de microrganismos que podem oxidar o íon Mn2+. Fungos podem remover o Mn2+ por vários mecanismos dentre eles a oxidação mediada por lacase e adsorção. Esse trabalho teve como objetivo isolar fungos a partir de água de drenagem de mineração de Mn e testar a capacidade de biorremoção do íon Mn2+ de cinco isolados (7,18,23,26 e 31). Os fungos foram isolados utilizando Agar batata, mineral e Sabouraud. Os ensaios de biorremoção do Mn2+ pelos isolados foram realizados utilizando-se caldo Sabouraud contendo 140 e 50 mgL-1 do íon Mn2+. O decaimento da concentração de Mn2+ solúvel foi medido por espectrometria de emissão atômica com fonte plasma. Foram realizados ensaios de biorredução usando bióxido de manganês nas mesmas condições. Os fungos foram cultivados em meio suplementado com 2,2'-azino-bis-(3-etilbenzotiazolina-6- ácido sulfônico) para testar a produção de lacases extracelulares. A morfologia foi detectada por microscopia eletrônica de varredura e a composição de metais nas hifas por adsorção, foi caracterizada por EDS. A identificação dos isolados foi realizada utilizando análise filogenética da região do rRNA do 18S e ITS. Foi feito teste com N.N'-Dimetilamino-p,p'- trifenilmetano-o"- ácido sulfônico para detecção de Mn3+ /Mn4+ extracelular. O teste de presença de lacases foi positivo para os isolados 18, 23 e 31. Observou-se uma remoção de Mn2+ de 86,07% e 96% para o isolado 31 em 140 e 50 mgL-1 do íon Mn2+, respectivamente, sem ocorrer redução no ensaio com MnO2. A filogenia sugere que o isolado 7 pertence ao gênero Hypocrea; o isolado 18, Penicillium; o isolado 26, Aspergillus e o isolado 31, Cladosporium. As análises de microscopia eletrônica de varredura corroboram os resultados moleculares. A EDS mostrou que o Mn2+ removido está adsorvido nas hifas apenas de Cladosporium. Hypocrea foi capaz de oxidar Mn2+ a Mn3+ /Mn4+ no meio de cultura. Em conjunto os resultados demonstram que o isolado pertencente ao gênero Cladosporium é o mais eficiente na biorremoção de Mn2+, utilizando o mecanismo de adsorção associado à secreção de lacase extracelular. Novos experimentos serão feitos para verificar se a presença de lacases contribui para a biorremoção ou se a taxa de biorremoção observada é ocasionada somente pela adsorção.Item Diversidade e atividade antimicrobiana de fungos endofíticos associados à Araucaria angustifolia (Bertol.) O., Kuntze.(Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Moreira, Mirna Giselle; Rosa, Luiz HenriqueFungos endofíticos são caracterizados por habitar, de forma assintomática, tecidos vegetais e estabelecer uma relação considerada mutualística com seus hospedeiros. Este grupo microbiano é reconhecido como uma valiosa fonte de metabólitos secundários com diferentes atividades biológicas. Este trabalho teve como objetivo caracterizar a comunidade de fungos endofiticos associados à Araucaria angustifolia, única gimnosperma endêmica do Brasil, e sua capacidade em produzir metabólitos com atividade antimicrobiana. Para este estudo, 30 espécimes de A. angustifolia foram coletados em Campos de Altitude do estado de Minas Gerais. Folhas e caules de A. angustifolia foram desinfestados superficialmente e inoculados no meio Agar Batata Dextrosado (BDA) para o isolamento de fungos endofíticos. Após o processo de isolamento, 316 isolados fúngicos foram obtidos; destes, 204 das obtidos das folhas e 112 dos caules, os quais foram agrupados em 140 morfotipos distintos pelo perfil eletroforético dos produtos de PCR amplificados com o iniciador (GTG)5. Um isolado de cada morfotipo foi selecionado para sequenciamento da região ITS do gene do rDNA e identificados como espécies pertencentes aos gêneros Aspergillus, Biscogniauxia, Botryosphaeria Cladosporium, Colletotrichum, Diaphorte, Mucor, Muscodor, Neofusicoccum, Neurospora, Penicillium Pezicula, Phomopsis, Pestalotiopsis, Preussia, Trichoderma e Xylaria. Os táxons mais frequentes foram Pestalotiopsis sp. e Xylaria sp. Por outro lado, Mucor circinelloides, Neurospora tetrasperma, Phomopsis chimonanthi, Botryosphaeria sp. e Biscogniauxia sp. foram identificados como táxons minoritários dentro da comunidade. A comunidade de fungos endofíticos de A. angustifolia apresentou elevados valores de diversidade (Fisher-ɑ = 24,01), riqueza (Margalef’s = 8,42) e dominância (Simpson’s = 0,9). Além disso, a curva de rarefação de espécies (Mao Tao), que não atingiu uma assíntota, o que sugere que o número amostral não conseguiu cobrir toda a diversidade da comunidade de fungos endofíticos associados à A. angustifolia. Todos os isolados obtidos foram cultivados e seus respectivos extratos obtidos, os quais foram avaliados contra os micro-organismos alvos Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Candida albicans, C. krusei e Cladosporium sphaerospermum. Vinte e cinco extratos foram ativos contra pelo menos um dos micro-organismos alvos, destes, 21 demonstraram atividade antifúngica seletiva e 4 de amplo espectro. Dentre os extratos vegetais obtidos das folhas e fragmentos de caules, 24 apresentaram atividade antibacteriana contra E. coli e 1 extrato (obtido dos fragmentos de caules) demonstrou atividade antifúngica contra o C. sphaerospermum. O extrato do endófito Pezicula eucrita apresentou concentração inibitória mínima (CIM) de 62,5 μg/ml contra C. albicans. Os resultados obtidos neste estudo demonstram que A. angustifolia, a única gimnosperma endêmica do Brasil, representa uma fonte promissora de diversidade de fungos tropicais. Além disso, algumas espécies endofíticas demonstraram capacidade de produzir metabólitos bioativos e podem ser fontes de moléculas protótipos para fármacos com atividade antimicrobiana.Item Diversidade e bioprospecção de fungos associados às macroalgas antárticas Monostroma hariotti Gain e Porphyra endiviifolia (A. Gepp & E.S Gepp) Y. M. Chamberlain.(Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia. Núcleo de Pesquisas em Ciências Biológicas, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Furbino, Laura Esteves; Rosa, Luiz HenriqueA produção de metabólitos bioativos por fungos marinhos têm sido alvo de grande interesse por diferentes grupos de pesquisa, uma vez que os oceanos cobrem mais de 70% da superfície da Terra e constituem um ambiente relativamente pouco explorado em relação à diversidade biológica e química das comunidades microbianas. Os estudos sobre fungos associados às macroalgas antárticas são escassos e muitas das espécies algícolas são endêmicas e/ou adaptadas a essa região, podendo constituir uma fonte atrativa de novas espécies e metabólitos de interesse biotecnológico. Os gêneros Porphyra C. Agardh e Monostroma Thuret incluem espécies de grande importância econômica, utilizadas na indústria alimentícia, cosmética e farmacêutica em vários países. Neste contexto, o objetivo deste trabalho foi conhecer a diversidade de fungos associados às macroalgas Monostroma hariotti Gain e Porphyra endiviifolia (A. Gepp & E.S Gepp) Y.M. Chamberlain ao longo de um gradiente latitudinal em ilhas antárticas e avaliar o potencial destes fungos em relação à produção de metabólitos com atividade biológica. As macroalgas foram coletadas nas Ilhas Elefante, Rei George e Deception. Para isolamento dos fungos foram coletados fragmentos de 390 espécimes de macroalgas. As amostras foram obtidas em substratos rochosos localizados na região entre marés. Para o isolamento dos fungos foram utilizados fragmentos dos talos das algas, os quais foram inoculados em placas de Petri contendo o meio Agar Marinho. No total foram obtidos 278 isolados de fungos; destes, 149 fungos filamentosos e 129 leveduras. Os isolados foram agrupados em morfoespécies a partir das características macromorfológicas e confirmados posteriormente por meio da técnica molecular de microsatélite utilizando o iniciador GTG’5. Um representante de cada morfoespécie foi identificado por meio de sequenciamento de regiões ITS e dos domínios D1/D2 do gene do rRNA para os fungos filamentosos e leveduras, respectivamente. As espécies identificadas pertencem aos gêneros Antarctomyces, Aspergillus, Cadophora, Candida, Cystofilobasidium, Cryptococcus, Geomyces, Guehomyces, Meyerozyma, Metschnikowia, Oidiodendron, Penicillium, Rhodotorula e Verticillium. Os estudos de diversidade indicaram que a composição da comunidade fúngica das macroalgas são pouco similares e, também, que as espécies fúngicas apresentam baixa especificidade quanto ao hospedeiro. Todos os fungos obtidos foram cultivados em Agar marinho para obtenção dos extratos brutos, os quais foram avaliados quanto a atividade antimicrobiana utilizando como alvo os micro-organismos: Escherichia coli, Staphylococcus aureus, Candida albicans, C. krusei e Cladosporium sphaerospermum. Dos 218 extratos avaliados, oito apresentaram atividade antimicrobiana; destes, seis contra C. krusei, um contra C. albicans e um contra C. sphaerospermum. O extrato do fungo Geomyces pannorum UFMGCB 5987 apresentou atividade antimicrobiana considerada promissora (95,2%) frente aos esporos de C. sphaerospermum. Além dos ensaios antimicrobianos os fungos foram avaliados quanto à capacidade de degradar amido, carboximetilcelulose, xilana, proteína (caseína) e éster. Setenta e um por centos dos isolados apresentaram pelo menos um tipo de atividade enzimática, sendo a esterásica predominante (68%), seguida pelas atividades amilásica (43%), proteásica (38%), celulolítica (13%) e xilanolítica (0,16%). Os resultados obtidos neste trabalho sugerem a presença de uma comunidade de fungos adaptada às condições extremas da Antártica, a qual pode exercer um papel ecológico significativo na decomposição de matéria orgânica e na ciclagem de nutrientes; além disso, alguns destes fungos podem representar uma fonte promissora de metabólitos bioativos de interesse biotecnológico.Item Diversidade e bioprospecção de fungos presentes em solos antárticos.(2017) Gomes, Eldon Carlos Queres; Rosa, Luiz Henrique; Godinho, Valéria Martins; Rosa, Luiz Henrique; Gonçalves, Vivian Nicolau; Silva, Silvana de QueirozA complexidade do ambiente antártico, associado as condições ambientais extremas como alta incidência de radiação ultravioleta, extremos de temperatura, fortes ventos, baixa disponibilidade de água e nutrientes, tornam a Antártica um laboratório de campo para o estudo de comunidades microbianas. Neste trabalho, relatamos a diversidade de fungos presentes em diferentes solos amostrados em quatro ilhas da Antártica. Foram obtidos 218 isolados fúngicos (203 fungos filamentosos e 15 leveduras), os quais foram identificados por meio de técnicas de biologia molecular em táxons pertencentes aos filos Zygomycota, Ascomycota e Basidiomycota. Os gêneros Mortierella, Antarctomyces e Penicillium foram os que alcançaram as maiores densidades em UFC g-1. Pseudogymnoascus destructans, Pseudogymnoascus verrucosus, Penicillium tardochrysogenum, Goffeauzyma gilvescens e Mortierella sp. foram as espécies mais abundantes. Os solos antárticos apresentaram uma comunidade de fungos moderada em termos de diversidade (Fisher-α), riqueza (Margalef) e dominância (Simpson) das espécies. Sete isolados se destacaram em termos de bioatividade (cinco P. destructans, um M. parvispora e um P. chrysogenum) e foram capazes de inibir seletivamente formas amastigotas intracelulares de Trypanosoma cruzi com valores percentuais próximos ao da droga controle. O melhor resultado foi para o extrato de P. chrysogenum UFMGCB 10240, o qual apresentou o maior índice de seletividade e a melhor concentração inibitória a 50% (IC50) frente ao parasito. Dezoito extratos fúngicos apresentaram atividade herbicida, dos quais sete isolados (cinco de P. destructans e dois de P. tardochrysogenum) apresentaram os resultados mais siginificativos quanto a inibição das sementes de Allium schoenoprasum; frente a Lactuca sativa, os resultados mais significativos foram de um extrato de P. destructans e um de Mortierella sp. Na amostra de solo da Ilha Nelson foi detectada a presença da levedura Saccharomyces cerevisiae, resultado este que representa um importante achado, pois a distribuição geográfica desta levedura até o momento não incluia a Antártica. Os isolados antárticos de Saccharomyces cerevisiae podem representar candidatos para utilização de processos de fermentação em baixas temperaturas, pois foram obtidas de uma região constantemente fria do planeta. Os resultados deste trabalho indicam que os solos da Península Antártica abrigam espécies de fungos cosmopolitas adaptadas ao frio, endêmicas e táxons específicos com capacidade de produção de substâncias bioativas contra doenças tropicais negligenciadas e propriedades herbicidas para uso na agricultura.Item Fungos associados à macroalgas do litoral do Paraná e Península Antártica.(Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais. Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Loque, Carolina Pessanha; Rosa, Luiz HenriqueEstudos de fungos associados à macroalgas marinhas são incipientes no Brasil e em ecossistemas antárticos. O estudo destes fungos é de grande relevância devido à possibilidade da descoberta de novas espécies e suas relações ecológicas ou interações bioquímicas com as macroalgas hospedeiras. Neste trabalho foi avaliada a diversidade de espécies de fungos associados à macroalgas presentes no litoral do estado do Paraná (Brasil) e na Baía do Almirantado, Ilha Rei George (Península Antártica). Para isolamento dos fungos algícolas associados foram coletadas no litoral do Paraná as espécies de macroalgas: Bostrychia radicans e Caloglossa leprieurii (Rhodophyta); Gayralia oxysperma e Monostroma sp. (Chorophyta); e Padina gymnospora (Phaeophyceae). Na Antártica Adenocystis utricularis e Desmarestia anceps (Phaeophyceae) e Palmaria decipiens (Rhodophyta). No total foram obtidos 454 isolados de fungos associados às macroalgas estudadas. Destes, 379 (83,5%) foram obtidos das amostras do litoral do Paraná, representados por 301 fungos filamentosos e 78 leveduras. Associados às macroalgas da Antártica foram obtidos 75 (16,5%) isolados, representados por 27 fungos filamentosos e 48 leveduras. Os isolados algícolas obtidos foram agrupados em morfoespécies a partir de suas características fisiológicas, morfológicas ou pelo polimorfismo genético utilizando técnicas de biologia molecular. Um representante de cada morfoespécie foi identificado por meio de sequenciamento de regiões ITS e dos domínios D1/D2 do rRNA gene para os fungos filamentosos e leveduras, respectivamente. Nas macroalgas do litoral do Paraná foram identificadas as espécies de leveduras dos gêneros Candida, Cystofilobasidium, Debaryomyces, Geotrichum, Hanseniaspora, Hortaea, Pichia, Rhodotorula e Trichosporon. Nas macroalgas da Antártica foram identificados os fungos pertencentes aos gêneros Geomyces, Antarctomyces, Oidiodendron, Penicillium, Phaeosphaeria, Metschnikowia, Rhodotorula e Cryptococcus. Todas as espécies de leveduras encontradas no Paraná não são consideradas como específica das algas estudadas. Diferentemente dos resultados aprentados na Antártica, onde a levedura Metschnikowia australis prevaleceu associada às algas daquela região. Os resultados deste trabalho fazem parte do projeto PROANTAR e representam o primeiro estudo de fungos associados às macroalgas marinhas do Paraná e da Antártica e contribui para o conhecimento taxonômico e ecológico de fungos marinhos presentes em ambientes polares e na costa sul do Brasil.Item Fungos endofíticos associados à Vellozia compacta Mart. ex Schult. F. (Velloziaceae) presente em afloramentos rochosos nos estados de Minas Gerais e Tocantins.(Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais. Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Rodrigues, Rogério Leonardo; Rosa, Luiz HenriqueA Vellozia compacta Mart. ex Schult. & Schult. F. (Velloziaceae), popularmente conhecida como canela-de-ema, é uma monocotiledônea tropical, endêmica, comum nas formações quartzíticas e adaptada aos múltiplos estresses bióticos e abióticos do ambiente. Fungos endofíticos são microrganismos que habitam o interior dos tecidos vegetais, de forma inter ou intracelular, sem lhes causar danos aparentes e são pouco conhecidos, tanto quanto à biodiversidade, quanto aos diferentes fatores ecológicos envolvidos na associação fungo–hospedeiro e fungo-habitat da planta envolvida. No presente estudo foi avaliada a presença de fungos endofíticos associados a folhas e raízes de V. compacta presente em Afloramentos Rochosos dos estados de Minas Gerais e Tocantins. Fragmentos de folhas e raízes sem qualquer tipo de dano ou doença aparente foram alvos para o isolamento dos fungos endofíticos. Após coleta e isolamento foram obtidos 97 isolados de fungos endofíticos, 43 obtidos de velozias presentes na Serra do Ouro Branco e 54 de velozias presentes no Parque Estadual do Jalapão. Do total, 37 isolados foram obtidos das folhas e 60 das raízes. Todos os isolados foram devidamente preservados na Coleção de Culturas de Fungos do Laboratório de Microbiologia DECBI/ICEB/UFOP. Os fungos foram identificados por meio do seqüenciamento das regiões ITS1-5.8S-ITS2 do gene rDNA e pertencem aos gêneros Acarospora A. Massal, Chaetomium Kunze, Diaporthe Nitschke, Gelasinospora Dowding, Fusarium Link , Penicillium Link, Pestalotiopsis Steyaert, Phoma Sacc., Phomopsis (Sacc.) Sacc., Xylaria Hill ex Schrank, Alternaria Nees, Cladosporium Link, Simplicillium Zare & W. Gams, Teratosphaeria Syd. & P. Syd. Dentre as espécies identificadas, Fusarium oxysporum foi a mais freqüente, seguida de Pestalotiopsis microspora e Cladosporium cladosporioides. Em nível de gênero, Penicilium e Phomopsis foram os mais freqüentes. A Taxa de Colonização (Tc) obtida em V. compacta foi de 20 %, sendo 16,6 % maior no PEJ em relação à SOB e 22 % maior nas raízes do que nas folhas. Os resultados obtidos neste estudo demonstraram que V. compacta constitui um interessante e singular reservatório natural de fungos endofíticos.Item Metabarcoding of soil fungal communities in rupestrian grassland areas preserved and degraded by mining : implications for restoration.(2023) Figueiredo, Maurílio Assis; Silva, Thamar Holanda da; Pinto, Otavio Henrique Bezerra; Leite, Mariangela Garcia Praça; Oliveira, Fábio Soares de; Messias, Maria Cristina Teixeira Braga; Rosa, Luiz Henrique; Câmara, Eduardo Aguiar Saraiva; Lopes, Fabyano Alvares Cardoso; Kozovits, Alessandra RodriguesRupestrian grasslands are vegetation complexes of the Cerrado biome (Brazilian savanna), exhibiting simultaneously great biodiversity and important open-pit mining areas. There is a strong demand for the conservation of remaining areas and restoration of degraded. This study evaluated, using next-generation sequencing, the diversity and ecological aspects of soil fungal communities in ferruginous rupestrian grassland areas preserved and degraded by bauxite mining in Brazil. In the preserved and degraded area, respectively, 565 and 478 amplicon sequence variants (ASVs) were detected. Basidiomycota and Ascomycota comprised nearly 72% of the DNA, but Ascomycota showed greater abundance than Basidiomycota in the degraded area (64% and 10%, respectively). In the preserved area, taxa of different hierarchical levels (Agaromycetes, Agaricales, Mortierelaceae, and Mortierella) associated with symbiosis and decomposition were predominant. However, taxa that colonize environments under extreme conditions and pathogens (Dothideomycetes, Pleoporales, Pleosporaceae, and Curvularia) prevailed in the degraded area. The degradation reduced the diversity, and modified the composition of taxa and predominant ecological functions in the community. The lack of fungi that facilitate plant establishment and development in the degraded area suggests the importance of seeking the restoration of this community to ensure the success of the ecological restoration of the environment. The topsoil of preserved area can be a source of inocula of several groups of fungi important for the restoration process but which occur in low abundance or are absent in the degraded area.Item Plant growth promoting bacteria associated with langsdorffia hypogaea-rhizosphere-host biological interface : a neglected model of bacterial prospection.(2017) Felestrino, Érica Barbosa; Santiago, Iara Furtado; Freitas, Luana da Silva; Rosa, Luiz Henrique; Ribeiro, Sérvio Pontes; Moreira, Leandro MarcioSoil is a habitat where plant roots and microorganisms interact. In the region of the Brazilian Iron Quadrangle (IQ), studies involving the interaction between microbiota and plants have been neglected. Even more neglected are the studies involving the holoparasite plant Langsdorffia hypogaea Mart. (Balanophoraceae). The geomorphological peculiarities of IQ soil, rich in iron ore, as well as the model of interaction between L. hypogaea, its hosts and the soil provide a unique niche that acts as selective pressure to the evolution of plant growth-promoting bacteria (PGPB). The aim of this study was to prospect the bacterial microbiota of holoparasitic plant L. hypogaea, its plant host and corresponding rhizosphere of IQ soil, and to analyze the potential of these isolates as PGPB. We obtained samples of 11 individuals of L. hypogaea containing fragments of host and rhizosphere remnants, resulting in 81 isolates associated with Firmicutes and Proteobacteria phyla. The ability to produce siderophores, hydrocyanic acid (HCN), indole-3-acetic acid (IAA), nitrogen (N2) fixation, hydrolytic enzymes secretion and inhibition of enteropathogens, and phytopathogens were evaluated. Of the total isolates, 62, 86, and 93% produced, respectively, siderophores, IAA, and were able to fix N2. In addition, 27 and 20% of isolates inhibited the growth of enteropathogens and phytopathogens, respectively, and 58% were able to produce at least one hydrolytic activity investigated. The high number of isolates that produce siderophores and indole-3-acetic acid suggests that this microbiota may be important for adaptation of plants to IQ. The results demonstrate for the first time the biological importance of Brazilian IQ species as reservoirs of specific microbiotas that might be used as PGPB on agricultural land or antropized soils that needs to be reforested.