Navegando por Autor "Rodrigues, Thamara de Oliveira"
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Item Anos 1970 : “Existir, apesar de…” - literatura, melancolia e stimmung : confrontos com a temporalidade.(2021) Marciano, Matheus Silva; Rangel, Marcelo de Mello; Rangel, Marcelo de Mello; Coração, Cláudio Rodrigues; Rodrigues, Thamara de OliveiraA proposta desta dissertação é, partindo-se de determinada literatura realista brasileira dos anos 1970, analisar e descrever as afecções mobilizadas nas obras que se intensificam enquanto atmosfera (Stimmung) do período em questão, que é melancólica. Para isto, este trabalho é dividido em três grandes partes. Na primeira parte, faz-se uma abordagem sobre o que se confrontou enquanto possibilidade de leitura da década de setenta, subdividida em três momentos, sendo estes: (1) o entendimento sobre determinada interpretação da melancolia enquanto afeto e seu relacionamento específico com a temporalidade (experiências e expectativas); (2) a abertura mais pontual aos anos 1970 a partir e através de reflexões críticas sobre a estética realista que se generaliza na literatura brasileira do período; (3) a análise e aprofundamento das possibilidades de leitura que se apresentam tendo em vista a tematização das atmosferas (Stimmungen) e, com isso, suas possibilidades no que tange ao conhecimento histórico. Já na segunda parte são apresentadas as descrições das obras que orientam a proposta desta dissertação. Subdividida em dois tópicos, a proposta é analisar as afecções específicas de cada uma destas obras, indicando-se as tonalidades da atmosfera (Stimmung) melancólica que se intensifica no período. No primeiro tópico, são tematizadas três obras de Antônio Torres, sendo elas: Um cão uivando para a lua (1972), Os homens dos pés redondos (1973) e Essa terra (1976) em que indicamos uma Stimmung caracterizada pela aridez; no segundo tópico, abordam-se duas distopias de Ignácio de Loyola Brandão, Zero (1975) e Não verás país nenhum (1981), em que se realça uma Stimmung constituída pelos constantes movimentos de fragmentação e cisão da existência. Ao final de cada um desses tópicos, é feita a descrição das atmosferas das obras e dos movimentos que as intensificam. Na terceira e última, parte, apresenta-se as conclusões da consideração de uma intensificação do afeto melancólico enquanto Stimmung, o que se poderia extrair no que se refere à determinada forma de relacionamento com/no tempo e o confrontar-se com tons desta forma de estar-nomundo, característico da temporalidade, dos horizontes e das expectativas, dos anos 1970 no Brasil.Item O Império da prudência : linguagem política e experiência histórica na reforma da Constituição de 1824 (1831-1834).(2022) Teixeira, Larissa Breder; Pereira, Luisa Rauter; Pereira, Luisa Rauter; Mollo, Helena Miranda; Mata, Sérgio Ricardo da; Rodrigues, Thamara de Oliveira; Sá, Maria Elisa Noronha deEm 1831, logo após a abdicação de Dom Pedro I, começaram, na Câmara dos Deputados, as discussões sobre as reformas constitucionais que culminaram no Ato Adicional de 1834. Com o tema das mudanças na forma da representação política como eixo, especificamente o que concerne o problema do poder político e administrativo provincial, os principais debates foram guiados por um agir prudencial. Em outras palavras, as discussões da Reforma Constitucional sobre a construção da nação estariam inseridas no âmago de uma linguagem que se empenha na busca por cautela e prudência. A prudência, no caso, não significaria lentidão, e sim perceber o momento certo da ação – nem antes, nem depois – e, dentro disso, ela poderia ser classificada como antiga ou moderna. Acreditamos que esse agir era capaz de estruturar conceitos, elaborar metáforas, moldar o pensamento e ordenar decisões. No decorrer da pesquisa, constatamos que a prática prudencial esteve, igualmente, atrelada as diferentes gerações, as quais os legisladores faziam parte: a Geração da Independência e a Geração da Reforma. Ademais, nessa reforma foi central a reconfiguração que o tempo e a história sofreram, isto é, como foram vividos e conceituados. À vista disso, buscamos compreender como passado, presente e futuro foram construídos pelos grupos políticos em questão no decurso dos debates. Tomando como fontes os debates sucedidos na Câmara dos Deputados e no Senado Imperial, instituições do poder legislativo onde se encontravam os membros da mais alta elite política e social do país durante os anos da reforma, entre 1831 e 1834, a presente pesquisa intenciona, portanto, lançar luz sobre tais fenômenos.Item A independência de Portugal : história, progresso e decadência na obra de Francisco Solano Constâncio (1808-1840).(2014) Rodrigues, Thamara de Oliveira; Araújo, Valdei Lopes de; Araújo, Valdei Lopes de; Pereira, Luisa Rauter; Cezar, Temístocles Américo CorrêaNesta dissertação, buscou-se compreender como o fenômeno da Independência do Brasil alterou a experiência da história portuguesa. A partir da trajetória intelectual do letrado luso, Francisco Solano Constâncio (1777-1846), autor completamente imerso nos debates acerca da Independência, tornou-se possível acompanhar a construção e o esgotamento de estruturas narrativas e conceituais fundamentais para o realinhamento da relação entre Portugal e Brasil após 1808. Priorizou-se, a partir de diversos textos do autor, incluindo sua História do Brasil (1839), a análise dos conceitos fundamentais de história, progresso e decadência em sua narrativa, bem como a produção ou diminuição do distanciamento histórico entre ambos os reinos. A partir desta análise, buscou-se descrever e compreender quais expectativas foram rompidas ou intensificadas a partir da separação política que dificultou o restabelecimento de um sentido positivo para a história de Portugal em função da perda do Brasil.Item Memória e contemporaneidade em Andreas Huyssen.(2023) Vieira, Letícia Aparecida Maciel; Rangel, Marcelo de Mello; Rangel, Marcelo de Mello; Freixo, André de Lemos; Rodrigues, Thamara de OliveiraTematizamos os problemas relacionados a atividade da memória na cultura contemporânea a partir de Andreas Huyssen. Nossa compreensão é a de que o historiador busca descrever um comportamento obsessivo em relação a presentificação de passados hoje, no qual há uma intensa relação entre memória, desenvolvimento tecnológico e meios de comunicação. A partir da noção de “Cultura da Memória”, Huyssen descreve um comportamento obsessivo, no qual a memória torna-se também um produto da indústria cultural, o que teria como consequência certo esvaziamento da capacidade de reorganização de passados, presente e futuros a partir delas e com isso estaríamos perdendo certa capacidade de mobilização ética- política na realidade. Buscamos tematizar também como que a “Cultura da Memória” se articula em relação a memórias traumáticas, e aqui tematizamos sobre a relação entre memória e direitos humanos.Item O movimento do "Sagrado Feminino" : sintoma das historicidades políticas no Brasil contemporâneo.(2022) Gomide, Juliana Campos; Pereira, Luisa Rauter; Pereira, Luisa Rauter; Gaio, Géssica Góes Guimarães; Rodrigues, Thamara de OliveiraPensar a sociedade brasileira contemporânea pode ser um tanto quanto complexo, principalmente, ao considerar as multiplicidades de aspectos que configuram a atualidade. As mudanças constantes, assim como as definições instáveis de categorias e as projeções de futuros catastróficas – principalmente em uma realidade pandêmica – possibilita que movimentos populares e sociais de diferentes vieses e caráter político surjam de maneira a sugerirem significados ao presente. Enquanto corpo social, isso significa dizer que movimentos disputam o sentido do tempo presente, ou seja, produzem narrativas plurais acerca do passado a fim de garantirem sentido aos processos que coletivamente estamos vivendo. O principal objeto de análise dessa pesquisa é o movimento de mulheres Sagrado Feminino. Acreditamos que este se apresenta como um fenômeno da contemporaneidade à medida em que se entrelaça com algumas teorias que buscam compreender as dimensões políticas do tempo presente. Por conta disso, utilizamos para refletir sobre o Sagrado Feminino análises que buscam compreender a politização envolta no tempo histórico contemporâneo, a fim de entender sobre como os usos das camadas temporais estão sendo utilizados em movimentos sociais e populares atuais. A ideia de “ancestralidade feminina”, por exemplo, é construída a partir de perspectivas de passados que são considerados como ancestrais, sagrados e femininos. Busca-se, com isso, investigar as implicações políticas e históricas da circulação dessas ideias, principalmente, em um contexto marcado por múltiplas narrativas revisionistas e negacionistas. Ainda que seja compreendido o avanço do conservadorismo na sociedade brasileira, pensaremos esse ativismo de mulheres à luz das produções do campo de Teoria da História e Historiografia brasileira que pensam as contribuições dos debates feministas para a luta de mulheres atualmente.Item A mulher na minha pele : um estudo do feminino, dos espectros e das histórias na historiografia brasileira e na literatura.(2023) Santana, Ana Paula Silva; Rangel, Marcelo de Mello; Rangel, Marcelo de Mello; Albuquerque Júnior, Durval Muniz de; Cezar, Temístocles Américo Corrêa; Oliveira, Maria da Gloria de; Rodrigues, Rogério Rosa; Rodrigues, Thamara de OliveiraNo decorrer da pesquisa estudamos o feminino, os espectros e o amor na literatura brasileira. Trabalhamos, especialmente, com a narrativa e com as personagens de autores e autoras como Beatriz Brandão, Nísia Floresta, Gonçalves Dias, Bernardo Guimarães, Maria Firmina dos Reis, Machado de Assis, Júlia Almeida e Emília Freitas. Para tanto, nos aproximamos da teoria da história e da filosofia como referenciais teóricos, sobretudo no que se refere aos trabalhos de autores e autoras como Jacques Derrida, Lélia Gonzalez, bell hooks e Marcelo Rangel. Nos perguntamos pelas definições dos conceitos principais da pesquisa, pelas resistências e aberturas suscitadas na temporalidade do oitocentos brasileiro, e, principalmente, pela leitura e observação destas problematizações a partir das narrativas literárias que nos propomos a estudar. Assim, trabalhamos com conceitos como feminino, amor, abertura, saudade e resistência, com base na perspectiva e/ou hipótese de que os atravessamentos e espectralidades do século XIX no Brasil proporcionaram o reconhecimento e a resistência do feminino no mesmo período. Sabemos que tais atravessamentos, conquistas e resistências conviveram com os riscos correspondentes à tradição histórica daquele momento, no entanto, acreditamos que desse risco e da compreensão dos entes a partir dele, surgiam aberturas à alteridade, e, consequentemente, o próprio protagonismo de personagens, histórias e problemas ainda submersos. O que pretendemos delimitar e analisar no decorrer da tese.Item Nossa terra é indígena : sobre terras originárias e a metamorfose de seus povos em caboclos.(2022) Almeida, Helena Azevedo Paulo de; Rangel, Marcelo de Mello; Reis, Mateus Fávaro; Rangel, Marcelo de Mello; Reis, Mateus Fávaro; Miranda, Marina Rodrigues Reis; Silva, Cleverson Suzart; Rodrigues, Thamara de Oliveira; Roza, Luciano MagelaPretende-se evidenciar aqui como se deus a transmutação dos povos indígenas no Brasil em caboclos, curibocas, pardos e demais variações conceituais. Para isto, procurou-se investigar em uma perspectiva de longa duração, como a presença indígena foi percebida desde o período colonial, por meio das legislações aplicadas diretamente àqueles povos. Para tal, selecionou-se o Diretório dos Índios e a Bula Papal Sublimis Deus (no período colonial), a Lei de Terras (período imperial) e durante a primeira república a institucionalização do Serviço de Proteção ao Índio e a Localização de Trabalhadores Nacionais (SPILTN). Com análise desse material inicial, segue-se para a investigação de materiais escritos publicados até 1930, por meio das publicações “Correio da Roça” e “A Porca”, ambas de Júlia Lopes de Almeida, e “Alma Cabocla” e “Ensaios Históricos”, estes de autoria de Paulo Setúbal. Os materiais escritos são importantes por divulgam divulgam ideias fortemente germinados durante o período, conquistando autoridade e repercussão.Item "A obra dele é a minha própria" : Lêda Boechat Rodrigues e o lugar do feminino na história da historiografia brasileira.(2023) Sesquim, Ilda Renata Andreata; Freixo, André de Lemos; Freixo, André de Lemos; Silveira, Mariana de Moraes; Rodrigues, Thamara de OliveiraA presente dissertação tem como objeto a trajetória de Lêda Boechat Rodrigues (1917-2014) e se propõe a investigar, através de sua experiência pessoal, como as como as articulações entre gênero e academia depositaram tensões estruturais que acompanharam sua carreira e delimitaram as formas que Boechat teria encontrado para fazer-se historiadora. Em toda sua trajetória enquanto jurista e historiadora, Lêda Boechat Rodrigues recebeu um relativo reconhecimento, exceto na história da historiografia. Para o campo, o caminho encarado pela intelectual seria acompanhado pela “sombra” do homem com quem escolheu se casar: José Honório Rodrigues (1913-1987). Essa sombra se projetaria sobre a sua experiência como intelectual, deixando uma lacuna em sua trajetória, na qual o seu lugar seria apenas o de “esposa” e não o de historiadora. A partir desse estudo de caso, o objetivo desta dissertação é questionar, portanto, essa dualidade que se estabeleceu entre o seu reconhecimento e a dimensão efetiva de seu trabalho. Acreditamos que a análise da trajetória de Lêda permite, assim, questionar esse (não)lugar reservado a ela no imaginário histórico e historiográfico. À luz da dimensão política de gênero que freou o reconhecimento e direcionou o que era importante ou merecia ser lembrado, nossa hipótese central é que Lêda encontrou uma forma peculiar para fazer-se historiadora (e uma historiadora da historiografia). Além da vasta produção historiográfica dedicada à história do direito brasileiro e norte-americano, a intelectual atuou de forma efetiva na organização dos textos de José Honório como historiador, um autor central para a história da historiografia brasileira. Seja na condição de colaboradora ou como organizadora de seu espólio literário, produzindo um extenso acervo historiográfico sobre Rodrigues, Lêda fez deste autor e obra uma referência não apenas para aqueles que o conheceram em vida, mas um monumento historiográfico para ser lido e (re)conhecido por outras gerações.Item Sobre a impossibilidade da reconciliação : Abreu e Lima e a negação do passado nacional.(2019) Rodrigues, Thamara de Oliveira; Araújo, Valdei Lopes de; Araújo, Valdei Lopes de; Pereira, Luisa Rauter; Gaio, Géssica Góes Guimarães; Bentivoglio, Julio Cesar; Cezar, Temístocles Américo CorrêaEsta tese investigou a construção social da temporalidade no Império a partir das contribuições historiográficas de José Inácio da Abreu e Lima. O general e escritor, considerado um dos principais intérpretes do Brasil da primeira metade do século XIX, protagonizou uma série de debates em um contexto no qual disputavam-se os primeiros protocolos institucionais para a escrita de uma história nacional. As expectativas que remetiam à construção do “Brasil” como país passavam pela mediação da “distância histórica” em relação às heranças lusitanas, ameríndias e africanas por meio da narrativa histórica. Embora as obras do autor sejam atravessadas por diferentes direcionamentos políticos – oscilando, por exemplo, entre certo “realismo-conservador” na década de 1830, certo ímpeto revolucionário na década de 1840 e protagonizando uma leitura do socialismo nos anos 1850 – encontra-se nelas uma ênfase significativa e crítica no que tange à experiência colonial. Este passado assume, em seus textos, a forma de um passado-presente que teria impedido a projeção de futuros “bem-delimitados” e “ideais”. Essa performance discursiva lhe causou certa negação por seus pares, sobretudo, aqueles ligados ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), como foi o caso de Francisco Adolpho de Varnhagen. Acompanhamos nesta tese algumas dessas tensões e como elas repercutiram na definição do cânone historiográfico oitocentista, colocando em disputa e em evidência, portanto, formas de escrita, conteúdos e imaginários próprios a nossa história que se tornaram caros a tradições historiográficas brasileiras.Item Sobre corpo, tempo e presença : abordagens fenomenológicas para a história.(2022) Gomes, Pedro Leal; Rangel, Marcelo de Mello; Rangel, Marcelo de Mello; Freixo, André de Lemos; Rodrigues, Thamara de Oliveira; Castro, Rafael Dias deO objetivo desta pesquisa é pensar as questões do corpo e da temporalidade na tradição fenomenológica, especificamente em algumas obras de Hans Ulrich Gumbrecht e Jean-Luc Nancy. Minha hipótese é de que o corpo surge para os autores em sua contemporaneidade como uma urgência ético-política, produzindo em suas escritas uma radicalização do corpo em comparação a outras fenomenologias. Estas reflexões me ajudarão a pensar as consequências dessa radicalização do corpo na escrita da história contemporânea, tendo em vista que a questão do corpo também parece ser decisiva neste momento.Item Temporalidade e crise : sobre a (im)possibilidade do futuro e da política no Brasil e no mundo contemporâneo.(2017) Rodrigues, Thamara de Oliveira; Rangel, Marcelo de MelloNeste artigo abordamos alguns aspectos da crise política contemporânea e brasileira a partir da sua relação com a temporalidade. Argumentamos que certa dificuldade no que diz respeito ao surgimento de propostas intelectuais e políticas para o seu enfrentamento pode ser atribuída, entre outros fatores, à insistência numa percepção do futuro determinada pela expectativa de perfeição/perfectibilidade e progresso. Discute-se, também, a sensação de um possível aprisionamento na crise tendo em vista uma determinada forma de tematização a partir das mídias e redes sociais. Ao final, recorre-se a perspectivas que procuram ir além das categorias de pessimismo e otimismo tendo em vista que a insistência na classificação de diagnósticos intelectuais ou de ações políticas a partir delas estabelece uma dependência em relação a uma expectativa de futuro ideal.