Navegando por Autor "Polli, Gabriel de Oliveira"
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Item Análise da composição química em variedades de berilo, por Ativação Neutrônica Instrumental (INAA).(2006) Polli, Gabriel de Oliveira; Oliveira, Elisângela Fátima de; Sabioni, Antônio Claret Soares; Ferreira, Ana Claudia Mousinho; Roeser, Hubert Mathias PeterAnálises químicas de elementos maiores, menores e traço foram realizadas utilizando Análise por Ativação Neutrônica Instrumental (INAA) em vinte e quatro amostras das seguintes variedades de berilo brasileiras: água-marinha azul e verde, goshenita, heliodoro e morganita. O objetivo é utilizar a caracterização química como ferramenta auxiliar para compreender aspectos relativos às cores dos minerais do grupo do berilo. Trinta elementos químicos foram investigados, mas somente Na, Rb, Cs, Sc, La, Sm, Eu, Tb, U, Hf, Ta, Mo, W, Fe, Co, Ni, Au, Zn, Sb e Br foram detectados. Interferências ocasionadas pelas elevadas concentrações de Cs não permitiram as determinações de Sr, Ba, Ce, Nd, Yb, Th, Zr, Cr, Ag e As. Os resultados indicam correlações entre os teores de Cs, Na e Rb e as cores das variedades de berilo. Os teores de Cs e Na são expressivos na maioria das amostras, destacando-se nas amostras de morganita, goshenita e água-marinha azul e verde, o que justifica classificá-las como ricas em Cs e Na. Os teores de Cs estão vinculados às variedades de berilo. O teor médio de Na diminui gradativamente na seguinte seqüência: morganita, goshenita, água-marinha azul e verde e heliodoro. O teor médio de Rb na goshenita supera o da morganita, água-marinha azul, águamarinha verde e heliodoro. Os resultados confirmam a influência do teor de Fe nas cores das variedades água-marinha azul e verde e do heliodoro, e sugerem que não é a quantidade de Fe que define a saturação da cor, mas o estado de oxidação e o número de coordenação deste elemento.Item Comportamento físico–químico do berilo a altas temperaturas.(2006) Polli, Gabriel de Oliveira; Sabioni, Antônio Claret Soares; Ferreira, Ana Claudia Mousinho; Dereppe, Jean Marie; Roeser, Hubert Mathias PeterO tratamento térmico é amplamente utilizado em variedades de berilo com o objetivo de melhorar ou modificar a cor natural e, portanto, agregar valor ao mineral-gema. Na aplicação do tratamento térmico deve-se levar em consideração mudanças cristaloquímicas do mineral, de modo a não produzir modificações indesejáveis e irreversíveis. Foram investigadas propriedades físico–químicas de 383 amostras de berilo amarelo, azul, incolor, rosa e verde, provenientes de 16 depósitos de MG, PB, RN e CE, das quais 239 amostras coloridas e incolores foram submetidas a tratamento térmico e 2 incolores a tratamento termoquímico ou por difusão. Mudança e/ou uniformização da cor foram possíveis nos ensaios térmicos. Até temperaturas de 800oC ou 900oC aproximadamente, dependendo da variedade e/ou depósito, as amostras de berilo mantêm as suas composições químicas e propriedades físicas macroscopicamente inalteradas. Entretanto, a partir dessas temperaturas e/ou com tempos de tratamentos prolongados, ocorreu uma possível transformação de fase do berilo, que se torna branco e translúcido, com aspecto de porcelana.Item The effect of thermal treatment on the 57Fe Mössbauer spectrum of beryl.(2006) Costa, Geraldo Magela da; Polli, Gabriel de Oliveira; Kahwage, Márcio A.; Grave, Eddy De; Sabioni, Antônio Claret Soares; Mendes, Julio CesarMo¨ssbauer spectra (MS) of blue, green and yellow beryl (ideally Be3Al2Si6O18) containing approximately 1% of iron were obtained at 295 and 500 K. Room temperature (RT) spectra of both blue and green samples showed the presence of an asymmetric Fe2+ doublet (DEQ 2.7 mm/s, d 1.1 mm/s), with a very broad low-velocity peak. There is no clear evidence for the presence of a ferric component. The MS of the yellow sample at RT consists of an intense central absorption with parameters typical for Fe3+ (DEQ 0.4 mm/s, d 0.29 mm/s), plus an apparently symmetrical Fe2+ doublet. This sample acquires a lightblue shade upon heating in air at about 620 K. Thermal treatments at high temperatures caused no significant changes in the MS, but the green and yellow beryl acquire a blue colour. All these results are interpreted in relation to the existence of channel water and the distribution of iron among the available crystallographic sites.Item Tratamento térmico de berilo incolor (goshenita) e colorido (água-marinha, heliodoro e morganita)(2006) Polli, Gabriel de Oliveira; Sabioni, Antônio Claret SoaresA comercialização de grande parte do mineral-gema berilo depende de tratamento térmico mplamente utilizado para água-marinha (azul e verde), morganita e heliodoro, com o objetivo de melhorar ou modificar a cor natural e, assim, agregar valor à gema. Na aplicação do tratamento térmico, devem ser levadas em consideração as mudanças físico-químicas do material, para não produzir modificações indesejáveis e irreversíveis. Cuidados com relação à temperatura (aquecimento e resfriamento) e duração do tratamento são importantes para que as integridades química e estrutural do berilo sejam preservadas. Do ponto de vista óptico, a mudança ou uniformização da cor pode ser obtida, na maioria das vezes, com tratamentos de até ou 2 horas de duração e temperaturas entre 350 e 900oC, aproximadamente, dependendo da variedade e procedência. Estima-se que mais de 90% das gemas de água-marinha e morganita, disponível no mercado mundial, são tratadas termicamente. A maioria sem qualquer referência da posição de extração do material nos corpos pegmatíticos, muitas vezes, sem informações seguras sobre a procedência e, portanto, torna-se impraticável investigar a relação quimismo/posicionamento no corpo/procedência geográfico-geológica. Dentro desse contexto, foram realizados 239 ensaios de tratamento térmico, 3 tratamentos por difusão e 22 análises térmicas (termodilatometria e termogravimetria) em amostras de 5 variedades de berilo e investigadas as alterações no comportamento do material, proporcionadas pelo tratamento. Foram aplicados 15 tipos de análises físico-químicas para caracterizar as amostras e utilizadas 383 amostras de berilo amarelo, azul, incolor, rosa e verde, de 19 procedências diferentes (9 MG, 7 PB, 2 RN e 1 CE), adquiridas em garimpos, feiras livres, pessoas físicas e lojas especializadas em gemas. A uniformização das cores azul e rosa bem como as mudanças de cor verde/esverdeada para azul, de amarelo para azul ou incolor, de rosa para incolor, foram obtidas nos tratamentos realizados. Normalmente, dependendo da variedade e/ou depósito, a cor do berilo pode ser modificada até ∼800–900oC, mas a composição química e as propriedades físicas permanecem quase constantes. Mas, a partir de 800oC e/ou com tempo de tratamento prolongado (acima de 3h), os tratamentos térmicos com atmosfera de ar estático em amostras de água-marinha (azul e verde), goshenita, heliodoro e morganita, produziram modificações significativas na cor e diafaneidade, atribuídas a uma possível transformação de fase do material, quando o berilo torna-se branco e translúcido, com aspecto de porcelana, que não é encontrado na natureza. Análises térmicas, valores de densidade relativa e índices de refração, quantidades de hidrogênio (ressonância magnética nuclear) e água (espectroscopia por absorção no infravermelho) confirmaram esta mudança físico-química. Entretanto, todas as análises de difração de raios X não registraram qualquer alteração de fase no material. Os teores de SiO2, Al2O3, Cs2O, Na2O, FeO, MgO, K2O, MnO, Cr2O3, CaO, Rb2O e TiO2, obtidos por microssonda eletrônica, e dos elementos Na, Rb, Cs, Sc, La, Sm, Eu, Tb, U, Hf, Ta, Mo, W, Fe, Co, Ni, Au, Zn, Sb e Br, detectados nas análises por ativação neutrônica instrumental, permitiram estabelecer correlações com as cores das amostras. Os espectros de absorção óptica e, principalmente, os espectros Mössbauer à temperatura ambiente e 500K em amostras de berilo azul e verde indicaram a presença de Fe2+ em três sítios cristalográficos (octaédrico, tetraédrico e canais estruturais) e pouco Fe3+ em sítios octaédricos. As quantidades de Fe2+ e/ou Fe3+ nesses sítios estruturais definem a cor das variedades água-marinha (azul e verde) e heliodoro. Nas condições utilizadas, a introdução de cor por difusão não se aplica ao berilo incolor, porque o mineral não suporta as altas temperaturas e os tempos prolongados que são necessários para ocorrer a difusão do material dopante. Entretanto, tornou possível o revestimento da superfície com uma cor estável.