Navegando por Autor "Pinho, Fernando Ferreira de"
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Item Influência de fatores ambientais sobre a ocorrência e diversidade de mamíferos de médio e grande porte em unidades de conservação da Serra do Espinhaço Meridional.(2015) Pinho, Fernando Ferreira de; Paglia, Adriano Pereira; Paglia, Adriano Pereira; Rodrigues, Flávio Henrique Guimarães; Itabaiana, Yasmine AntoniniMamíferos de médio e grande porte são essenciais para a funcionalidade do ecossistema e entender como estas espécies se distribuem ao longo no ambiente e quais são os fatores que influenciam nessa distribuição é fundamental para medidas efetivas de manejo e conservação da vida silvestre. Neste estudo procuramos descrever a riqueza e composição de espécies em duas Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral na Serra do Espinhaço, estimar a ocupação espécies e avaliar os fatores que influenciam a distribuição dessas espécies. Seguimos protocolos internacionais de armadilhamento fotográfico e amostramos 49 pontos no Parque Estadual do Rio Preto (PERP) e 48 pontos no Parque Nacional das Sempre-Vivas (PNSV). Avaliamos a detectabilidade (p) das espécies registradas em cada UC e realizamos as análises com modelos mais complexos para todas que apresentaram p>0.1. A proporção da área ocupada (Ψ) foi calculada através do modelo nulo da estimativa de ocupação single-season e o efeito dos fatores ambientais avaliados foi medido através do ranking de modelos (AIC). Registramos 23 espécies, sendo 19 no PERP e 18 no PNSV. As maiores taxas de ocupação foram do cachorro-do-mato e lobo-guará no PERP e tamanduá-bandeira e anta no PNSV. Houve uma grande variação dos fatores ambientais que influenciam a distribuição entre as espécies e entre as UC’s. As relações mais claras encontradas foram da ocupação de Leopardus tigrinus em áreas de menor altitude no PERP, e Myrmecophaga tridactyla com a locais com maior densidade de focos de calor no PNSV e Cuniculus paca com habitats florestais no PNSV. Essas diferentes respostas refletem adaptações morfológicas, comportamentais e ecológicas que permitem que as espécies coexistam. Nossos estudos indicam que, mesmo em áreas próximas e com fitofisionomias semelhantes, populações de uma mesma espécie podem variar suas respostas aos fatores ambientais, muitas vezes em função de ações antrópicas.