Navegando por Autor "Pimenta Neto, Olímpio José"
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Item O absurdo como propedêutica à revolta em Albert Camus.(2023) Chrisostomo, Gustavo Henrique; Rangel, Marcelo de Mello; Rangel, Marcelo de Mello; Amitrano, Georgia Cristina; Batista, Gustavo Silvano; Pimenta Neto, Olímpio JoséA presente pesquisa tem como objetivo fazer uma análise interpretativa dos dois principais conceitos da obra de Albert Camus: absurdo e revolta, evidentes principalmente em O mito de Sísifo e O homem revoltado, respectivamente. Desse modo, tematizar o nascimento do afeto do absurdo a partir da constatação da indiferença do mundo aos lamentos humanos e mostrar por qual motivo o suicídio não pode ser uma resposta à falta de um propósito que acompanha essa constatação. Será necessário, também, mostrar a importância do afeto do absurdo para o nascimento de outro afeto: a revolta, que, para Camus, é a postura coerente para enfrentar o absurdo, conforme será trabalhado no decorrer da presente pesquisa. Assim, será importante analisar a história do afeto da revolta para entender o motivo pelo qual ela se corrompeu ao ponto de legitimar assassinatos em seu nome. Essa genealogia da revolta é importante para mostrar que ela pode ser uma postura coerente para enfrentar o absurdo, desde que não torne legítimo o crime de assassinato. Assim, para facilitar a compreensão desses conceitos filosóficos de Camus, uma relação entre a filosofia de Camus e a literatura, tanto do próprio filósofo franco-argelino quanto de outros autores, será necessária para ter uma perspectiva mais ampla sobre os temas camusianos, uma vez que o próprio autor utilizava a literatura como uma ferramenta essencial para elucidar seus conceitos filosóficos. Finalmente, uma aproximação dos temas camusianos com a realidade brasileira é importante, para entender que absurdo e revolta são afetos que estão além de uma determinada localização espacial, são afetos que todo ser humano está sujeito a experimentar. Essa aproximação será possível através da tematização da própria literatura brasileira, especialmente autores que também se interessam por questões semelhantes às de Camus, sobretudo absurdo e revolta. Enfatizamos, nesse sentido, o trabalho de Graciliano Ramos.Item Absurdo, arte e revolta em Albert Camus.(2020) Costa, Phabyo Laurenço da; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Camerino, Luciano Caldas; Pimenta Neto, Olímpio JoséEste trabalho pretende avaliar, a partir de dois ensaios escritos por Albert Camus acerca do Mito de Sísifo e de O Homem Revoltado, como a aceitação e a revolta, determinam a condição do homem como absurda e permitem pensar a Arte e a Revolta (Metafísica) como superação do pensamento suicida e totalitário. Albert Camus verificou que o mundo se apresenta ao homem tanto como objeto de conhecimento, quanto como condição de vida e sobrevida. Aprofundando a análise sobre as obras citadas de Albert Camus, revela-se uma filosofia que perpassa a construção de uma teoria estética e uma filosofia da arte e que encontra na Revolta Metafísica, uma perspectiva de travessia do estado absurdo, da própria finitude do humano, para o estado de superação do sofrimento e insatisfação diante o sentimento de injustiça presentes no mundo. Uma Metafísica da Revolta é elaborada por Camus como único meio de alcance do conhecimento da essência do mundo e do homem. Desse modo, a Arte - Revolta Metafísica (tomada de consciência do homem da sua condição absurda) tornamse as únicas vias para a libertação do homem que conhece e encontra a si mesmo como sujeito desprovido de vontade de viver.Item Uma análise sobre o lugar da história e da historiografia nas últimas obras de Friedrich Nietzsche (1882-1888).(2018) Crescêncio, Aniele Almeida; Mata, Sérgio Ricardo da; Mata, Sérgio Ricardo da; Mollo, Helena Miranda; Pimenta Neto, Olímpio JoséEssa dissertação buscou problematizar a visão de Nietzsche acerca da história e da historiografia, que é cristalizada no Brasil a partir das afirmações deste presentes em sua Segunda Consideração Intempestiva. É impossível entender o pensamento do filósofo sem contextualizá-lo, sendo assim, também discutimos o conceito de modernidade e dois grandes acontecimentos do século XIX que foram essenciais para a reflexão de Nietzsche acerca de sua contemporaneidade: a Unificação da Alemanha e a institucionalização da história. Para alcançar nosso objetivo, nos submetemos à análise das obras publicadas nas chamadas primeira e terceira fase de Nietzsche, a fim de apresentar suas semelhanças e divergências. Também analisamos as relações de Nietzsche com três historiadores contemporâneos. A partir das fontes identificamos que Nietzsche muda sua visão sobre a história após a publicação de sua famosa obra de 1874. Também pudemos perceber, acerca da relação com os historiadores, que Nietzsche admirou Burckhardt ao longo de toda a sua vida, apesar da relação polida entre ambos; Ranke foi alvo de suas críticas todas as vezes que foi mencionado por Nietzsche; e Treitschke, a quem Nietzsche cultivara certa admiração em sua juventude, foi duramente criticado em seus escritos finais.Item Aproximações entre Nietzsche e Weber : a produção acadêmica brasileira sobre um problema em história das ideias (1979 - 2004).(2020) Félix, Maria Júlia Parente; Mata, Sérgio Ricardo da; Mata, Sérgio Ricardo da; Assis, Arthur Alfaix; Pimenta Neto, Olímpio JoséO objetivo deste trabalho é traçar as primeiras linhas acerca da produção brasileira sobre a relação Nietzsche-Weber sob um problema em história das ideias, entre 1979 e 2004. O primeiro ano deste recorte se refere ao ano de publicação da tese de livre docência do sociólogo Gabriel Cohn, Crítica e Resignação, que possui um capítulo dedicado a investigação da influência do filósofo Friedrich Nietzsche sobre os escritos metodológicos de Max Weber – identificamos este capítulo como o primeiro escrito de um pesquisador brasileiro acerca do assunto, que por sua vez apresenta fortes influências do ensaio de Eugéne Fleischmann, pesquisador Húngaro que estudou em Paris, e em 1964 publica o ensaio Weber e Nietzsche – tomado como o estudo pioneiro na europa e de maior substância na época. Estes dois escritos, apesar de inegavelmente reconhecidos, encontrarão opiniões que divergem, em diferentes graus, acerca desta influência, a princípio, tão marcante do filósofo do martelo sobre a caneta weberiana. Dentre tais opiniões, analisaremos com mais substância os trabalhos de Otávio Velho (1995), Berthold Öelze (2000) e Renarde Freire Nobre (2004). Para tanto, nosso trabalho se desenvolve em três capítulos, onde o primeiro fará um breve contexto histórico acerca da chegada dos pensamentos de Nietzsche e Weber no Brasil, bem como as primeiras traduções e estudos sobre cada um; no segundo capítulo investigaremos os escritos dos dois autores considerados pioneiros na discussão; e no terceiro fecharemos nosso recorte com as análises dos três autores posteriores a Cohn.Item Arte e conhecimento em Nietzsche.(2001) Pimenta Neto, Olímpio JoséEste artigo pretende analisar aspectos concernentes ao problema do conhecimento, da racionalidade e da verdade, em Nietzsche, visando à composição de um painel no qual a arte inscreva-se como elemento necessário. A distinção entre “a arte das obras de arte” e atividade ou atitude artística introduzida por Nietzsche em Humano demasiado humano aparece como pano de fundo da análise.Item Arte em humano, demasiado humano : a cura anti-romântica de Nietzsche.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Toledo, Ricardo de Oliveira; Pimenta Neto, Olímpio JoséA presente dissertação é decorrente de uma pesquisa da filosofia de Friedrich Nietzsche a partir de sua obra Humano, demasiado humano. O trabalho tem como objeto de estudo a questão da arte, desdobrando-se numa análise a respeito do pensamento sobre obra de arte, gênio e cultura. O ponto de partida é a seção “Da alma dos artistas e dos escritores”, da qual se segue em direção a outros textos dos dois volumes da referida obra do autor. Como resultado da investigação, tem-se que Nietzsche busca, na segunda fase da sua produção intelectual, criticar o ideal romântico alemão de arte, que, segundo o filósofo, foi responsável pela educação artística da Alemanha durante o século XIX. A obra de arte deixa de ser vista como produto de uma inspiração metafísica e assume um status de produção derivada da capacidade criativa inerente ao homem. Por seu turno, opera-se uma reavaliação da genialidade como condição inata do gênio, ressaltando-se o valor do aprendizado e do comprometimento para a busca da excelência artística. Para tanto, é realizado um exame a respeito do gênio no Classicismo e no Romantismo alemães, bem com no livro de Nietzsche O nascimento da tragédia. O problema da cultura se faz oportuno para verificar se existe uma crítica relativa apenas aos românticos ou a todas as épocas que pretendam estabelecer o seu modelo de arte como sendo o melhor e o último. A arte romântica fomentou uma cultura baseada em valores nacionalistas, os quais exaltavam o espírito germânico, evitando tudo que lhe fosse externo. Isso teria contribuído para um enfraquecimento cultural e, por conseguinte, do indivíduo em função da coletividade. Todavia, a arte que surgia em tempos de forte industrialização e comércio, alicerçados na atividade desenfreada e na irreflexão, seria cada vez mais superficial e destinada a atender aos anseios das massas. Deve-se salientar que há sempre uma preocupação de averiguar o seguinte movimento proposto pelo pensamento nietzschiano: a arte como substituta da religião, e o homem científico como substituto do homem artístico.Item Arte, discurso e afeto : o afeto trágico como fórmula suprema de afirmação em "Assim falou Zaratustra".(2020) Silva, Janete Ferreira da; Pimenta Neto, Olímpio José; Pimenta Neto, Olímpio José; Medrado, Alice Parrela; Gomes, Laurici VagnerConsiderando a fase madura do pensamento de Friedrich Nietzsche (1844-1900), a fase de seus escritos dos anos 80 e não desconsiderando seus escritos das outras fases, tentaremos pensar o cultivo do afeto trágico como fórmula suprema de afirmação da vida. Este estudo surge num contexto de alargar o âmbito de leitura do legado nietzschiano e de contribuir com uma nova proposta teórica: a de que a fórmula afeto trágico cria condições para a afirmação suprema da vida e para uma revitalização do homem em geral. Apostando na vontade de afeto como fórmula reduzida da vida, supomos a fórmula afeto trágico também como uma fórmula reduzida da vida e com isto tomá-la como nova fixação da ideia de “vida”. Inserimos, portanto, a fórmula afeto trágico de modo ‘essencial’ na economia da vida. Nova fixação da ideia de “vida”, como “vontade de afeto”. Vida é vontade de afeto. Um recurso de justificação à fórmula afeto trágico, nós encontramos em Assim Falou Zaratustra. Zaratustra fora um filósofo-artista-legislador. Como experimentador dos sentimentos criou para si o ‘direito ao grande afeto’- um artista esculpindo sobre os despojos de vida, uma ínfima parcela de alegria sobre a terra. De modo que nos resta compreender isso como um jogo e um combate dos afetos trágicos, um emparelhamento de forças e, sobretudo um quanta de expressões da vida, criados. Por outro lado, em termos morais, dizemos como Nietzsche disse: [...] “Basta, as morais são também elas apenas uma mímica dos afetos. As morais como pantomima dos afetos: os próprios afetos, porém, como pantomima das funções de tudo que for orgânico”. Aqui, cabe-nos o dissecamento dos valores niilistas que enfraquecem a vida, causam a sua degenerescência e a nega. Sobremaneira, o humano tomando para si a gestação e o parto do seu ser numa autodissecação- muda de visão, muda de gosto, uma muda de pele moral. Um humano capaz de si, sustentando sua carcaça, criando sua sombra e seu meio-dia.Item Como devemos viver? : duas formulações do tema a partir do livro i da “República”.(2019) Pimenta Neto, Olímpio JoséTendo o Livro I da “República” de Platão como seu horizonte de referência, este artigo pretende, enquanto apresenta sumariamente as posições defendidas por Sócrates e Trasímaco sobre a justiça, examinar suas principais implicações para nós, no sentido de estabelecer algumas pistas sobre como responder à pergunta feita em seu título, a saber, “como devemos viver?”.Item O corpo em Nietzsche a partir de uma leitura da “genealogia da moral”.(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Azeredo, Verônica Pacheco de Oliveira; Pimenta Neto, Olímpio JoséA presente dissertação tem como objetivo analisar a perspectiva nietzschiana sobre o corpo, para compreender a relação do homem contemporâneo com seu corpo, buscando esclarecer o entendimento estético do corpo hoje. A pesquisa tem como ponto de partida a Genealogia da Moral. Inicialmente, é apresentada a reflexão socrático-platônico, que perpassa o pensamento ocidental e se fundamenta nas concepções dualistas, que privilegiam a alma e desvaloriza o corpo, que é considerado como parte inferior. Em um segundo momento, investiga-se a interpretação de Nietzsche acerca do corpo, que se contrapõe a essa interpretação, afirmando que as análises dualistas possuíam interesses religiosos e morais, além de contribuírem para a negação do corpo. Para o filósofo, o corpo é considerado o fio condutor para a análise de quaisquer questões filosóficas e o erro da filosofia tradicional foi a exclusão do corpo. Portanto, o corpo deve ser afirmado, pois se apresenta como uma vivência. Finalmente, é focalizada a arte em Nietzsche, sua relação com o corpo, a existência e o processo de criação. Nietzsche afirma que o corpo revela os instintos fundamentais da natureza, qualquer pensamento ou doutrina que negue, desqualifique ou desconsidere a relação intrínseca entre os instintos, a natureza, a força, a saúde e a vida, são consideradas antinaturais e decadentes. É, portanto, necessário reconhecer o corpo, pois é nele e com ele que o ser humano se relaciona, interpreta, cria e vive no mundo. Analisou-se o conceito de corpo na contemporaneidade com o intuito de demonstrar que, embora exista um apelo pelo belo, esse corpo é tratado como coisa, como mercadoria. Por trás de um discurso favorável à beleza, à saúde e ao cuidado, permanentemente, estão ocultos interesses, principalmente o econômico. No culto ao corpo, se revelam ideologias políticas, econômicas, éticas e estéticas. Daí, inferimos que o corpo do homem contemporâneo recebe um tratamento ambíguo, pois é valorizado e mostrado, mas termina por ser explorado, violentado e banalizado. Conclui-se, portanto, que a estética e a ética não são desvinculadas da sociedade e, em cada época, a cultura educa os corpos, adaptando-os para empregos distintos, comprovando, pois, o pensamento de Nietzsche.Item O cultivo da arte do estilo.(2008) Pimenta Neto, Olímpio JoséEm uma das passagens da obra publicada em que se refere de modo mais direto à questão do estilo, Nietzsche oferece indicações bastante precisas sobre o significado de sua própria arte do estilo. Retomando as seções iniciais de “Ecce Homo”, interessa-nos reconstruir o percurso, simultaneamente argumentativo e narrativo, que avaliza as considerações do filósofo sobre o tema, buscando evidenciar os nexos indissolúveis que articulam as dimensões epistêmica, moral e artístico-estética de seu pensamento.Item Do gênio romântico ao “Espírito Livre” (Nietzsche e a formação dos homens).(Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Departamento de Filosofia, Instituto de Filosofia, Artes e Cultura, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Silva, Marcelo Alessandre Muniz Gonçalves da; Pimenta Neto, Olímpio JoséDo gênio romântico ao “Espírito Livre” (Nietzsche e a formação dos homens) O presente trabalho tem por objetivo específico estudar as transformações nas propostas nietzschianas para a formação dos homens (Bildung) a partir de uma visão de conjunto de sua obra, buscando pensar os elementos nela presentes que ainda hoje possam reservar interesse para nós em vista de tal horizonte. Para tanto, ocupamo-nos principalmente com o percurso que vai da concepção do gênio romântico à proposição do espírito livre. Como visada geral, procuramos contemplar a possibilidade de configurar um modelo formativo desejável para o nosso tempo, orientado pelas contribuições do pensamento de Nietzsche, segundo uma perspectiva que supõe a vida como fonte e origem para todos os valores humanos.Item Espelho do trágico : uma leitura de Édipo e Hamlet em Kierkegaard.(2022) Araújo, Fernanda Carvalho; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Culleton, Alfredo Santiago; Pimenta Neto, Olímpio JoséSegundo Kierkegaard, por mais que o mundo tenha mudado, o trágico antigo perdura no trágico moderno. A questão fundamental reside entre a livre escolha e a aceitação do destino, isto é, entre o Indivíduo e o Geral. O elemento comum entre os modos do trágico é a culpa, cujo desenvolvimento faz-se presente nos personagens Édipo e Hamlet: o primeiro representa o trágico antigo, e o segundo o trágico moderno. A leitura comparada dessas tragédias, partindo do pressuposto que ambos os heróis estão conectados pelo conceito de culpa, sustenta a tese kierkegaardiana segundo a qual a colisão entre estes dois mundos – antigo e moderno – têm algo em comum: o trágico. No entanto, a culpa em Édipo é indubitavelmente estética, e em Hamlet, o paradigma do homem moderno, a culpa tende a ser ética. O objetivo desta pesquisa é desenvolver estes dois tipos de culpa trágica a partir da leitura que Kierkegaard faz do fenômeno trágico, defendendo a ideia de que a culpa em Hamlet é estética.Item O exemplo de Sócrates.(2019) Pimenta Neto, Olímpio JoséUm tópico de interesse permanente em relação a Sócrates é a determinação dos melhores termos para o entendimento da articulação entre sua vida e sua prática filosófica. O presente artigo busca ensaiar uma discussão introdutória desta questão. Nesse sentido, parte-se de uma restituição, em largos traços, do testemunho das três principais fontes diretas, avança-se daí até algumas formulações atuais centradas no tema do exame para, por último, considerar a matéria à luz da morte de Sócrates e dos desdobramentos que seu exemplo quanto a isso ensejou, já no âmbito das escolas helenísticas.Item Existem espíritos livres entre nós?(2013) Pimenta Neto, Olímpio JoséConsiderando declarações feitas por Nietzsche nas distintas fases de sua obra, pretendemos discutir se nossas práticas atuais de ensino e pesquisa, marcadas pelo zelo erudito e pela especialização, contribuem ou não para a formação de espíritos livres, não sem antes vincular esta noção ao curso geral de uma filosofia comprometida com a afirmação da existência.Item Filosofia como forma de vida : variações sobre o tema a partir de Nietzsche e Sócrates.(2020) Pimenta Neto, Olímpio JoséBusca-se, a partir do exame dos compromissos existenciais implicados pela prática filosófica dos dois pensadores, estipular uma série de convergências entre ambos. Porque tal associação parece improvável, se se tem em vista o combate dado por Nietzsche a formulações substantivas do repertório filosófico tradicional talvez autorizadas por Sócrates, importará oferecer ao final um balanço da reflexão também quanto a isso.Item A fisiologia da arte : considerações sobre a estética de Nietzsche.(2015) Pereira, Camilo Lelis Jota; Pimenta Neto, Olímpio JoséEsta dissertação analisa o tema da fisiologia da arte na obra de Friedrich Nietzsche através da identificação de como ela compõe seu projeto filosófico. Para tal, o método utilizado na investigação foi uma investida na obra de Nietzsche visando apresentar ao leitor, a partir da perspectiva do compromisso de sua filosofia com a afirmação da existência, em que consiste a proposta estética em questão. O ponto de chegada de nosso trabalho destaca a fisiologia da arte como uma formulação nietzschiana, segundo a qual, o escopo geral da arte corresponde mais ao estado de saúde do corpo, do que propriamente às obras de arte. As principais reivindicações do presente estudo são: 1) a perspectiva naturalista endossada por Nietzsche para abordagem do tema não pode ser compreendida como um naturalismo em moldes reducionistas; 2) a perspectiva imanente expressa na fisiologia da arte pode ser entendida como um elemento central das reflexões estéticas nietzschianas em conjunto.Item Florence Welch : ninfa lânguida ou mênade enfurecida? : performance, gestualidade e expressão como sobrevivência do dionisíaco : uma análise a partir dos conceitos de Nachleben e Pathosformeln.(2021) Moraes, Marcus Italo da Cruz Augusto de; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Pimenta Neto, Olímpio José; Souza, Guiomar Maria de Grammont Machado de Araújo; Pimenta Neto, Olímpio José; Silva, Kellen Cristina; Silva, Cíntia Vieira daNos últimos anos, tem crescido no Brasil o interesse pelo pensamento e legado intelectual do historiador da arte e esteta alemão Abraham Moritz Warburg (1866-1929), Aby Warburg como ficou mais conhecido. Grande parte desse interesse é tributário da recente tradução de alguns de seus textos, bem como de trabalhos de alguns estudiosos que se dedicam à pesquisa sobre seu pensamento, como é caso dos filósofos franceses Georges Didi-Huberman e Philippe Alain-Michaud, e do também filósofo italiano Giorgio Agamben. Warburg deixou sua marca no âmbito da estética e da história da arte ao propor a ideia da sobrevivência ou pós-vida (Nachleben) das fórmulas de páthos (Pathosformeln) da antiguidade clássica. Na tentativa de comprovar sua teoria, Warburg deu início, em meados de 1924, à composição e montagem de seu Atlas Mnemosyne projeto iniciado a partir de seu encanto obsessivo pelo movimento etéreo encarnado na figura mítica das ninfas. No presente estudo, seguindo a trilha de sua proposta, buscaremos analisar como a expressão corporal, a gestualidade e a performance de palco da cantora Florence Welch, vocalista da banda britânica Florence and The Machine, reatualizariam a iconografia e as fórmulas de páthos de três figuras míticas da antiguidade, a saber: as erínias, as ninfas e as mênades. Nossa hipótese é de que haveria, no âmbito de sua expressão e gestualidade, a presença de uma certa polaridade de afetos; tensão esta que se manifestaria em seu corpo na forma de gestos e movimentos durante suas performances. Nos movimentos de sua dança estariam assim opostos, de um lado, a fúria encarnada das erínias e, de outro, a alegria dançante e a languidez sensual das ninfas. Conectando estes dois polos, teríamos, habitando um plano intermediário, a reatualização de uma terceira pathosformeln: a da figura das mênades-bacantes: ora expressão do gozo da vida na forma das cantantes dançarinas em transe dos cortejos dionisíacos. Outrora convertendo-se nas furiosas emissárias da morte, como no episódio em que Agave junto com outras mênades, todas possuídas pelo furor do espírito de Dioniso, despedaça, a mando do deus do vinho, o corpo de seu filho Penteu, rei de Tebas. Neste sentido, nossa perspectiva ao analisar a expressão e a performance de Florence Welch é a de que sua gestualidade, altamente passional e intensa, constituir-se-ia, tal como suspeitou Warburg ao estudar as pathosformeln, enquanto espaço privilegiado de sobrevivência e manifestação do dionisíaco enquanto efeito e fenômeno estético na conformação de um corpo transita entre o trágico e o mitológico.Item O fortalecimento do amálgama homem-natureza no coro ditirâmbico em "O Nascimento da Tragédia" de F. Nietzsche.(2016) Zisels, Ísis Lopes d'Oliveira; Pimenta Neto, Olímpio JoséEste trabalho objetiva defender a perspectiva apresentada por Nietzsche em sua obra O Nascimento da tragédia no espírito da música (1872) acerca da importância do papel do coro satírico no processo de intensificação do vínculo existente entre o ser humano e a natureza. Com efeito, elucida o aspecto trágico da vontade no pensamento nietzschiano e demonstra de que maneira o autor transpõe a natureza para o interior do homem no ditirambo. Por fim, justifica a razão pela qual o coro não constitui um ser social apolíneo, mas uma manifestação do princípio dionisíaco, natural e não-cultural.Item A gargalhada dionisíaca : os sentidos do riso e do cômico na filosofia de Nietzsche.(2017) Nepomuceno, Bruno Aparecido; Pimenta Neto, Olímpio José; Pimenta Neto, Olímpio José; Vieira, Vladimir Menezes; Silva, Cíntia Vieira daEsta pesquisa pretende analisar o significado do caráter cômico e do riso na filosofia nietzschiana, tendo como pano de fundo a passagem da "metafísica de artistas" para a chamada fisiologia da arte. Para isso, pretende-se i) explicitar as mudanças no conceito do "dionisíaco" no pensamento do autor, acontecimento que potencializa uma rica exploração da temática do riso por seus escritos; ii) apresentar a crítica nietzschiana ao filosofar tradicional e aos métodos filosóficos, por ele assumidos desde uma ótica cômica, propondo o riso como superação da vontade de verdade e; iii) explanar como o riso aparece na obra "Assim falou Zaratustra" como o elemento chave a favor das possibilidades de afirmação da vida.Item Um guia para a filosofia trágica.(2021) Pimenta Neto, Olímpio JoséPretendo sumariar o principal das ideias de Roberto Machado a respeito da filosofia trágica de Nietzsche revisitando Nietzsche e a verdade, mas, principalmente Zaratustra: tragédia nietzschiana. Indicarei como o intérprete articulou uma visão de conjunto do pensamento estudado em que seus aspectos mais difíceis—por exemplo, a composição teórica e poética entre eterno retorno e vontade de potência nos termos desafiadores do livro Assim falou Zaratustra—foram esclarecidos de maneira consistente, legando ao público uma via de acesso autorizada e estimulante às contribuições nietzschianas para a História da Filosofia e para a Filosofia ela mesma. Rendo homenagem ao mestre recém desaparecido acrescentando ao relato breves notícias da convivência de anos havida entre nós.