Navegando por Autor "Nosella, Berilo Luigi Deiró"
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Item Arena conta e canta Zumbi e Tiradentes : estudo de um sistema de encenação.(2016) Silva, Nieve Matos da; Nosella, Berilo Luigi Deiró; Moreira, Carina Maria Guimarães; Valença, Ernesto GomesA presente pesquisa traça os caminhos de encenação percorridos pelo Teatro de Arena de São Paulo em busca dos rastros estéticos que influenciaram a criação do Sistema Coringa, formulado por Augusto Boal e base para a posterior proposição do Teatro do Oprimido. Para tal, se realizou a análise dos musicais Arena conta Zumbi (1965) e Arena conta Tiradentes (1967), escritos em dupla autoria por Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri, no núcleo do Teatro de Arena - logo após a implementação do Regime Militar no Brasil. O desenvolvimento deste estudo se realizou sob o prisma dos códigos estéticos dos textos e dos dispositivos cênicos utilizados nos referidos musicais e nas dramaturgias de Arena conta Bolívar (1969) e Torquemada (1971), escritas por Augusto Boal.Item Corpolítico : corpo e política nas artes da presença.(Editora UFOP, 2018) Peretta, Éden Silva; Nosella, Berilo Luigi DeiróItem Crise do drama no asfalto brasileiro : a heteronormatividade posta em xeque em Nelson Rodrigues.(2016) Alves, Gustavo Moreira; Nosella, Berilo Luigi Deiró; Rocha Júnior, Alberto Ferreira da; Medeiros, Elen deNesta dissertação, tem-se por objetivo discutir a crise do drama a partir da peça O beijo no asfalto, de Nelson Rodrigues. Levantada pelo crítico Peter Szondi em sua Teoria do drama moderno, mas aqui adaptada, essa noção de crise aponta para a necessidade de se desenvolver uma visão histórica e dialética da forma dramática, o que escaparia às poéticas normativas. Em O beijo no asfalto, os personagens se caracterizam como modernos por serem reprimidos, externamente, pela heteronormatividade, e recalcados, internamente, pelos desejos homoeróticos. Não têm, portanto, a liberdade reclamada pelas dramatis personae antigas. São, segundo Freud, indicativos de uma peça psicopática, a qual ao invés de produzir no público a identificação, gera o incômodo. De acordo com Hegel, a verdadeira obra de arte é aquela em que o conteúdo e a forma são completamente idênticos. Acrescente-se a “dificuldade”: o homem moderno heteronormativamente reprimido é matéria histórico-social que se sedimenta como personagem, gerando tensão na relação indissociável entre conteúdo e forma dramáticos. Para o caso brasileiro, para além da crise que é pensada temporalmente por Szondi, as especificidades históricas em contradição dizem respeito também ao fuso horário, o que faz inclusive buscar complementação teórica nas obras de Anatol Rosenfeld e Iná Camargo Costa. Assim, pensar as categorias aplicadas ao Brasil traz sua própria dicotomia: de um lado, o crítico Décio de Almeida Prado fazia observar o adoçamento das linhas de contorno das formas europeias como traço genuíno do teatro nacional, o que é inclusive reforçado pela noção de cordialidade do brasileiro defendida pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda; de outro lado, dramaturgos batiam de frente com esse traço ao desenvolverem um teatro que se queria cada vez mais épico. Nelson Rodrigues, em O beijo no asfalto, une as duas coisas: com a ironia criada pela metaficção, a ficção jornalística dentro da peça, além de desnudar as engrenagens da informação, utiliza as “formas adoçadas” de maneira a provocar distanciamento, dando conta dos personagens condicionados por forças anônimas e exigindo um ajuste sincrônico das formas teatrais.Item Dimensões política e estética no Show Opinião.(2017) José, Everton da Silva; Medeiros, Elen de; Medeiros, Elen de; Nosella, Berilo Luigi Deiró; Catalão, Larissa de Oliveira NevesEsta presente dissertação coloca em foco o espetáculo Show Opinião, ocorrido em 1964. Busca-se por meio da fortuna crítica do espetáculo e, respectivamente, de sua dramaturgia, empreender uma abordagem reflexiva que, transversalmente, perpassa três níveis de análise, sendo o primeiro uma investigação histórica de propostas do Grupo Teatro de Arena de São Paulo e do CPC da UNE (Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes). No segundo nível, uma análise da dramaturgia do espetáculo, em que se procura perceber os seus transbordamentos artísticos a partir da perspectiva metodológica de drama rapsódico. O terceiro nível trata de interpretar a montagem do espetáculo sob a luz das críticas jornalísticas e realçar as dimensões políticas e estéticas provocadas em seu período histórico. É realizada uma reflexão do Show Opinião aprofundando-se em como política e estética tornam-se um par indissolúvel através de seus modos de ser, de fazer, de dizer e que apresentam um alargamento das proposições artísticas no teatro moderno brasileiro.Item Eles não usam Black-Tie : a forma como conteúdo histórico-ideológico.(2010) Nosella, Berilo Luigi DeiróO presente artigo analisa comparativamente a peça Eles não usam black-tie, de Gianfrancesco Guarnieri (1958) e o filme homônimo (1981) com direção de Leon Hirszman. Demonstramos que há uma dicotomia no texto de Guarnieri que se equilibra na configuração da forma interna da peça teatral e, verificamos que, na transposição da linguagem teatral para a linguagem cinematográfica, e pelas opções da adaptação em momentos diversos de nossa história política, essa balança se desequilibra. Desta forma, percebemos como, a partir de nossa matéria estética, podemos compreender o nosso devir histórico.Item Entre a Estética e o Político : caráter popular, “qualidade estética” e teatro brasileiro.(2016) Nosella, Berilo Luigi Deiró; Issene, Letícia GouvêaO presente artigo, a partir de questões e conceitos referentes a noção de “cultura nacional-popular” em Gramsci e da tentativa de apontar inícios de transposições e reflexões desta noção para o Brasil e sua produção cultural pré 1964, busca entender qual e como a noção de Popular (Cultura e Arte Popular) articulou formulações e reformulações no campo estético e da produção cultural na passagem da experiência do Teatro de Arena ao CPC da UNE. Neste sentido, na tentativa de concretizar amarras à tal noção num dado momento histórico de nossa produção cultural e teórica, também nos debruçamos sobre o ensaio Cultura Posta em Questão (1964), de Ferreira Gullar.Item Espelho e interpretação : a literatura dramática e sua inserção na realidade ou um olhar marxista para o texto dramatúrgico de Jorge Andrade.(2011) Nosella, Berilo Luigi DeiróO presente artigo busca pensar as relações entre dramaturgia e história a partir de uma ótica marxista, o que não é senão, pensar como se articulam nos estudos literários e culturais as categorias de superestrutura e infraestrutura. Tal empreitada teórica, para se realizar, procurará dar conta da ideia de inserção na realidade da obra dramatúrgica entendida como um espelhamento da mesma pelo viés da interpretação crítica.Item Os gigantes da montanha : um exercício de leitura entre dramaturgia e história.(2014) Nosella, Berilo Luigi DeiróO presente artigo propõe uma leitura do mito cênico Os gigantes da montanha, de Luigi Pirandello, considerando-se as íntimas relações entre a obra e seu contexto histórico. Pirandello produziu a referida obra entre os anos de 1928 e 1936, que precederam a Segunda Guerra Mundial e marcaram a consolidação do Estado fascista na Itália, sob o comando de Mussolini. Procuraremos demonstrar aqui que, em seu inacabamento formal e factual, se encontra inscrito o embate político-ideológico do autor entre sua posição de artista italiano filiado ao partido fascista e seus ideais de liberdade e fantasia.Item Intervenção como interrupção : práticas políticas na cena paulistana contemporânea.(2016) Moreira, Carina Maria Guimarães; Nosella, Berilo Luigi DeiróO presente artigo apresentase como um início de reflexão sobre a intervenção estética/teatral no espaço público, como uma forma política de atuação social do fazer teatral na cena teatral paulistana nas décadas de 1990 e 2000. A questão que salta aos olhos, em sua formulação mais simples, mas não menos importante, é se o ato de realizar uma encenação teatral num espaço não destinado institucionalmente para tal, na organização urbana, significaria, por si só, um ato de subversão de uma dada ordem social, de tal forma que esse ato de encenar se apresente como um ato político.Item Jorge Andrade e a metateatralidade da consciência histórica.(2012) Nosella, Berilo Luigi DeiróO artigo propõe a análise da obra metateatral O sumidouro de Jorge Andrade, a partir da hipótese de que a metateatralidade é uma estrutura dramatúrgica que abarca si um inacabamento que pode ser visto como ato histórico e político. Tal análise assume a pertinência da inter-relação dramaturgia e história, configurando-se como uma análise formal que busca nas obras a configuração de elementos históricos e políticos. Baseou-se na tese de doutorado intitulada “Luigi Pirandello e Jorge Andrade entre o texto e a cena: a metateatralidade como espelho de nossa formação estético cultural moderna”, defendida em 2011 no PPGAC-UNIRIO, na linha de pesquisa História e Historiografia do Teatro, sob orientação da Profa. Dra. Maria de Lourdes Rabetti (Beti Rabetti), pesquisa foi realizada com apoio do CNPq e da CAPES.Item Para achar água é preciso descer terra adentro : o popular como estratégia política em Chapetuba futebol clube.(2017) Issene, Letícia Gouvêa; Nosella, Berilo Luigi Deiró; Nosella, Berilo Luigi Deiró; Moreira, Carina Maria Guimarães; Medeiros, Elen deA presente dissertação propõe analisar a obra Chapetuba Futebol Clube (1959) de Oduvaldo Vianna Filho, para tal, foram levantados debates sobre temas como ‘cultura nacional e popular’, ‘teatro político’ e ‘teatro popular’, tendo como referencial o conceito de nacional-popular de Antonio Gramsci. O conceito refere-se a obras que conseguem satisfazer o gosto estético não só das elites restritas, mas de um maior número de leitores. O filósofo italiano promove uma unificação do público, entendida como ampliação da área de consenso usufruída pela concepção da arte e, portanto, da vidar. Na ótica do presente estudo, esses conceitos apresentam-se como ferramentas importantes para compreensão do período que vai de 1959 até 1964, e sua produção artístico cultural, recorte temporal definido com base no objeto. Quanto a metodologia de análise, utilizamos como inspiração o olhar entre texto e cena proposto por Raymond Williams em sua obra Drama em cena (2010). Na referida obra, Williams desenvolve análises investigativas no âmbito da compreensão dos processos de desenvolvimento histórico das propostas de encenação, num conjunto que inclui: análises textuais, visando o desvendamento e a construção de imagens/imaginárias de encenação no interior dos textos. Com base nesses conceitos, métodos e autores, não exclusivamente, mas predominantemente, a presente pesquisa busca entender as estratégias populares que caracterizaram a obra de Vianinha, na tentativa e eficácia de comunicação, a partir de uma proposição temática. Prática que, segundo nossa hipótese, se iniciou com Chapetuba e viria se estender nas teorias e práticas do CPC.Item Pela “Escada” de Jorge Andrade : o nascimento de uma trajetória entre a memória e a história.(2011) Nosella, Berilo Luigi DeiróO presente artigo propõe realizar uma análise da relação entre as categorias de Memória e História, numa trajetória que caminha da memória individual de Jorge Andrade para a memória coletiva brasileira, e como esta trajetória organiza-se internamente no Ciclo Marta, A Árvore e o Relógio. Para realizá-lo, tomaremos como objeto o texto dramatúrgico A Escada, por ser o referido um ponto nevrálgico do Ciclo, onde inicia-se, de forma mais radical, a ampliação da memória individual do autor para a coletiva a partir da representação do processo de desenraizamento humano desencadeado pela urbanização moderna.Item Por uma história do pensamento sobre o fazer da iluminação cênica moderna : a cena além do humano.(2018) Nosella, Berilo Luigi DeiróO presente artigo, um dos resultados parciais de pesquisa de pós-doutoramento sobre uma história do fazer e do pensamento da iluminação cênica moderna, apresenta algumas questões relativas a tal proposição e estabelece algumas bases do pensamento da iluminação em cena entre finais do século XIX e início do XX. Para tal, articula, com base sobretudo em Adolphe Appia e Gordon Craig, a relação entre os avanços propiciados pela iluminação elétrica e reconfigurações das tradições do teatro de figuras (marionetes), como estudado por Cristina Grazioli, numa proposição de modernização da cena, considerando-se os modos de produção, tanto da iluminação quanto da cena, em seus contextos culturais.