Navegando por Autor "Mori, Geraldo Luiz De"
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Item Corporeidade-encarnação : teologia em diálogo interdisciplinar.(2014) Mori, Geraldo Luiz De; Buarque, Virgínia Albuquerque de CastroDefrontar-se com a corporeidade tornou-se um desafio inevitável no tempo presente, mas não menos enigmático, face à complexidade e pluralidade das interpretações disponíveis, de forma simultânea às suas variadas apropriações, sob a mediação das tecnologias, das simbolizações e das relações intersubjetivas. Este artigo, ao mesmo tempo em que se propõe a sistematizar três das mais importantes matrizes teóricas que fundamentam leituras acerca da corporeidade – o representacionismo, o saber-poder foucaultiano e a afetação fenomenológica ou pática –, visa ressignificar tal concepção e entrecruzá-la com o sentido cristão da Encarnação. Como hipótese, postula-se uma tríplice contribuição do saber teológico: maior entrelaçamento entre Palavra e Carne, reconfiguração dos limites do corpóreo, sobretudo aqueles decorrentes do sofrimento e, principalmente, reconhecimento, na corporeidade, da condição de oblatividade do humano, pois é do ser encarnado que emerge a experiência da com-paixão.Item Corpos ditos pelo outro : uma leitura de Michel de Certeau.(2016) Mori, Geraldo Luiz De; Buarque, Virgínia Albuquerque de CastroO objetivo deste artigo é tematizar a reflexão de Michel de Certeau sobre os sentidos atribuídos ao corpo pela cultura ocidental, apontando também suas ressignificações pela religiosidade cristã. Para tanto, em termos metodológicos, atentou-se aos diálogos interdisciplinares promovidos por este autor, que transitava entre os campos da psicanálise, da história, da linguística, da filosofia, da teologia e da espiritualidade. Como primeira hipótese, postula-se que, para De Certeau, o corpo configura-se como uma “ficção” viabilizadora de práticas sociais, ou seja, uma instância de “autoridade” capaz de suscitar adesões, conflitos e transformações. Isto porque, segundo este intelectual jesuíta, o corpo constitui-se, simultaneamente, tanto como um aporte simbólico de poderes institucionalizados, como mediação para bricolagens, desvios e transgressões político-culturais promovidas no cotidiano. De forma concomitante, considerase como segunda hipótese que, como indicado por De Certeau, o corpo na tradição cristã foi também vivenciado como instância “mística”, isto é, enunciador, por suas manifestações, do anseio por ser habitado por um outro/Outro. Sugerese ainda que a atualização dessa condição existencial e política no tempo presente viabiliza aos sujeitos positivarem sua intrínseca incompletude e fragilidade humanas, favorecendo, em decorrência, experiências histórico-sociais mais sensíveis e compartilhadas.