Navegando por Autor "Miranda, Izabel Cristina Campolina"
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Item Contribuição dos Modelos Multirrepresentacionais à aquisição fonológica.(2007) Miranda, Izabel Cristina Campolina; Guimarães, Daniela Mara Lima OliveiraModelos tradicionais, tais como a Fonologia Natural, explicam o desenvolvimento do sistema fonológico da criança em termos de processos e regras, assumindo que a representação mental do componente fonológico é única e abstrata. Por outro lado, a Fonologia de Uso e o Modelo de Exemplares (também chamados modelos multirrepresentacionais) argumentam que a representação mental, a qual inclui o detalhe fonético e a variação fonológica, é baseada no uso e composta por múltiplos exemplares. Uma contribuição dos modelos multirrepresentacionais diz respeito à gradiência fonética. Estudos mostram que a criança utiliza pistas acústicas finas para alcançar o alvo adulto. O objetivo deste artigo é apontar as contribuições dos modelos multirrepresentacionais à aquisição fonológica. Para tanto, analisamos a aquisição de padrões sonoros variáveis no português brasileiro. Os resultados mostram evidências de gradiência fonética e lexical. Argumentamos que os modelos multirrepresentacionais podem captar a natureza dinâmica da aquisição fonológica.Item Contribuição dos modelos multirrepresentacionais à variação fonológica.(2013) Miranda, Izabel Cristina Campolina; Guimarães, Daniela Mara Lima OliveiraEste artigo tem como objetivo realizar uma discussão sobre as teorias chamadas multirrepresentacionais (fonologia de uso e modelo de exemplares), destacando as contribuições de tais teorias à compreensão da variação sonora. De acordo com os modelos multirrepresentacionais, a variação é parte do conhecimento que o falante tem da língua, sendo, portanto, representada em sua memória atrelada a fatores sociointeracionais diversos. Dessa forma, considera-se que a representação mental é, assim como a língua, múltipla, variável e dinâmica. Argumenta-se que os modelos multirrepresentacionais apresentam uma contribuição importante aos modelos variacionistas tradicionais ao incorporar padrões gradientes, variáveis e a probabilidade na organização do conhecimento linguístico.Item Perfil de comunicação e linguagem de alunos surdos de escolas de ensino fundamental do município de Ouro Preto-MG.(2023) Fagundes, Kênia Toledo; Miranda, Dayse Garcia; Miranda, Dayse Garcia; Brasileiro, Ada Magaly Matias; Miranda, Izabel Cristina CampolinaEsta pesquisa interdisciplinar, originada no campo da fonoaudiologia, estuda a linguagem e a comunicação na surdez, conforme trabalhos desenvolvidos por Lichtig (2004), Barbosa e Litchtig (2013), e busca reflexão e solução conjunta com os estudos da linguística funcional, que, segundo Halliday e Hasan (1985), aborda a linguagem e a comunicação como evento social em seu uso e contexto. O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil de comunicação e linguagem de crianças surdas moradoras de Cachoeira do Campo, distrito de Ouro Preto, Minas Gerais, apoiando-se nas orientações do Protocolo Bilíngue de Avaliação das Habilidades Comunicativas e de Linguagem de Crianças Surdas Reduzido, de Barbosa e Lichtig (2013). A investigação procurou estudar o desenvolvimento linguístico de crianças surdas dessa região, devido a possíveis dificuldades de acesso a língua de sinais. Fez-se uma pesquisa de cunho qualitativo, por meio de revisão bibliográfica, levantamento de campo e pesquisa aplicada. Os instrumentos de geração de dados utilizados foram o Protocolo Bilíngue do PIFFCS-reduzido, de Barbosa e Lichtig (2013), o questionário com os professores e o Critério de Classificação Econômica Brasil, de Kamakura e Mazzon (2022). Foram estudas a linguagem e comunicação de duas crianças surdas com nove anos de idade, filhas de pais ouvintes, estudantes do Ensino Fundamental I de escolas regulares públicas inclusivas de Cachoeira do Campo-MG. Os resultados obtidos, tendo em vista os contextos, revelaram que as crianças pesquisadas utilizam gestos, oralidade e a Libras em aquisição durante suas interações familiares, com predomínio de uso da modalidade visuoespacial e que elas possuem desenvolvimento linguístico correspondente a crianças com idade inferior a 2 anos, conforme Quadros (1997). Portanto, ao identificar o perfil dos participantes, pode-se confirmar o pouco acesso dessas crianças à língua de sinais, revelar a importância do contato precoce com essa língua, contribuindo para melhor consciência da educação da cidade sobre a relevância desse contato, assim apoiando a construção de diretrizes educacionais bilíngues para crianças surdas e ações públicas de defesa às minorias linguísticas.