Navegando por Autor "Menegatto, Marília Bueno da Silva"
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Item Avaliação do estresse oxidativo e defesas antioxidantes na infecção pelo vírus Oropouche em modelo animal.(2023) Menegatto, Marília Bueno da Silva; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Magalhães, Cíntia Lopes de Brito; Ferreira, Jaqueline Maria Siqueira; Vieira, Etel Rocha; Silva, André Talvani Pedrosa da; Bezerra, Frank SilvaO Oropouche orthobunyavirus (OROV) é o arbovírus causador da Febre Oropouche, cujos sintomas são febre alta, cefaléia, mialgia, artralgia, fotofobia, tontura, náuseas e vômito. Mais de meio milhão de pessoas já foram infectadas com o OROV desde seu isolamento em 1955, sendo a Febre Oropouche uma doença negligenciada de caráter emergente. Até o momento não há medicamentos antivirais ou vacinas disponíveis contra a infecção e ainda, pouco se sabe sobre os mecanismos envolvidos em sua patogenicidade. Assim, estudos que busquem entender os mecanismos envolvidos na patogênese do OROV são de extrema importância. Nesse sentido, dados da literatura vêm demonstrando que o estresse oxidativo pode estar envolvido na patogênese de vários agentes virais, dentre alguns arbovírus como Dengue, Zika, Chikungunya e Mayaro. O estresse oxidativo é a condição que se estabelece quando há um desequilíbrio entre os oxidantes, como as “Espécies Reativas de Oxigênio” (ERO), e os antioxidantes, como as enzimas Superóxido Dismutase (SOD) e Catalase (CAT), a favor dos oxidantes. Sendo assim, este estudo teve como objetivo investigar em modelo animal, a homeostase redox em órgãos alvos da infecção. Primeiramente camundongos BALB/c de 21 dias de vida foram infectados via subcutânea com 6x106 Unidades Formadoras de Placas (UFP) do OROV e monitorados por 21 dias quanto ao desenvolvimento da doença e sobrevida. Os animais desenvolveram doença aguda autolimitada, com menor ganho de peso entre os dias 2 e 5, sem mortalidade. Para os próximos experimentos, os animais foram infectados da mesma forma e eutanasiados no 4o dia pós infecção (dpi). Ao final desse período, os animais infectados apresentaram aumento significativo do baço, leucopenia, anemia e trombocitopenia. Ainda, desenvolveram anticorpos neutralizantes anti-OROV, aumento dos níveis séricos das transaminases hepáticas (AST/ALT) e das citocinas pró-inflamatórias Fator de Necrose Tumoral alfa (TNF-α) e Interferon-γ (IFN-γ). O genoma do OROV e partículas virais infecciosas foram detectados no fígado e baço dos animais. A histopatologia revelou inflamação hepática e aumento do número e área total de nódulos linfóides no baço. No que diz respeito à homeostase redox, a infecção pelo OROV levou a um aumento dos níveis de ERO e dos biomarcadores de estresse oxidativo malondialdeído (MDA) e proteína carbonilada no fígado e baço. Ainda, nesses mesmos órgãos, a infecção pelo OROV levou a uma diminuição nas atividades das enzimas SOD e CAT. Juntos, estes resultados mostram que a infecção pelo OROV culmina com desequilíbrio na homeostase redox e consequente estresse oxidativo em órgãos alvos da infecção, ajudando a elucidar alguns aspectos importantes que podem contribuir na patogênese da Febre Oropouche.Item Avaliação do potencial celulolítico e fermentativo de bactérias do gênero Clostridium e da microbiota autóctone na fermentação do bagaço de cana bruto.(2019) Menegatto, Marília Bueno da Silva; Silva, Silvana de Queiroz; Silva, Silvana de Queiroz; Gurgel, Leandro Vinícius Alves; Silveira, Wendel Batista daO bagaço de cana-de-açúcar é um subproduto agrícola considerado fonte renovável, barata e abundante em açúcares, potencialmente utilizado como matéria prima na produção sustentável de combustíveis e insumos químicos no conceito de biorrefinaria, entretanto esbarra na dificuldade de acesso aos açúcares pelos microrganismos. A utilização de bactérias produtoras de enzimas hidrolíticas aparece como alternativa na desestruturação da biomassa e fermentação dos açúcares, como as do gênero Clostridium. Sendo assim, o trabalho teve como objetivo avaliar o potencial hidrolítico e fermentativo de bactérias do gênero Clostridium, e de microrganismos autóctones na fermentação do bagaço de cana bruto. As bactérias foram isoladas a partir do enriquecimento anaeróbio do bagaço (inoculado com estrume bovino e lodo de reator anaeróbio), e caracterizadas quanto à morfologia, parede celular e produção de celulase. Os ensaios de fermentação semi-sólida do bagaço de cana bruto foram realizados com os isolados que apresentaram produção de celulase e monitorados por 192h a 37°C. Também foi monitorado o perfil fermentativo dos microrganismos autóctones através de um ensaio sem adição de inóculo. A fração líquida foi analisada para determinação da concentração dos açúcares e metabólitos e o resíduo sólido caracterizado para determinação de celulose e açúcares antes e depois dos ensaios. Dentre os isolados estudados, as culturas denominadas 10, 8 e 3 apresentaram os maiores índices enzimáticos (1,67, 1,17 e 1,11 respectivamente) e também a maior capacidade de hidrólise e remoção dos açúcares da fração celulósica e hemicelulósica no ensaio fermentativo. Os metabólitos de maior produção foram o ácido acético (~ 1,3 g/L) pela microbiota autóctone e na presença dos isolados 3 e 8; a máxima concentração de acetona (~ 500 mg/L) e do ácido butírico (~ 300 mg/L) foi observada na presença da bactéria 7, sendo esta, portanto importante na realização do metabolismo solvetogênico. Apesar dos isolados 3 e 8 terem produzido concentração similar de ácido acético detectado no ensaio não inoculado, observou-se um incremento na hidrólise da biomassa e na produção de ácido butírico nos ensaios inoculados. Sendo assim, tanto a microbiota autóctone quanto as bactérias 3 e 8 potencialmente do gênero Clostridium, são capazes de hidrolisar o bagaço de cana bruto e fermentar os açúcares lignocelulósicos a ácido acético, acetona e ácido butírico.Item Hepatoprotective, antioxidant, anti-inflammatory, and antiviral activities of silymarin against mayaro virus infection.(2021) Ferraz, Ariane Coelho; Almeida, Letícia Trindade; Caetano, Camila Carla da Silva; Menegatto, Marília Bueno da Silva; Lima, Rafaela Lameira Souza; Senna, João Pinto Nelson de; Cardoso, Jamille Mirelle de Oliveira; Perucci, Luiza Oliveira; Silva, André Talvani Pedrosa da; Lima, Wanderson Geraldo de; Silva, Breno de Mello; Reis, Alexandre Barbosa; Magalhães, José Carlos de; Magalhães, Cíntia Lopes de BritoInfection caused by Mayaro virus (MAYV) is responsible for causing acute nonspecific fever, in which the ma- jority of patients develop incapacitating and persistent arthritis/arthralgia. Mayaro fever is a neglected and underreported disease without treatment or vaccine, which has gained attention in recent years after the competence of Aedes aegypti to transmit MAYV was observed in the laboratory, coupled with the fact that cases are being increasingly reported outside of endemic forest areas, calling attention to the potential of an urban cycle arising in the near future. Thus, to mitigate the lack of information about the pathological aspects of MAYV, we previously described the involvement of oxidative stress in MAYV infection in cultured cells and in a non- lethal mouse model. Additionally, we showed that silymarin, a natural compound, attenuated MAYV-induced oxidative stress and inhibited MAYV replication in cells. The antioxidant and anti-MAYV effects prompted us to determine whether silymarin could also reduce oxidative stress and MAYV replication after infection in an immunocompetent animal model. We show that infected mice exhibited reduced weight gain, hepatomegaly, splenomegaly, anaemia, thrombocytopenia, leukopenia, increased liver transaminases, increased pro- inflammatory cytokines and liver inflammation, increased oxidative damage biomarkers, and reduced antioxi- dant enzyme activity. However, in animals infected and treated with silymarin, all these parameters were reversed or significantly improved, and the detection of viral load in the liver, spleen, brain, thigh muscle, and footpad was significantly reduced. This work reinforces the potent hepatoprotective, antioxidant, anti- inflammatory, and antiviral effects of silymarin against MAYV infection, demonstrating its potential against Mayaro fever disease.Item Hydrogen production by Enterobacter sp. LBTM 2 using sugarcane bagasse hemicellulose hydrolysate and a synthetic substrate : understanding and controlling toxicity.(2021) Rincon, Ivon Maritza Campos; Zorel, José Augusto; Menegatto, Marília Bueno da Silva; Silva, Flaviane Cristina; Herrera Adarme, Oscar Fernando; Tonucci, Marina Caldeira; Baeta, Bruno Eduardo Lobo; Aquino, Sergio Francisco de; Silva, Silvana de QueirozSugars released by thermochemical pretreatment of lignocellulosic biomass are possible substrate for hydrogen production. However, the major drawback for bacterial fermentation is the toxicity of weak acids and furan derivatives normally present in such substrate. This study aimed to investigate the metabolism involved in hydrogen production by the isolate Enterobacter LBTM2 using 10, 20 and 30-fold diluted synthetic (SH) and sugarcane bagasse hemicellulose (SBH) hydrolysates. In addition, the effects of acetic acid, formic acid and furfural on the bacterial metabolism, as well as detoxification of SBH with activated carbon and molecularly imprinted polymers on the hydrogen production were assessed. The results showed the best hydrogen yield was 0.46 mmol H2 /mmol sugar for 20-times diluted SH, which was 2.3-times higher than obtained in SBH experiments. Bacterial growth and hydrogen production were negatively affected by 0.8 g/L of acetic acid when added alone, but were totally inhibited when formic acid (0.4 g/L) and furfural (0.3 g/L) were also supplied. However the maximum hydrogen production of SBH20 has duplicated when 3% of powdered activated carbon was added to the SBH experiment. The results presented herein can be helpful in understanding the bottlenecks in biohydrogen production and could contribute towards development of lignocellulosic biorefinery.Item Zika virus induces oxidative stress and decreases antioxidant enzyme activities in vitro and in vivo.(2020) Almeida, Letícia Trindade; Ferraz, Ariane Coelho; Caetano, Camila Carla da Silva; Menegatto, Marília Bueno da Silva; Andrade, Ana Cláudia dos Santos Pereira; Lima, Rafaela Lameira Souza; Camini, Fernanda Caetano; Pereira, Samille Henriques; Pereira, Karla Yanca da Silva; Silva, Breno de Mello; Perucci, Luiza Oliveira; Silva, André Talvani Pedrosa da; Magalhães, José Carlos de; Magalhães, Cíntia Lopes de BritoThe first outbreak of Zika virus (ZIKV) infection in the Americas, especially in Brazil, was reported in 2015. Fever, headache, rash, and conjunctivitis are the common symptoms of ZIKV infection. Unexpected clinical outcomes, such as microcephaly and Guillain-Barré syndrome, have also been reported. The recent spread of ZIKV and its association with severe illness has created an urgent need to understand its pathogenesis and find potential therapeutic targets. Studies show that some viruses, including Flavivirus, trigger oxidative stress, which affects cellular metabolism, viral cycle, and pathogenesis. However, the role of oxidative stress in ZIKV infection needs to be investigated. Here, we analyzed ZIKV infection-triggered oxidative stress and modified antioxidant enzyme activities. U87-MG and HepG2 cells were infected to measure reactive oxygen species (ROS), malondialdehyde (MDA), and carbonyl protein levels, the activities of superoxide dismutase (SOD) and catalase (CAT), and the activation of nuclear factor erythroid 2p45-related factor 2 (Nrf2). ZIKV infection induced a significant increase in ROS, lipid peroxidation, and protein carbonylation products and a significant decrease in SOD and CAT activities accompanied by inhibition of Nrf2 activation in both cell lines. Further, MDA and carbonyl protein levels and SOD and CAT activities were evaluated in the brain and liver of ZIKV-infected C57BL/6 mice, and oxidative stress associated with antioxidant depletion was also found to occur in vivo. Together, our findings indicate the potential use of antioxidants as a novel therapeutic approach to Zika disease, and future studies in this direction are warranted.