Navegando por Autor "Mendes, Simone de Paula Santos"
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Item Efeitos de sentido e simbolismos interdiscursivos na narratividade do governo de Jair Messias Bolsonaro.(2022) Alves, Thamara de Freitas; Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Menezes, William Augusto; Mendes, Simone de Paula SantosA presente pesquisa insere-se nos estudos sobre o discurso político. Ela tem por objeto a narratividade do governo de Jair Bolsonaro, atual presidente do Brasil. A sua ênfase volta-se para a percepção sobre possíveis efeitos discursivos em imaginários socio políticos, sobretudo os simbolismos interdiscursivos, mobilizados pelo governo nos dois primeiros anos de gestão. A problemática principal da pesquisa incide no conhecimento sobre as representações sócio-discursivas relevantes nas práticas discursivas do governo e pode ser apresentada em três questões: Quais são os imaginários sócio-discursivos, em especial os simbolismos interdiscursivos dominantes na narratividade pública do governo Bolsonaro? Como caracterizar os efeitos de sentido possíveis nesses imaginários e simbolismos mobilizados pelo governo? E, como esses efeitos podem se relacionar a uma percepção sobre a moral discursiva da narratividade bolsonarista? Para o desenvolvimento da análise, examina-se um corpus contendo treze enunciados, apresentados por Jair Bolsonaro e/ou membros da sua equipe de governo. Tais fragmentos de discurso foram coletados em publicações na mídia impressa e na mídia digital, como produções discursivas do governo. Dentre os objetivos da pesquisa, destacam-se a identificação das imagens dominantes no corpus, dentre as quais as imagens de si e as imagens referentes ao sujeito receptor; a caracterização do processo de influência em cada um dos fragmentos; a identificação dos efeitos possíveis em relação aos signos sintomas do simbolismo interdiscursivo e a relação desses com a memória discursiva autoritária e com a moral discursiva. Com isso, orienta-se a presente dissertação para uma perspectiva de se qualificar o nível da linguagem autoritária no discurso de governo. Como se trata de uma problemática interpretativa voltada para as práticas discursivas no domínio político, busca-se apoiar no estudo bibliográfico. No seu desenvolvimento, concentra-se, principalmente, em publicações no campo da Análise do Discurso, articulando as contribuições de teorias diversas, como Eni Orlandi, Dominique Maingueneau, Patrick Charaudeau e Marie-Anne Paveau. Utilizam-se, também, contribuições importantes já produzidas por analistas do discurso e pesquisadores de outras áreas que se debruçaram em estudos sobre a eleições de 2018, a conquista majoritária dos votos por Jair Bolsonaro e os dois primeiros anos de governo. Como resultado da dissertação, chega-se à caracterização da linguagem predominante na narratividade do bolsonarismo e ao relacionamento desta com a moral discursiva.Item Experienciação, cognição e representações da memória : uma análise discursiva do patrimônio imaterial da Região dos Inconfidentes.(2013) Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Mendes, Simone de Paula SantosO presente artigo tem como objetivo apresentar as primeiras reflexões acerca da pesquisa que estamos desenvolvendo sobre o patrimônio imaterial da Região dos Inconfidentes, a partir de um conjunto de entrevistas com moradores de Passagem de Mariana, MG, coletadas ao longo de 2012. Num primeiro momento, fizemos uma apresentação da metodologia utilizada na coleta das entrevistas, para, em seguida, construirmos uma abordagem conceitual das relações entre memória, cognição e discurso, fundamentada em categorias oriundas de diferentes quadros teóricos, a exemplo de noções como “experienciação discursiva” (AUCHLIN, 2008), “performance e vocalidade” (ZUMTHOR, 1987), “memória cognitivo-discursiva” (PAVEAU, 2007), “espaço semiótico” (BRANDT, 2004), entre outras. Para efeito de ilustração dessa abordagem, analisamos um pequeno excerto de uma das entrevistas realizadas, com vistas a exemplificar o desenvolvimento de um dos tópicos-guias que nortearam a realização da pesquisa.Item Literatura de folhetos : uma trajetória enunciativa da sociedade dos cordelistas mauditos.(2013) Silva, Wellington Pedro da; Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Mendes, Simone de Paula SantosA Sociedade dos Cordelistas Mauditos é um grupo composto por 12 cordelistas, cujo primeiro trabalho foi apresentado ao público no ano de 2000, com a publicação de uma série de 12 folhetos intitulados “Agora são outros 500!”, por ocasião das celebrações dos 500 anos do descobrimento do Brasil. No evento de fundação da Sociedade, foi apresentado um manifesto de criação enfatizando a proposta do grupo de construir uma poética, a partir de uma intertextualidade do ponto de vista estético-narrativo e político. Em função da impossibilidade de analisar, detalhadamente, toda a produção de folhetos da Sociedade dos Cordelistas Mauditos, selecionamos, para compor um corpus de base, uma amostra de cinco deles, os quais possibilitaram uma análise discursiva mais detida, que levou em consideração elementos da enunciação desses folhetos. A escolha justificou-se pelos quatro primeiros cordéis comporem a coleção “Agora são outros 500!’, folhetos que caracterizam a fundação do grupo. Deste modo, objetivamos, a partir de uma perspectiva enunciativa, traçar um panorama da trajetória da Sociedade dos Cordelistas Mauditos, a qual nos parece ancorada em imaginários e em uma memória sobre o que é fazer literatura de cordel e sobre como o poeta desempenha o seu papel de produtor e divulgador dessa pratica. Para tanto, embasamo-nos em uma abordagem enunciativa das práticas de linguagem, a partir das reflexões desenvolvidas por Maingueneau (1997), Benveniste (1995, 1989) e Bakhtin (2003), (2006), bem como a noção de memória discursiva, desenvolvida por Jean Jacques Courtine (2006).Item Maria Auxiliadora da Silva : ethos, pathos e alteridade.(2023) Pigosso, Willian Gonzaga; Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Soares, Ivanete Bernardino; Mendes, Simone de Paula SantosEsta pesquisa tem como objetivo analisar como se dá a construção do ethos, do pathos e da alteridade na obra da artista plástica mineira Maria Auxiliadora da Silva, tendo como objeto de análise o catálogo Maria Auxiliadora: vida cotidiana, pintura e resistência (MASP, 2018). A partir dos estudos do discurso, e do ajuste epistemológico necessário no trato com o discurso visual, bem como a possível intersecção com o verbal, inscrito a partir do catálogo, compreendeu-se que a construção do ethos se dá, em um primeiro momento, a respeito daquilo que o museu apresenta e narra a respeito da vida e obra da artista. Em seguida, e considerando que a imagem de si se dá, especialmente, a partir daquele que diz eu, e por sua vez carrega consigo uma emoção inerente, buscamos compreender como esta emoção pode ser percebida em algumas obras da artista, especialmente aquelas obras nas quais há uma representação de si. Por fim, buscou-se compreender como a construção do ethos e do pathos corroboram para a ideia de alteridade presente na obra, tendo em vista o espaço dado ao outro dentro da obra e da própria construção do catálogo.Item Ponto de encontro : os "Contos Negreiros" como uma encruzilhada de memórias.(2021) Feltrin, Hector Rodrigues; Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Mendes, Paulo Henrique Aguiar; Gama, Mônica Fernanda Rodrigues; Rosa, Victor Luiz da; Mendes, Simone de Paula SantosPublicado pela primeira vez em 2005, além de ter vencido o Prêmio Jabuti no ano subsequente, o livro Contos Negreiros do escritor pernambucano Marcelino Freire se faz cada vez mais presente na crítica literária, sendo lido por diversas perspectivas. Isto porque seu todo evidencia diferentes dimensões das memórias coletiva e cultural de determinados grupos e minorias em variadas topografias e paisagens do território brasileiro. As narrativas permeiam diálogos e intertextos com a tradição literária, com a música popular, bem como com outras diversas formas de vida e cosmologias dissidentes. Com isso, a presente dissertação busca examinar as categorias de traumas sociais ficcionalizados em Contos Negreiros, tais como: o racismo estrutural; a violência urbana; a prostituição; a violência cometida por estrangeiros; a exploração do trabalho; a subordinação de crenças/rituais afro-brasileiros e indígenas entre outras representações engendradas na prosa poética de Marcelino Freire. Ao denominar seus contos também de “cantos”, é possível notar a presença do gesto performativo nessas narrativas, o que evidencia diferentes stimmungs, atmosferas e climas para tratar de alguns temas que se repetem nesses contos-cantos, mas retomados por diferentes perspectivas. O presente trabalho também não deixa de apresentar algumas reflexões sobre o campo literário atual, assim como visa compreender um pouco mais a atuação do escritor Marcelino Freire frente a este campo de poder.