Navegando por Autor "Mendes, Milene Aparecida Monteiro"
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Item Assinatura geológica e influência do uso e da ocupação do solo na geoquímica de águas e sedimentos da bacia do ribeirão Caraça, Catas Altas, MG.(2013) Mendes, Milene Aparecida Monteiro; Leite, Mariangela Garcia Praça; Lena, Jorge Carvalho deO presente trabalho foi realizado na bacia hidrográfica do ribeirão Caraça, no município de Catas Altas, Minas Gerais. O objetivo principal foi obter parâmetros químicos e físico‑químicos para caracterizar a geoquímica das águas e sedimentos desta bacia e determinar a real influência das atividades antropogênicas presentes na área. As nascentes do ribeirão Caraça se encontram em uma área de preservação ambiental (Parque Natural do Caraça), isenta de contaminação antrópica; porém, ao longo da bacia, existem diversos problemas de ordem ambiental, que podem ter origem na presença de áreas urbanas, atividades de mineração e agrícolas. Para este trabalho, foi realizado um estudo do uso e da ocupação do solo e monitorados 24 pontos, onde foram realizadas análises sazonais de água (pH, Eh, condutividade elétrica e oxigênio dissolvido) e medidos os teores de SO42 -, Cl- e HCO3 - (alcalinidade), além de metais (Al, Fe, Mn, Mg, Ca, K, Ti, P, As, Ba, Co, Cr, Cu, Ni, Sr, V, Zn e Zr, Na, K, Ca e Mg). Esses mesmos elementos foram determinados nas amostras de sedimentos. Os resultados permitiram dividir a bacia em três áreas distintas, com diferente ocupação e geoquímica. Apesar das atividades antropogênicas mostrarem grande influência sobre a geoquímica das águas, a composição dos sedimentos é influenciada fundamentalmente pela geologia local.Item Influência antrópica nas características hidrossedimentológicas e geoquímicas da bacia do ribeirão Caraça, Quadrilátero Ferrífero, MG.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Mendes, Milene Aparecida Monteiro; Leite, Mariangela Garcia PraçaA bacia hidrográfica do ribeirão Caraça, com pouco mais de 120km2, localiza-se no Município de Catas Altas, no Estado de Minas Gerais, Brasil. Apesar de existirem registros de presença humana desde 1708, não foi realizado até o momento nenhum trabalho ambiental de caracterização de seu meio físico. Visando sanar esta lacuna, a presente pesquisa procurou realizar um estudo das características hidrossedimentológicas e geoquímicas na bacia hidrográfica do ribeirão Caraça e, concomitantemente, avaliar a influência antrópica nos recursos hídricos da região. Inicialmente, foi realizado um estudo do padrão pluviométrico da região, que norteou a definição dos períodos de chuva e seca, fundamentais para a programação das coletas e medições. Assim, foram realizados dois períodos de campo, o primeiro entre os meses de agosto e setembro referentes à estação seca de 2005 e o segundo no mês de março de 2006, referente à estação chuvosa. Para a determinação da vazão, foram monitorados 21 pontos no ribeirão Caraça e seus principais tributários, 24 para o estudo hidroquímico, 18 para o estudo de sedimentos e 7 para análise de coliformes fecais. Desta forma, para caracterizarão da qualidade das águas foram realizados exames microbiológicos e analisados parâmetros hidroquímicos, sendo eles: temperatura, pH, Eh, turbidez, condutividade elétrica, sólidos totais dissolvidos (STD), alcalinidade, oxigênio dissolvido (OD), sulfato (SO4=), cloreto (Cl-), metais principais e metais traço. Já para o estudo dos sedimentos foram escolhidos aqueles elementos que refletissem a assinatura geoquímica das rochas e que pudessem retratar a geologia local. Paralelamente, foi realizada uma análise temporal onde se procurou delimitar e identificar a cobertura e uso da terra na bacia do ribeirão Caraça nas últimas quatro décadas. Os resultados obtidos permitiram se efetuar a compartimentação da bacia em 3 áreas, com características distintas. Na área A1, isenta em quase sua totalidade de interferência antrópica por abranger a totalidade do Parque Natural do Caraça, os únicos valores potencialmente prejudiciais à saúde se restringem ao alumínio na água. Esses teores anômalos estão associados às fontes litogênicas locais. Foi detectada a presença de bactérias do grupo coliformes, uma vez que não há lançamento de esgoto, acredita-se que a principal fonte de contaminação seria a presença de animais nessa área. A área A2, ainda parcialmente preservada, nota-se um aumento de solo exposto, relacionado principalmente com a presença de minerações. Os elementos maiores Fe e Mn apresentaram concentrações elevadas nas águas e sedimentos à jusante da mina de dunito/serpentinito Francisco III. Os elementos maiores (Ca, Fe, Mg e Mn) e metais traço (Co, Cr, Cu, Ni, V e Zn) analisados nos sedimentos foram considerados anômalos para a bacia, podendo estar relacionados com litologia local. Já a presença de coliformes identificados deve-se principalmente a presença de criação de gado. A área A3 é a porção mais degradada da bacia. Nela, o grande aumento de solo exposto está relacionado principalmente com aglomerados urbanos, áreas de pastagem e agricultura. Há uma clara influência das atividades antrópicas na vazão monitorada no córrego Moinho de Olício, devido ao lançamento de efluentes da mineração e da retirada de água para abastecimento urbano. A presença de coliformes nas amostras está relacionada com o lançamento de esgoto. Concentrações altas de Fe e Mn foram identificadas nas águas e sedimentos à jusante da barragem de rejeitos oriundos da mineração de ouro Córrego do Sítio. Cabe ainda destacar que este trabalho constituiu-se numa fase inicial de avaliação da região, identificando as principais atividades antrópicas e o reflexo das mesmas na quantidade e qualidade dos recursos hídricos existentes. Espera-se que os resultados desta pesquisa sirvam de base para futuros estudos ambientais e, até mesmo, para projetos de gestão da bacia.