Navegando por Autor "Marinho, Marcelo de Souza"
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Item Evolução estrutural e aspectos petrológicos das ocorrências auríferas de Serrita e Parnamirim, Pernambuco.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Marinho, Marcelo de Souza; Gomes, Caroline Janette SouzaOcorrências filoneanas de Au, Ag e Pb distribuem-se entre os municípios de Serrita e Parnamirim, Pernambuco. Essas ocorrências estão encaixadas em metassedimentos correlacionadas ao Grupo Salgueiro e a quartzo-monzodioritos pertencentes a Suíte Serrita, da Zona Transversal, Província Borborema. Dados meso- e microestruturais, petrológicos e de isótopos de Pb foram utilizados com intuito de compreender o desenvolvimento dos filões de minério no contexto da evolução de suas rochas encaixantes. Foram identificadas quatro fases de deformação nos metassedimentos, que registram a mudança de uma tectônica de baixo ângulo em regime dúctil, na qual está associado o pico metamórfico, para uma tectônica direcional, que marca a transição para o regime frágil-dúctil. Essa deformação foi correlacionada ao Ciclo Brasiliano (640 – 510 Ma). Os quartzo-monzodioritos exibem deformação incipiente e foram interpretados como anteriores a última fase de deformação. Os veios de minério são nitidamente posteriores à terceira fase de deformação e consequentemente ao pico metamórfico na região. A colocação dessas estruturas ocorreu em regime frágil-dúctil e foi controlada por sistemas de fraturas E-W/ESE-WNW e N-S/NNWSSE no metassedimento e NW-SE nos quartzo-monzodioritos. As características morfológicas, estruturais e microestruturais indicam uma evolução distinta dos veios em função de sua rocha encaixante. No metassedimento, os veios registram a evolução da deformação em condições crustais progressivamente mais rasas e, nos quartzo-monzodioritos, possuem deformação incipiente, similar às suas encaixantes. Correlaciona-se o desenvolvimento dos veios aos estágios finais da última fase de deformação, em ambiente direcional. A alteração hidrotermal também é distinta entre os veios. No metassedimento o halo de alteração é imperceptível e, em escala de lâmina, indicado pela carbonatação e subordinadamente por grãos de ouro micrométricos disseminados. Nos quartzo-monzodioritos os halos de alteração são definidos, nas porções proximais, pela sericitização, silicificação e subordinadamente carbonatação e sulfetação. Nas porções distais essas alterações são incipientes e obliteram um estágio anterior de potassificação e fluoritização, provavelmente induzido por fluidos residuais da cristalização magmática. Os veios apresentam três estágios na evolução de seus constituintes. O primeiro estágio está relacionado à cristalização de assembléias de sulfetos, em condições redutoras. O segundo ocorreu em condições mais oxidantes e obliterou parcialmente os minerais pretéritos. O último estágio corresponde à alteração supergênica, na qual formaram-se hidróxidos e argilo-minerais. A composição isotópica de Pb para galenas de veios encaixados no metassedimento e no quartzo-monzodioritos indicam fontes híbridas para os metais.Item Structural evolution of Au, Ag and Pb lode occurrences of Serrita and Parnamirim, Pernambuco, Brazil.(2013) Marinho, Marcelo de Souza; Gomes, Caroline Janette SouzaUm levantamento estrutural e microestrutural foi realizado para analisar a evolução das ocorrências filoneanas de Au, Ag e Pb, localizadas entre as cidades de Serrita e Parnamirim, PE. Essas ocorrências ocorrem encaixadas em metassedimentos, correlacionados ao Grupo Salgueiro, e em granodioritos associados à Suíte Serrita, no Domínio Piancó-Alto Brígida, sudoeste da Zona Transversal, Província Borborema. Foram identificadas quatro fases de deformação nos metassedimentos, que registram a mudança de uma tectônica compressiva para direcional. As duas primeiras geraram uma trama de baixo ângulo, enquanto a terceira e a quarta fases formaram dobras, com clivagem de crenulação NE-SW/ESE-WSW, e zonas de cisalhamento regionais, respectivamente. Nos metassedimentos, os veios formaram-se a partir de fraturas anastomosadas de direção E-W e N-S/NNW-SSE, cuja propagação e dilatação ocorreram em curtos intervalos de tempo. Após sua cristalização, os veios foram submetidos a novas etapas de cristalização mineral concomitante a processos de deformação e mineralização, os quais marcam a transição do regime rúptil-dúctil para o rúptil. Os veios nos granitoides exibem deformação incipiente e similar à rocha encaixante. Concluiu-se que, nas duas encaixantes, os veios se formaram sob o mesmo campo de tensão, durante o final da quarta fase, sob um tensor de compressão máxima de direção NW-SE. As diferenças resultariam de um processo de refração de fraturas em função do contraste reológico das encaixantes. Essa refração induziu a formação de fraturas de cisalhamento direcionais com direções E-W/ESE-WNW e N-S/NNW-SSE na litologia menos competente, o metassedimento, e fraturas de tração de direção NWSE na litologia mais competente, o granodiorito.