Navegando por Autor "Lameiras, Fernando Soares"
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Item Avaliação da superfície de quartzos lapidados via processamento digital de imagens.(2016) Mol, Adriano Aguiar; Lameiras, Fernando Soares; Pinto, Lúcio Carlos Martins; Lameiras, Fernando SoaresUma das principais gemas empregadas em joias é o Quartzo, fase cristalina estável do dióxido de silício à temperatura ambiente, que pode ser encontrado em diferentes variedades. Esse material é beneficiado na lapidação, um processo de desgaste abrasivo em etapas sequenciais de diminuição progressiva da rugosidade superficial, cuja etapa final é o polimento. Na abrasão controlada de materiais frágeis como o quartzo, a remoção de material é resultado de deformações microscópicas, microfraturas e arrancamento das lascas geradas, que varia de acordo com os materiais envolvidos e a dinâmica dos contatos. A qualidade da lapidação está ligada à ausência de imperfeições no acabamento final e à simetria entre as partes da gema, que influenciam suas qualidades ópticas como brilho e transparência. A avaliação da qualidade da lapidação é feita por inspeção visual, onde se observa a interferência dos defeitos superficiais remanescentes do processo abrasivo no seu desempenho óptico. Existem normas internacionais para classificação de diamantes lapidados, mas não foram encontrados parâmetros para a aferição da qualidade da lapidação de gemas diversas que conjuguem aspectos objetivos, como a medição das marcas de polimento, que podem ser encontradas em uma gema lapidada. As técnicas mais utilizadas de caracterização da superfície são tradicionalmente feitas por parâmetros estatísticos ou funcionais, e métodos ópticos que apresentam simultaneamente vantagens e desvantagens. Nesse trabalho, foi elaborado um método de avaliação da superfície tridimensional de uma gema lapidada com uso de microscópio óptico e processamento digital de imagens, voltado à aplicação prática e direcionado aos especialistas que atuam comercialmente na avaliação de gemas. A proposta inicial de avaliação quantitativa da qualidade da superfície de quartzos lapidados foi alcançada com o método proposto, que permitiu classificar um banco de amostras em cinco categorias, de acordo com as métricas em i) quantidade de defeitos e ii) área relativa dos defeitos em função da superfície observada.Item Blocos para construção civil feitos com rejeitos depositados na Barragem de Candonga.(2018) Machado, Mayare de Souza Moura Maciel; Lameiras, Fernando Soares; Lameiras, Fernando Soares; Nunes, Eduardo Henrique Martins; Vieira, Cláudio Batista; Santos, Ana Maria Matildes dosApós o colapso da Barragem de Fundão, em 5 de novembro de 2015, em Mariana, Minas Gerais, estima-se que 9 milhões de toneladas de rejeitos, oriundos das etapas de deslamagem e flotação do processo de concentração do minério de ferro, foram depositados na Barragem de Candonga. Esses rejeitos estão sendo dragados e armazenados em um local nas proximidades pela Fundação Renova. Devido à alta concentração de quartzo presente em amostras coletadas, seu uso como matéria-prima para fabricação de produtos para construção civil está sendo considerado como forma de promover uma atividade econômica alternativa para as comunidades afetadas pelo acidente. Blocos foram obtidos a partir da mistura de carbonato de sódio (5% em peso) e de água (13% em peso) ao rejeito seco até a formação de uma massa homogênea que foi prensada na forma de bloco e este tratado termicamente a 700°C ao ar. Uma matriz vítrea se formou em torno das partículas de quartzo, o que proporcionou uma resistência mecânica suficiente ao produto para seu emprego na construção civil. A absorção de água nos blocos ficou na faixa de 12-16%, a perda de massa dos blocos na água não foi significativa, a densidade foi de 1,95 ± 0,03g/cm3, a resistência à compressão foi de 11,05 ± 1,29MPa e a resistência à flexão foi de 4,42 ± 0,69MPa. Durante a inspeção visual dos blocos, foram observadas pequenas trincas e poros, bem como o crescimento de manchas brancas em sua superfície. A melhoria dos processos de moldagem, prensagem e desmoldagem, assim como o ajuste do programa de tratamento térmico podem evitar ou atenuar esses defeitos. Os resultados alcançados pelo produto desenvolvido com o rejeito de Candonga demonstraram ser possível sua utilização na construção civil, como produto similar ao tijolo cerâmico maciço para alvenaria e também ao ladrilho hidráulico.Item Caracterização de areias silicosas e de rejeitos de mineração para uso em processos de fundição.(2017) Figueiredo, Ricardo Augusto Martins; Vieira, Cláudio Batista; Pinto, Maria Aparecida; Vieira, Cláudio Batista; Araújo, Denilson Rodrigues de; Lameiras, Fernando Soares; Tenório, Jorge Alberto Soares; Pinto, Maria AparecidaA fundição consiste na fabricação de peças metálicas por meio do preenchimento de um molde com metal líquido que contém o formato da peça que se deseja fabricar. Dentre os mais variados processos de fabricação de moldes, os de areia têm importante destaque e são os mais difundidos, destacando-se os confeccionados com areias silicosas. Este trabalho apresenta um estudo de caracterização analítica e tecnológica de diferentes amostras de areias silicosas e de rejeitos de mineração para uso dos rejeitos em processos de fundição. Os ensaios foram realizados variando-se os teores padrões de aglomerante e também com a realização de blends entre as areias. Com relação às técnicas analíticas, foram realizados os ensaios de distribuição granulométrica, módulo de finura, teor de finos, umidade, permeabilidade, perda por calcinação, demanda ácida e pH. Ademais, as análises químicas globais das amostras de areias foram realizadas via espectrometria por fluorescência de raios X, as análises mineralógicas via difratometria de raios X e as análises morfológicas para a verificação da forma e estrutura dos grãos por microscopia óptica. Com referência à caracterização tecnológica, foram realizados os ensaios de resistência à compressão, resistência à tração, resistência à flexão, permeabilidade e compactabilidade. Nesses ensaios as amostras foram ensaiadas simulando os processos de areia verde, areia de cura a frio com resina fenólica-uretânica e areia com silicato de sódio/CO2. Os resultados dos ensaios analíticos e tecnológicos mostraram que a amostra de rejeito arenoso denominada AM02 apresentou melhores respostas aos testes quando comparada à areia padrão (PAD). Ainda assim, é recomendável que sejam realizados testes em escala de bancada com diferentes ligas antes de seu emprego na indústria.Item Cation self-diffusion in (Th-5%U)O2.(1993) Sabioni, Antônio Claret Soares; Lameiras, Fernando Soares; Cardoso, Paulo EdsonItem Efeito da radiação solar no envelhecimento do concreto betuminoso usinado a quente.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2007) Araújo, Maria de Fátima Amazonas de Sá; Lameiras, Fernando SoaresO efeito da radiação solar no envelhecimento do asfalto pode ser considerado bastante relevante devido ao alto nível de insolação no território brasileiro. O objetivo deste trabalho é simular e investigar o envelhecimento do asfalto sob o efeito da radiação solar. A mistura de concreto betuminoso usinado a quente, CBUQ, foi submetida a testes de intemperismo em câmara Weather-O-Meter, com exposição à radiação de arco de xenônio. A degradação das amostras foi avaliada utilizando-se as técnicas de espectroscopia na região do infravermelho com transformada de Fourier- FTIR, cromatografia de permeação em gel - GPC e análise térmica - TG. Observou-se um crescimento sistemático das intensidades das bandas dos grupos OH e C=O em relação àquelas dos grupos C-H, indicando, possivelmente, um processo de oxidação, durante o ensaio de intemperismo. Os resultados da GPC demonstraram uma tendência de redução da massa molar do asfalto, principalmente após ensaio com duração de 2000 horas. Na análise térmica, o concreto betuminoso usinado a quente teve um ganho de massa inicial e em seguida uma perda de massa de 1.29% a 380ºC. A perda de massa foi mais significativa a 400ºC e a temperaturas mais elevadas. As amostras expostas na câmara de intemperismo por um período de 500-2000 horas apresentaram ganho de massa de 1-1.5% até 250- 300ºC, e então, perda de massa, até 550-575ºC.Item Estudo da obtenção e caracterização de pedra composta.(2013) Silva, Glaucia Danielle Leirose da; Lameiras, Fernando SoaresA pedra composta é um produto similar ao granito ou ao mármore naturais, obtida a partir de agregados naturais que podem representar de 91 a 96% da massa total. Esses agregados são misturados com resina insaturada de poliéster e colocados em um molde. Em seguida passam por um processo de vibrocompactação a vácuo. Depois é feita a cura do material, obtendo-se a pedra composta. O itabirito é um minério de ferro amplamente explorado em Minas Gerais, Brasil. Um dos resíduos dessa exploração apresenta grande quantidade de quartzo em sua composição. A obtenção de pedra composta com resíduos da exploração de itabirito é uma promissora alternativa para a sua destinação. Atualmente, uma parte desse resíduo é utilizada para preenchimento de cavas de mineração e outra parte é estocada em barragens. Desse modo, a aplicação deste resíduo na geração de um novo produto não apenas agrega valor ao mesmo, como ainda contribui para a questão ambiental que tem sido tão relevante para o setor de mineração. As influências de seis parâmetros do processamento de pedra composta foram analisadas simultaneamente por meio do planejamento de experimentos. A resistência mecânica da pedra composta foi medida pelo ensaio de resistência à flexão. Utilizando a tensão de flexão como resposta do planejamento de experimentos, observou-se que os fatores que mais influenciaram foram o tipo de resina e o uso de promotor de adesão. A tensão média de ruptura foi determinada utilizando estatística de Weibull. Os valores obtidos foram mais próximos àqueles encontrados em pedras naturais. A caracterização da pedra composta revelou a homogeneidade deste material e reprodutibilidade do método, de tal forma que o processamento utilizado é adequado para a substituição da matéria-prima por resíduo de mineração.Item Materiais compósitos baseados em nanotubos de carbono para o setor aeroespacial.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Lacerda, Kássio André; Lameiras, Fernando SoaresA motivação deste trabalho é o desenvolvimento de compósitos com aplicação no setor aeroespecial. Foram obtidos materiais compósitos baseados em um sistema epoxídico de resina diglicil bisfenol A (DGEBA) e agente de cura 4’4-diamino-difenil-metano (DDM), tecido tipo “plain” de fibra de carbono e nanotubos de carbono de paredes múltiplas (MWNTs). A forma de integração dos MWNTs à matriz foi avaliada por meio de dispersões de MWNTs nãofuncionalizados e MWNTs funcionalizados com o agente de cura DDM via reação de diazotação (MWNT-DDM), bem como por laminação de filmes finos de MWNT não-funcionalizados (“buckypaper”). Os materiais de partida e os MWNT-DDM foram caracterizados por meio de análise térmica, microscopia (MEV e MET), EDS, XRD e XRF e espectroscopia (XPS, FTIR e Raman). A formação de ligação covalente entre os MWNTs e o DDM foi evidenciada pela razão sp2/sp3 no MWNT (4,9) e no MWNT-DDM (1,9), por alterações no perfil de perda de massa e identificação do grupo ligado ao MWNT. Ensaios de dobramento foram realizados em compósitos resina/tecido de fibra de carbono, resina/tecido de fibra de carbono/MWNT, resina/tecido de fibra de carbono/MWNT-DDM, com adições de 0,1%, 0,5% e 1% em massa de MWNT ou MWNT-DDM, e resina/tecido de fibra de carbono/”buckypaper”-MWNT. Os resultados apresentaram grande dispersão, com ganhos de até 90% no módulo de elasticidade e 44% na tenacidade de forma não-reprodutível, indicando a necessidade de um melhor controle no processo de funcionalização, para diminuição da quantidade de defeitos formados nos MWNTDDM, e de preparação dos corpos-de-prova.Item Obtenção de pigmentos de óxido de ferro a partir da lama gerada no beneficiamento de itabirito.(2012) Tavares, Paulo Henrique Campos Prado; Lameiras, Fernando SoaresO reaproveitamento do resíduo fino da etapa de deslamagem do itabirito (lama) a base de óxidos de ferro (75%m/m) foi realizado através da sua incorporação como pigmento em tintas alquídicas e blocos intertravados de concreto (BITs). As propriedades da lama (pigmento L) foram avaliadas pelos métodos: FRX, DRX, MEV, TG/DTG, ATD, granulometria à laser, espectroscopia Mössbauer e espectrometria no visível. Além do pigmento L, dois outros pigmentos de diferentes tonalidades foram obtidos. Um de tonalidade avermelhada (LC), formado pelo tratamento térmico da lama a 1000oC, e outro azulado (LC+Co), formado pela dopagem com Co2O3 (5%m/m) e o mesmo tratamento térmico. O principal problema encontrado na formulação das tintas foi o baixo poder de cobertura, atribuído ao grande tamanho médio de partículas e teor de impurezas dos pigmentos. A flotação catiônica reversa e a hidrociclonagem foram testadas, porém não acarretaram em uma melhoria significativa nessas propriedades. Aumentar a quantidade de pigmento na formulação ou misturá-lo com pequenas quantidades (20%m/m) do pigmento comercial foram as melhores soluções. As tintas obtidas apresentaram trabalhabilidade, cobertura, aderência, secagem e acabamento equivalentes aos obtidos por tintas comerciais. A pigmentação dos BITs foi realizada através de um experimento fatorial 2x4. Foram usados dois tipos de pigmentos (L e LC) em quatro níveis de concentração (4, 8, 12 e 16%m/m) e os resultados analisados através de ferramentas estatísticas paramétricas e não paramétricas. As respostas avaliadas foram: densidade, viscosidade, tempo de pega (TP), resistência à compressão (RC), índice de vazios e cor. A viscosidade, densidade e RC (28 dias) aumentaram com a elevação no teor de pigmento. O aumento da densidade e RC foi atribuído ao fenômeno de autoadensamento das partículas da lama, que tende a diminuir o tamanho dos poros. O TP e a densidade do produto dependeram do tipo de pigmento. O pigmento LC apresentou maior tempo de pega por retardar as reações iniciais de hidratação do cimento. Ele também acarretou na maior densidade do produto. O tratamento térmico diminuiu a aglomeração das partículas, aumentando o autoadensamento e a RC. A resistência mecânica dos blocos pigmentados foi superior à observada para aqueles sem pigmentação de formulação equivalente. Os oito blocos preparados apresentaram diferença significativa de cor entre si (E>1). Portanto, a incorporação da lama como pigmento em tintas alquídicas e BITs se mostrou viável e capaz de consumir parte desse resíduo gerado pela Samarco.Item Origin of the color in cobalt-doped quartz.(2011) Pinto, Luiz Carlos Barbosa de Miranda; Righi, Ariete; Lameiras, Fernando Soares; Araújo, Fernando Gabriel da Silva; Krambrock, Klaus Wilhelm HeinrichSynthetic Co-doped quartz was grown hydrothermally in steel autoclaves at the Technological Center of Minas Gerais (CETEC), Brazil. The quartz samples, originally yellow in the as-grown state acquired blue coloration after prolonged heat treatment times at 500°C near the alpha–beta transition temperature. UV–VIS–NIR absorption spectroscopy shows the characteristic spectra of Co3+ before heat treatment. After heat treatment, the optical absorption spectrum is dominated by two split-triplet bands the Wrst in the near infrared region centered at about 6,700 cm¡1 (1,490 nm) and the second in the visible spectral range at about 16,900 cm¡1 (590 nm). Both split-triplet bands are typical for Co2+ ions in tetrahedral coordination environments. From the absence of electron paramagnetic resonance (EPR) spectra, we conclude that the Co2+ found in the optical absorption spectra of the blue quartz is not due to an isolated structural site in the quartz lattice. Instead, the blue color is associated with electronic transitions of Co2+ in small inclusions in which the Co site has tetrahedral symmetry. The non-observation of polarizationdepend optical absorption spectra is also in agreement with this model. The results for Co2+ in quartz are diVerent from Co-bearing spinel and staurolite and other silicates like orthopyroxene, olivine, and beryls. The formation process of the color center is discussed.Item Rota tecnológica para o processamento de rejeitos de flotação de minérios itabiríticos para produção de areias artificiais de fundição.(2018) Silva, Guilherme Francisco de Sales; Vieira, Cláudio Batista; Pinto, Maria Aparecida; Vieira, Cláudio Batista; Lameiras, Fernando Soares; Oliveira, Ricardo Augusto Rabelo; Pinto, Maria AparecidaOs rejeitos gerados no processamento do minério de ferro itabirítico silicoso e sua disposição em barragens de contenção constituem um dos principais problemas ambientais e econômicos das mineradoras brasileiras. Existem poucos trabalhos na literatura envolvendo estudos sobre o aproveitamento do rejeito de flotação de minérios itabiríticos silicosos como areia base de fundição. Nesse contexto, é realizado um estudo para definição de uma rota tecnológica para o processamento de rejeitos arenosos oriundos da flotação de minérios itabiríticos silicosos da Samarco Mineração S.A. para a produção de areia silicosa úmida para fundição. Foram realizados ensaios piloto de deslamagem, desaguamento, classificação via úmida com peneiras vibratórias e lavagem de alta pressão com água por meio de equipamento Hydro Clean. Os rejeitos arenosos utilizados no processamento e os produtos dos processamentos foram caracterizados química, física e granulometricamente. Como os produtos do peneiramento e da lavagem apresentaram as melhores características analíticas, foram realizados ensaios tecnológicos utilizando corpos de prova padronizados para areia de fundição. Foram realizados ensaios de resistência à tração e resistência à flexão utilizando o processo de areia de cura a frio com resina fenólica-uretânica para preparação dos corpos de prova. Os resultados dos ensaios de caracterização e de processamento em planta piloto mostraram que é tecnicamente viável o processamento do rejeito arenoso para a obtenção de areia base de fundição com boas características, utilizando as etapas de deslamagem, desaguamento, peneiramento e lavagem. Com os resultados definiu-se uma rota tecnológica para a produção de areia úmida de fundição por meio do beneficiamento do rejeito arenoso. Foram propostos dois sistemas de processamento para a produção da areia úmida de fundição, um fixo com capacidade de produção de 20t/h e um móvel com capacidade de produção de 10t/h.Item Tecnologia do pó de turmalina Preta.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais. Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Leal, José Maria; Lameiras, Fernando SoaresA turmalina preta moída, da série shorlita-dravita, NaFe3Al6(Si6O18)(BO3)3(OH)3OH, tem encontrado utilização na fabricação de cosméticos, tintas, tecidos, purificadores de água, etc. As propriedades exploradas pela maioria dos produtos comercializados são a piroeletricidade e emissão de radiação infravermelha distante da turmalina. Verificou-se que a turmalina preta apresenta significativa decomposição para temperaturas acima de 750º C. A cominuição do pó da turmalina preta em partículas menores que 2 μm é possível por meio de moagem em moinho planetário de bolas, de alta energia. A moagem deve ser feita a úmido, com pH acima de 8 e tempos mais longos que 480 minutos, em configuração que apresente impacto, compressão e cisalhamento. É possível obter cerâmicas a partir de pós de turmalina preta e diatomita por prensagem direta como por colagem (com barbotina) para temperaturas de sinterização de 750º C. A inibição do crescimento do fungo Sacharamyces Cerevisiae causado pela presença de filme com partículas submicrométricas de turmalina foi evidente e a adição de pó de turmalina a tinta acrílica comercial promove a redução do crescimento de briófitas na superfície de paredes pintadas e aumenta o tempo de vida útil da camada de tinta.Item Utilização de resíduo de mineração para obtenção de madeira plástica.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Souza, Rafael Eler de; Lameiras, Fernando SoaresA madeira plástica é um material que vem ganhando cada vez mais destaque como material alternativo, principalmente na construção civil. As qualidades deste compósito vão além das características mecânicas. O seu apelo ecológico é muito grande, pois permite reciclar os resíduos poliméricos, que demorariam centenas de anos para se decompor. Existe um grande esforço no meio acadêmico e industrial na pesquisa de novas composições, para constante melhoria do material, visto que na produção da madeira plástica é permitida uma vasta combinação de componentes, podendo ser uma opção de reciclagem para mais de um tipo de resíduo. Neste trabalho foram desenvolvidas madeiras plásticas utilizando material plástico reciclado. O compósito foi obtido a partir de polipropileno, polietileno de baixa e alta densidade e resíduo arenoso proveniente da flotação do itabirito. Foram realizados vários experimentos com diferentes composições para obtenção da madeira plástica. Com uma extrusora aquecida e estabilizada a uma temperatura de 175C° nas 5 zonas, a mistura planejada foi colocada no funil aos poucos, para controlar o fluxo da extrusão. O compósito foi extrudado, coletado nos moldes e mantido descansando por 1 minuto para a saída de vapores da amostra. Após o descanso, os moldes com material coletado foram levados até a uma prensa, sendo prensados a 9810N/m2 e mantidos sob essa pressão por mais de 1 minuto. Aliviada a pressão, os moldes foram colocados por mais 5 minutos para o resfriamento e desenformado. A madeira plástica obtida foi testada para identificação da melhor composição do compósito. No intuito de analisar sua durabilidade em ambiente externo, as composições foram irradiadas com raios gama, para avaliar as perdas das propriedades dos compósitos. A madeira plástica desenvolvida tem como finalidade a fabricação de mourões de cerca e pallets, sendo uma alternativa ao eucalipto. O compósito comportou o resíduo arenoso até 25% em peso de forma a manter as propriedades físicas desejáveis e boa resistência a radiação, podendo ser exposta a ambientes externos por mais de 80 anos sem perdas de propriedades.Item Utilização de resíduos da exploração do itabirito em pavimentos intertravados.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Freire, Carolina Braccini; Lameiras, Fernando SoaresA exploração da areia de rio no estado de Minas Gerais como agregado na indústria da construção civil vem crescendo gradativamente. Por ser uma atividade predatória e informal, a busca por novas alternativas de materiais como agregado se torna cada vez mais evidente. Em contrapartida, o beneficiamento do itabirito como minério de ferro gera enormes quantidades de resíduo, que se encontra estocado em barragens/pilhas. Por estar muito disponível, foi proposto investigar sua utilização como agregado em blocos de pavimentação, visando ao seu aproveitamento e substituição de agregados naturais. Desta forma, o resíduo foi classificado segundo normas ambientais e caracterizado quanto às suas propriedades granulométricas, físicas, elementares, mineralógicas e morfológicas. A técnica de cimentação, já bem compreendida na etapa de condicionamento/imobilização da Gerência de Rejeitos Radioativos, foi utilizada para auxiliar na confecção de diferentes formulações de argamassas, por meio do planejamento fatorial, variando-se o traço, a relação água/cimento e o tipo de cimento utilizado. As respostas verificadas nas argamassas frescas foram viscosidade, densidade e tempo de pega e nos produtos solidificados, a densidade, o índice de vazios e a resistência à compressão em diferentes idades (7, 28, 90, 150 e 300 dias). Os resultados indicaram que dos 90 aos 300 dias apenas o traço é significativo para a resistência à compressão, sendo maiores para as argamassas com o traço 1:2 e que, após esse tempo, todos os resultados não são mais diferentes entre si, com 10% de significância. Foram testados também dois superplastificantes e dois pigmentos, na formulação escolhida que apresentou melhor custo benefício (cimento CPV, traço 1:2,5 e relação água/cimento igual a 0,80). Por apresentarem resultados distintos, principalmente com relação à resistência à compressão (o superplastificante Viscocrete 20HE apresentou maior valor a 0,9% em massa de cimento e o Viscocrete 5700, a 0,3%), os superplastificantes foram caracterizados quanto às suas propriedades físico-químicas, composição química e característica estrutural e os resultados de porcentagem de enxofre e de presença de grupos aromáticos na estrutura do 5700 justificaram essas diferenças. O uso de pigmentos aumentou a resistência dos corpos de prova e foi mais efetivo para o pigmento vermelho aos 16% (de 13,13 para 18,09MPa) e aos 8% de pigmento natural (de 13,13 para 16,16MPa), sendo que esses resultados não foram diferentes entre si. Uma instalação piloto também foi projetada para averiguar a reprodução dos resultados obtidos em laboratório. Os resultados indicaram que ocorreu repetitividade, mas não reprodutibilidade e uma possível justificativa para isso foi o fato de que os resíduos utilizados em cada situação apresentavam teores de umidade diferentes. O resíduo utilizado em escala piloto estava com teor de umidade acima da umidade crítica e, por isso, o coeficiente de inchamento médio, CIM, deveria ter sido utilizado no cálculo do volume de agregado úmido. Foi possível, portanto, produzir blocos de pavimentação utilizando o resíduo como agregado em escala piloto e eles podem ser utilizados em calçadas e estacionamentos.Item Utilização do resíduo gerado na exploração do itabirito em substituição ao agregado miúdo natural para preparação de argamassa de cimento Portland(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Melo, Valéria Alves Rodrigues de; Lameiras, Fernando SoaresOs agregados miúdos naturais são materiais utilizados na construção civil para a preparação de argamassas e concretos. Em função das restrições legais impostas à sua extração, tem-se buscado meios para substituí-los. Como alternativa, é proposto o emprego do resíduo arenoso gerado na extração do itabirito (minério de ferro). O beneficiamento do itabirito requer sua moagem e flotação para concentrar os óxidos de ferro. Nesse processo são geradas grandes quantidades do resíduo arenoso, constituído por quartzo e óxidos de ferro. Visando ao seu aproveitamento e à redução do consumo de agregados miúdos naturais, o resíduo arenoso foi caracterizado quanto à composição mineralógica, distribuição granulométrica, presença de impurezas orgânicas e forma das partículas. Foram preparadas formulações de argamassa variando o tipo de cimento, o traço e a relação água/cimento (a/c). Os produtos obtidos foram caracterizados através de medidas de viscosidade e densidade da pasta, tempo de pega, densidade, resistência à compressão, absorção de água, índice de vazios e massa específica. Complementarmente, foi feita a caracterização microestrutural por DRX e MEV. Constatou-se que o tipo de cimento tem influência significativa sobre a resistência à compressão e a massa específica aos 28 dias. Resistências de até 19,5MPa aos 28 dias são alcançadas com a utilização de cimento CPV, a/c 0,80 e traço 1:2. Os resultados comprovam a possibilidade de utilização desse resíduo como agregado miúdo.