Navegando por Autor "Kato, Kelly Cristina"
Agora exibindo 1 - 4 de 4
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Avaliação da toxicidade do antimoniato de meglumina.(Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas. CIPHARMA, Escola de Farmácia, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Kato, Kelly Cristina; Barcellos, Neila Marcia SilvaNo Brasil, o antimoniato de meglumina, medicamento à base de antimônio, é o fármaco de primeira escolha na terapêutica da leishmaniose. O alto custo do tratamento é um desafio que deve ser ultrapassado e que justifica a busca por alternativas terapêuticas. Assim, a disponibilidade de produtos sintéticos pode facilitar economicamente estudos de fármacos antimoniais pentavalentes e propiciar o desenvolvimento de novos medicamentos; por isto dois simples e eficientes métodos de obtenção de antimoniato de meglumina, utilizando como fonte de antimônio V SbCl 5 (produto AM) ou KSb (OH) 6 (produto AM1), foram desenvolvidos por Demicheli e cols. (1999-PI 9907575-0 e 2001-PI 0106305-7), e vêm sendo aplicados em diferentes estudos, uma vez que a análise dos mesmos mostrou similaridade com o fármaco comercial (Glucantime®) (Demicheli et al., 2003). No entanto, mesmo sendo os antimoniais fármacos empregados a muito tempo no tratamento da leishmaniose mostrando elevada efetividade, induzem efeitos adversos após sua aplicação, tais como: anormalidades no eletrocardiograma e nos níveis de transaminases, pancreatite e nefrotoxicidade. Neste contexto, este trabalho teve por objetivo avaliar a toxicidade pancreática, hepática, renal e cardíaca, do antimoniato de meglumina obtido por diferentes rotas sintéticas: SbCl 5 (AM) e KSb (OH) 6 (AM1) e comercial (GLUC), no modelo ratos Wistar através de dosagens bioquímicas de amilase, AST, ALT, fosfatase alcalina, dosagens urinárias de sódio, potássio e proteínas, depuração de creatinina e CKMB; análise de ECG e PA; além de análise histológica dos órgãos em dois protocolos de administração dos fármacos: A: sub-agudo no qual os animais receberam 50 mg SbV/kg/dia VIP por até 30 dias,e foram realizadas análises nos dias 3, 7, 15 e 30 dias; e B: protocolo agudo no qual dose única de 500 mg de SbV/kg, foi administrada VIV. Inicialmente, para caracterização dos fármacos foram realizados doseamentos de SbIII e potássio residuais. Os resultados mostraram que os teores de Sb III nos fármacos AM, AM1 e GLUC, foram de 0,2%; 0,011% e 0,12% e de potássio 39,0; 113,0 e 10,2 mmol/L, respectivamente.A avaliação da toxicidade pancreática mostrou que AM, AM1 e GLUC, induziram alterações crescentes no teor de amilase, porém microscopicamente, apenas no tratamento agudo, pequena congestão celular pode ser identificada; estes resultados indicaram apenas indução de leve toxicidade pancreática nas condições experimentais empregadas. A avaliação hepática mostrou elevação sérica de AST induzida pelo tratamento com GLUC por 30 dias (423,2 U/L) em relação ao grupo controle (155,7 U/L) bem como de fosfatase alcalina induzida pelo tratamento por 15 e 30 dias com AM (231,8 e 260,0 U/L, respectivamente) em relação ao grupo controle (163,3 e 183,2 U/L), possíveis indicativos de toxicidade sub-aguda induzida pelos fármacos. No entanto, a análise histológica, não revelou alterações significativas, exceto por leve congestão hepática na administração aguda. Quanto à avaliação renal foi observada leve alteração de parâmetros bioquímicos: aumento significativo na variação de potássio (AM-15 (60,9%); AM1- 3 (45,0%) e 15 (44,2%) e GLUC-3 (40,4%) e 7 dias (53,6%) e sódio (AM- 15 dias (163,8%) em relação ao grupo controle que mostrou para variação de potássio em 3, 7 e 15 dias (-12,6%, -15,7% e -9,6% respectivamente) e para sódio (-0,6%). Já análise histológica apresentou também leve congestão tecidual apenas no tratamento agudo. Estes resultados foram considerados indicativos da não ocorrência de lesões renais). A avaliação cardiovascular não revelou diferenças significativas nas dosagens bioquímicas de CKMB em ambos os protocolos estudados e a análise histológica apresentou apenas leve congestão após administração em dose única no protocolo agudo, assim como nos outros órgãos. Já os sinais de ECG, obtidos após administração por até 30 dias dos fármacos estudados, protocolo sub-agudo, não mostraram diferenças significativas para o intervalo PR e para o complexo QRS houve diferença significativa apenas para AM1 após 15 dias (AM1 28,8% e AM cont 23,1%). Já o intervalo QT apresentou aumento significativo nos tempos de 15 (AM 89,3% e AM cont 71,8%). e 30 (AM 88,4% e AM cont 72,2%). dias para o AM e nos tempos 7 (AM1 103,2% e AM1 cont 84,0%). e 15 (AM1 115,1% e AM1cont 92,2%). dias para o AM1; não tendo sido observada diferença significativa para o GLUC, embora sua administração tenha induzido a aumentos da ordem de 10% neste parâmetro. Quanto à avaliação de QTc, foram observados aumentos significativos: induzidos por AM em todos os tempos avaliados sendo observado os seguintes valores para o período controle e após administração: 131,0% e 161,8% para o tempo de 3 dias; 137,5% e 158,8% para 7 dias; 138,4% e 166,2% para 15 dias e 135,6% e 135,6 % para 30 dias.. e após 7 dias de administração do AM1 (AM1 181,7% e AM1 cont 157,4%). Por outro lado, a avaliação destes parâmetros cardiovasculares após administração de dose única de 500 mg/Kg, no protocolo agudo, não induziu variações significativas em nenhum parâmetro de ECG analisado. Os dados obtidos de pressão arterial (PA) e freqüência cardíaca (FC) no protocolo sub-agudo mostraram, respectivamente, significativa queda da PA induzida por AM1 no tempo 15 dias (PAS 63,0 e PAD 47,4 mmHg) em relação ao grupo controle (PAS 103,8 e PAD 67,2 mmHg),. e significativa bradicardia induzida por AM no tempo de 15 dias (AM 392 bpm e AMcont 432 bpm). Estes resultados mostram que os fármacos AM, AM1 e GLUC não induziram danos cardíacos significativos, indicando relativa segurança na utilização destes nas condições estudadas.Os dados obtidos neste estudo mostraram correlação de toxicidade hepática, renal e cardíaca com o fármaco AM que apresentou maior teor residual de SbIII (0,2%) e correlação de toxicidade renal e cardíaca com o fármaco AM1 que apresentou maior teor residual de potássio (113 mmol/L). No entanto, a análise conjunta dos dados das análises bioquímica, histológica e de alterações de ECG e PA, revelaram uma similaridade e relativa segurança na administração de AM, AM1 e GLUC tanto no protocolo sub-agudo onde foi utilizada a dose de 50 mg SbV/kg/dia por até 30 dias, quanto no protocolo agudo, onde uma dose dez vezes maior (500 mg SbV/kg) foi avaliada, uma vez que não houveram dados que evidenciassem lesões pancreáticas, hepáticas, renais ou cardiovasculares nessas condições experimentaisItem Hepatotoxicity of pentavalent antimonial drug : possible role of residual Sb(III) and protective effect of ascorbic acid.(2013) Kato, Kelly Cristina; Teixeira, Eliane Morais; Reis, Priscila Gomes dos; Barcellos, Neila Marcia Silva; Salaün, Pascal; Campos, Paula Peixoto; Corrêa Junior, José Dias; Rabello, Ana Lúcia Teles; Demicheli, Cynthia Peres; Frezard, Frederic Jean GeorgesPentavalent antimonial drugs such as meglumine antimoniate (Glucantime [Glu; Sanofi-Aventis, São Paulo, Brazil]) produce severe side effects, including cardiotoxicity and hepatotoxicity, during the treatment of leishmaniasis. We evaluated the role of residual Sb(III) in the hepatotoxicity of meglumine antimoniate, as well as the protective effect of the antioxidant ascorbic acid (AA) during antimonial chemotherapy in a murine model of visceral leishmaniasis. BALB/c mice infected with Leishmania infantum were treated intraperitoneally at 80 mg of Sb/kg/day with commercial meglumine antimoniate (Glu) or a synthetic meglumine antimoniate with lower Sb(III) level (MA), in association or not with AA (15 mg/kg/day), for a 20-day period. Control groups received saline or saline plus AA. Livers were evaluated for hepatocytes histological alterations, peroxidase activity, and apoptosis. Increased proportions of swollen and apoptotic hepatocytes were observed in animals treated with Glu compared to animals treated with saline or MA. The peroxidase activity was also enhanced in the liver of animals that received Glu. Cotreatment with AA reduced the extent of histological changes, the apoptotic index, and the peroxidase activity to levels corresponding to the control group. Moreover, the association with AA did not affect the hepatic uptake of Sb and the ability of Glu to reduce the liver and spleen parasite loads in infected mice. In conclusion, our data supports the use of pentavalent antimonials with low residue of Sb(III) and the association of pentavalent antimonials with AA, as effective strategies to reduce side effects in antimonial therapy.Item Medicamentos genéricos no Brasil : panorama histórico e legislação.(2010) Araújo, Lorena Ulhôa; Albuquerque, Kemile Toledo de; Kato, Kelly Cristina; Silveira, Gleiciely Santos; Maciel, Naira Rezende; Spósito, Pollyanna Álvaro; Barcellos, Neila Marcia Silva; Souza, Jacqueline de; Bueno, Márcia; Storpirtis, SílviaA política de medicamentos genéricos foi implantada no Brasil em 1999 com o objetivo de estimular a concorrência comercial, melhorar a qualidade dos medicamentos e facilitar o acesso da população ao tratamento medicamentoso. O processo de implementação dessa política permitiu a introdução e a discussão de conceitos nunca antes utilizados para o registro de medicamentos no Brasil: biodisponibilidade, bioequivalência, equivalência farmacêutica, medicamentos genéricos, sistema de classificação biofarmacêutica e bioisenção. Este artigo apresenta a definição desses conceitos no contexto das leis brasileiras e oferece uma descrição histórica e cronológica da implementação da política de genéricos no Brasil, listando ainda as resoluções que atualmente estão em vigor. Os resultados contribuem para a compreensão do processo e facilitam a busca e a identificação de ensaios necessários para satisfazer os critérios legais.Item Reduced cardiovascular alterations of tartar emetic administered in long-circulating liposomes in rats.(2010) Maciel, Naira Rezende; Reis, Priscila Gomes dos; Kato, Kelly Cristina; Vidal, Alessandra Teixeira; Guimarães, Homero Nogueira; Frezard, Frederic Jean Georges; Barcellos, Neila Marcia Silva; Guimarães, Andrea GrabeTrivalent antimonial drugs, including tartar emetic (TA), are known to induce important cardiotoxicity observed by electrocardiographic abnormalities. Liposome encapsulation was found to reduce the overall acute toxicity of TA. The present work investigated the cardiovascular parameters alterations of rats submitted to the treatment with free and encapsulated TA in long-circulating liposomes. Liposomes were made using lipids DSPC, DSPE-PEG and cholesterol. The cardiovascular signals, electrocardiogram (ECG) and arterial blood pressure (AP), were recorded from anaesthetized Wistar rats after intravenous (IV) administration of a single specially high dose (17 mg/kg) of TA in liposomes and in free form. The IV administration of TA solution caused significant increase of QT interval of ECG and significant reduction of AP when compared to the control group. These alterations were not observed when liposomes TA were administered and the profile of ECG and AP data was quite similar to the control groups. In conclusion, a liposomal formulation of TA showed a reduced cardiotoxic profile for TA when compared to the free form.