Navegando por Autor "Jesus, Ronaldo Pereira de"
Agora exibindo 1 - 9 de 9
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item As ações de liberdade de escravos na justiça de Mariana 1850-1888.(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Dias, Silvania de Oliveira; Jesus, Ronaldo Pereira deDurante séculos a demanda instaurada pelo projeto colonizador elevou as importações e consumiu trabalhadores em ritmo acelerado. Com o passar do tempo e, mesmo com as mudanças políticas observadas no Brasil após a Independência, o país permaneceu sendo um dos maiores consumidores de homens na produção de suas riquezas. Para os escravos africanos e especialmente para seus descendentes, a construção dos laços familiares, afetivos, de amizade, de confiança e solidariedade representou um poderoso mecanismo que auxiliava a sobrevivência no ambiente adverso da escravidão. Abandonar o mundo do cativeiro e ingressar no mundo dos livres era, certamente, uma possibilidade que todos sonhavam e a que dedicavam amplos esforços. Muitos cativos, mesmo após o longo caminho percorrido rumo à liberdade e mesmo após alcançar o direito de viver livremente na comunidade, ainda precisaram permanecer lutando para conquistar de modo efetivo sua condição de libertos. Sob a alegação de “injusto e ilegal cativeiro”, muitos homens, mulheres e crianças, representados por seus advogados e curadores, conduziram seus senhores, ou supostos senhores, aos tribunais, movidos pela esperança de conseguirem provar que eram forros e de poderem usufruir, enfim, dessa condição pela qual tanto sonharam, viveram e lutaram. Entender e demonstrar a relevância das relações sociais na vida dos cativos para se conquistar a alforria e principalmente para se abrir um processo judicial de liberdade contra seus senhores foi a principal proposta deste trabalho. Sem o apoio das pessoas pertencentes ao mundo dos livres, o alcance da justiça ficava inviabilizado para os escravos. Os contatos tecidos e consolidados ao longo dos anos de convivência na sociedade e a capacidade de usá-los em prol do objetivo de liberdade representaram a grande inquietude que nos estimulou a rastrear, através das ações de liberdade, o caminho percorrido pelos escravos na justiça de Mariana. Entender o fundamental papel exercido pelas relações na vida dos escravos, no momento de buscar o amparo da justiça, foi nosso grande desafio ao longo deste trabalho.Item Antiescravismo e racialização em Ouro Preto (1871-1888).(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Silvério, José Carlos; Jesus, Ronaldo Pereira deEsta pesquisa pretende mapear as práticas discursivas presentes nos jornais publicados na cidade de Ouro Preto nas décadas de 1870 e 1880 que tenham tematizado o final da escravidão no Brasil. A análise procura captar os regimes e modos pelos quais a linguagem utilizada nos jornais tratou a questão da escravidão, dos escravos, dos negros e afrodescendentes em geral no momento em que a luta pela liberdade tomou novos impulsos a partir da Lei do Ventre Livre em 1871. Através do conceito de racialização discutimos a emergência de parâmetros e critérios sobre os quais se desenvolvia um novo traçado das desigualdades sociais.Item Cultura associativa e estratégias de organização no Rio de Janeiro Imperial : associações de imigrantes portugueses na corte (1860-1889).(2014) Reis, Odair John Dias dos; Jesus, Ronaldo Pereira deEste estudo que ora se apresenta tem como finalidade mais ampla dar continuidade ao processo de expansão da pesquisa sobre o fenômeno associativo no Brasil, especialmente no Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX. O trabalho analisa, em particular, as associações beneficentes de imigrantes portugueses na corte imperial, tendo como base documental os registros de criação ou reformulação dos estatutos das associações beneficentes de imigrantes criadas na cidade do Rio de Janeiro. A ênfase recaiu no tratamento das associações beneficentes (de ajuda mútua, socorros mútuos), entendidas como manifestações de solidariedades horizontais, características do período de crise dos mecanismos culturais e políticos de dominação senhorial.Item Em busca das formas de consciência : as lutas operárias contra a carestia no Rio de Janeiro (1912-1918).(2014) Alves, Kaio César Goulart; Jesus, Ronaldo Pereira deEsse estudo analisa dois momentos do processo de formação da classe trabalhadora na cidade do Rio de Janeiro, o movimento contra a carestia de 1913, e a campanha contra a carestia de 1917. Pretende-se compreender como foi produzida a mediação cultural responsável por legitimar a ida dos operários da então Capital Federal para as ruas, em protestos contra o aumento do custo de vida e pela conquista de direitos sociais. Um segundo objetivo, de caráter mais genérico, diz respeito ao entendimento de como se deu a relação entre as lutas operárias contra a carestia e a ascensão do movimento operário de orientação sindicalista revolucionária no Rio de Janeiro.Item História do Estatuto do Trabalhador Rural : embates políticos na configuração da extensão da legislação trabalhista ao campo no Brasil (1960-1963).(2022) Magalhães, Renan Vinicius; Queler, Jefferson José; Queler, Jefferson José; Dezemone, Marcus Ajuruam de Oliveira; Pinto, Surama Conde Sá; Zangelmi, Arnaldo José; Jesus, Ronaldo Pereira deO Estatuto do Trabalhador Rural foi uma importante legislação trabalhista destinada a regular a lida do campo no Brasil. O pensamento agrário brasileiro, em meados do século XX, demonstra como setores intelectuais estavam formulando a questão agrária, no Brasil, por dois principais vieses, a extensão da Legislação Trabalhista ao campo e a reforma agrária, bem como a disputa em torno deste conceito e sua implementação. Através da análise de fontes documentais, principalmente o Diário do Congresso Nacional, constatou-se que o processo de criação desta lei foi complexo e longo, iniciado em 1960 enquanto Projeto de Lei 1837/1960, proposto pelo deputado federal Fernando Ferrari. O PL foi discutido na Câmara e no Senado, passando por transformações intensas que atribuíram, aos camponeses, direitos antes negados, como a aposentadoria. Nesse processo, houve grande oposição de parlamentares que tinham por interesse a manutenção das relações de trabalho e da propriedade de terras. Contudo, as intensas lutas dos trabalhadores rurais pressionaram o governo para a aprovação da lei, ao mesmo tempo, esta medida foi otimizada pelo governo como uma forma de aplacar os conflitos sociais do campo ou, de outro modo, conduzir as alterações no meio rural antes que estas fossem feitas pelos camponeses, por meio de uma revolução. Essas questões foram primordiais na aprovação da lei sancionada pelo presidente João Goulart, em 1963, determinando um momento singular na história agrária brasileira e na efetivação da extensão da legislação trabalhista ao campo.Item Identidade e cultura das classes trabalhadoras em Belo Horizonte no início do século XX (1893-1930).(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2011) Passos, Daniela Oliveira Ramos dos; Jesus, Ronaldo Pereira deEste trabalho tem por objetivo investigar a formação e organização dos trabalhadores na cidade de Belo Horizonte entre os anos de 1893 a 1930. Analisamos, através de variada documentação, as tendências associativas e os elementos políticos, ideológicos e culturais presentes nas classes trabalhadoras da nova capital mineira. Compreendemos que as ações empreendidas pelas associações classistas, em busca de melhores condições de trabalhos e vida constituíram-se de práticas reformistas, onde procuravam consolidar os direitos trabalhistas através dos meios legais. Além deste fator, entendemos que a intervenção do governo na construção e no planejamento da cidade de Belo Horizonte, foi fundamental para influenciar a formação da ideologia reformista das classes operárias belorizontinas. Assim, os trabalhadores de Belo Horizonte passaram a se organizar reunindo-se em associações com características mutuais ou mesmo em entidades cujo objetivo girava em torno da defesa e da conquista dos direitos e interesses dos operários, desenvolvendo práticas voltadas para a elaboração e o envio de petições ao Congresso ou mesmo através dos apelos e reclamações publicados nos jornais operários da época. Procuramos dimensionar a formação das classes operárias em Belo Horizonte, dentro do contexto de construção da cidade capital, tentando delimitar o caráter reformista das entidades, associações e centros classistas.Item Resistência e integração : as classes trabalhadoras e a criação de sindicato único e oficial no Rio de Janeiro.(Editora UFOP, 2012) Jesus, Ronaldo Pereira deItem O segundo governo Vargas e o trabalhador rural : propostas políticas por uma legislação trabalhista no campo (1950-1954).(2016) Magalhães, Renan Vinícius; Queler, Jefferson José; Freixo, André de Lemos; Zangelmi, Arnaldo José; Jesus, Ronaldo Pereira deA presente dissertação trata sobre a extensão da legislação trabalhista ao campo no segundo governo Vargas (1950-1954). Desse modo, investigamos na campanha eleitoral do candidato, quais foram suas propostas para levar ao meio rural tais benefícios. Após sua vitória no pleito, procuramos quais foram os projetos de lei debatidos no seu governo para o trabalhador rural, os que foram aprovados, rejeitados, quais sujeitos participaram desse debate, se colocando favoráveis ou contrários às proposições. Dessa forma, como aponta Norberto Bobbio, buscamos desnaturalizar as leis, atribuindo-as a lutas e conquistas dentro de um tempo histórico e de uma cultura política, tendo-as como manifestação de interesses de grupos sociais. A análise dos projetos e da campanha política no segundo governo Vargas também se deu em observação aos jornais Correio da Manhã e Última Hora, assim, buscou-se entender como esses periódicos manifestaram sua opinião em relação à volta de Vargas ao poder e os projetos que levariam a legislação trabalhista ao campo. Nesse sentido, dedicamos uma análise ao Serviço Social Rural, projeto tido por Vargas como a extensão prometida em sua campanha. Ao nosso ver, o projeto em questão não se estabeleceu como efetivação dos benefícios propostos pelo Presidente, e esse descompasso se corrobora ao mesmo tempo em que verificamos outras propostas que em sua constituição trariam os direitos da legislação social ao campo, mas que foram todas arquivadas, manifestando, também, o poder que os grandes proprietários rurais tinham naquele momento.Item As viagens de D. Pedro II à Província de Minas Gerais em 1881 : festividades, política e ciência.(Programa de Pós-Graduação em História. Departamento de História, Instituto de Ciências Humanas e Sociais, Universidade Federal de Ouro Preto., 2012) Alvarenga, Susiely; Jesus, Ronaldo Pereira deAs duas últimas décadas de existência da Monarquia brasileira foram de grande agitação no âmbito político e social. A instituição, assim como a representação imperial, sofreram fortes abalos, provenientes das críticas advindas do setor militar, da elite senhorial e dos adeptos dos ideais republicanos. Nesse contexto, o Imperador do Brasil, D. Pedro II, realizou pela primeira vez viagens ao exterior e deu continuidade às excursões pelo país. No ano de 1881 o Monarca esteve no interior da província de Minas Gerais em dois momentos distintos, primeiramente, entre os meses de março e maio, e posteriormente, em agosto. Através dos jornais do período e do diário de viagem, fontes centrais no desenvolvimento da pesquisa, nos foi possível realizar uma reconstituição destas visitas, assim como perceber que ao realizá-las, D. Pedro II incorporou elementos até então presentes, sobretudo, nas viagens ao exterior, à sua posição e atuação como governante do Império, ou seja, interligou o cidadão do mundo, ao homem político. Hipoteticamente, levantamos as possíveis motivações públicas e pessoais que impulsionaram o deslocamento do Monarca a Minas Gerais nesses dois momentos distintos.