Navegando por Autor "Gomes, Iasmin do Prado"
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Item Feminismos e catolicismo no Chile ditatorial : a atuação de exiladas na revista Mensaje (1982-1990).(2023) Gomes, Iasmin do Prado; Reis, Mateus Fávaro; Reis, Mateus Fávaro; Costa, Adriane Aparecida Vidal; Dorella, Priscila RibeiroO seguinte trabalho objetiva investigar como as relações entre feminismos e catolicismos estabelecidas durante a ditadura militar do Chile (1973-1990) corroboraram para a atuação de exiladas na revista Mensaje nos anos de 1982 a 1990. O recorte temporal sinalizado corresponde à data da publicação do texto mais questionador sobre o exílio feminino publicado no impresso Mujeres en el exilio: la percepción del exílio en las mujeres exiliadas en Francia, de autoria de Ana Vásquez, exilada chilena em Paris e socióloga com estudos na área de psicossociologia e o fim do Estado ditatorial, respectivamente. Mensaje é uma revista católica que circula no Chile e no exterior até os dias atuais. Foi fundada em 1951 pelo jesuíta Padre Hurtado, membro da Companhia de Jesus, e tem como um de seus propósitos retratar para o seu público as realidades nacional e internacional de maneira crítica e cristã. A principal hipótese desta pesquisa é que a atuação de exiladas no corpo editorial do impresso ocorreu devido a fatores como a crise econômica de 1982, as manifestações populares iniciadas em 1983 e o retorno de exiladas e exilados ao país de origem (Chile). Ressaltamos que entre as finalidades do projeto estão mostrar como feminismo, política e religião podem ser áreas articuladas e contribuir para a descentralização do sujeito universal masculino existente na historiografia, representado pelo homem cis, branco, hétero e sem deficiência. Será analisado como o feminismo materializado nas produções da revista se relaciona com as segundas ondas dos feminismos chilenos e latino-americanos, explicitando como o seu conteúdo e as trajetórias das sujeitas que o desenvolveram fomentaram a escrita da História das Mulheres do Chile, o rompimento com a dicotomia público-privado, a luta contra o autoritarismo, a união entre teoria e prática cotidiana, a formação de instituições e eventos compostos por mulheres e a construção de debates altamente políticos que conectaram feminismos, exílios e catolicismos.