Navegando por Autor "Ferreira, Carlos Roberto"
Agora exibindo 1 - 11 de 11
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Adsorção de óleo diesel em resíduo de esteatito e sua incorporação em cerâmica.(2016) Souza, Heloisa Neves de; Reis, Érica Linhares; Lima, Rosa Malena Fernandes; Ferreira, Carlos Roberto; Luz, José Aurélio Medeiros daO esteatito é uma rocha que representa importante papel na economia de alguns distritos de Ouro Preto – Minas Gerais, sendo a principal matéria-prima utilizada no artesanato local. O processo de fabricação das peças artesanais gera uma grande quantidade de finos que, normalmente, são depositados próximo às oficinas sem nenhuma forma de controle. O talco é o principal mineral que compõe o esteatito e é um importante mineral naturalmente hidrofóbico de alta área superficial específica; o que o torna um potencial adsorvente de óleos. A contaminação de ambientes por óleos é comum em diversos setores produtivos, ocorrendo, inclusive, nas oficinas de artesanato em pedra-sabão. A adsorção de óleo em minerais hidrofóbicos/oleofílicos tem sido usada no tratamento de contaminações ambientais por óleos. Este trabalho apresenta estudos de adsorção de óleo diesel em resíduos finos de esteatito gerados por oficinas de artesanato do distrito Santa Rita de Ouro Preto - MG. A adsorção média de óleo diesel no resíduo foi de aproximadamente 1,79g/g em sistema abundante em óleo com tempo de contato de 2 horas e tempo de repouso de 30 minutos. Avaliou-se a influência da calcinação do resíduo na sua capacidade de adsorção e, sendo obtido valores de adsorção em torno de 1,2g/g no tempo de contato de 30 minutos e repouso de 5 minutos. O resíduo de esteatito e o resíduo de esteatito adsorvido de óleo foram posteriormente adicionados a massa de solo argiloso para fabricação de cerâmica vermelha. Avaliou-se nessa sessão do trabalho a influência da pressão de compactação dos corpos de prova (14MPa e 28MPa), da temperatura de queima dos corpos (850°C e 1000°C) e da composição (solo argiloso puro - substituições de 5% e 15% da massa de solo por finos de pedra-sabão e 5 e 15% em substituição ao solo por finos de pedra são com óleo diesel adsorvido). Os resultados obtidos mostraram que os corpos de prova solo-finos com substituição de 15% da massa de solo por resíduo de esteatito, compactados a 28MPa e queimados a 1000°C apresentaram as melhores características de retração linear de queima, absorção de água e resistência à compressão simples. Mas a presença de óleo na composição, de maneira geral, não afetou as características da cerâmica.Item Aproveitamento de finos de minério de manganês para aglomeração por briquetagem.(2021) Barbosa, Paôlla de Carvalho; Reis, Érica Linhares; Reis, Érica Linhares; Ferreira, Carlos Roberto; Luz, José Aurélio Medeiros daA geração de finos durante o beneficiamento de minérios de manganês é um grande problema enfrentado pelo setor mínero-metalúrgico. Além das dificuldades de armazenamento e transporte deste material fino, tem-se a impossibilidade de utilizá-lo como carga nos fornos elétricos, devido às obstruções que o mesmo pode causar nos canais por onde os gases produzidos no forno percolam, acarretando em uma diminuição na produtividade e consequentemente, uma elevação no custo de produção, além do aumento da possibilidade de engaiolamento e explosão. Desta forma, a necessidade de recuperar estas partículas finas levou ao desenvolvimento das tecnologias de aglomeração, que possuem como objetivo o aproveitamento comercial desses materiais, diminuindo assim, o impacto ambiental gerado por eles, e proporcionando um maior aproveitamento do recurso já explotado e consequentemente, uma maior geração de renda. Neste contexto, este trabalho surge com a proposta de produzir briquetes a partir de finos gerados no beneficiamento de um minério de manganês, pertencente a uma pequena mineradora localizada no distrito manganesífero de São João Del Rei (MG). Para isso, foi realizada a caracterização do produto fino de minério de manganês estocado como passivo ambiental, bem como do rejeito desse processo de beneficiamento que também foi utilizado como insumo para a produção dos briquetes. As variáveis avaliadas em dois níveis neste trabalho, foram: pressão de compactação (20 e 25 MPa), tempo de cura (7 e 28 dias), porcentagem em massa de aglutinante (5 e 10%) e substituição de parte do produto fino de minério de manganês por rejeito (0 e 10%). Foram realizados ensaios de qualidade para avaliar as propriedades: resistência à compressão, à abrasão e ao impacto e absorção e resistência à água. A influência das variáveis sobre as respostas obtidas foi avaliada a partir do planejamento experimental fatorial, e para as melhores composições, foram realizados os ensaios adicionais de caracterização química-estrutural, determinação do tempo de armazenamento e crepitação. Conforme análise granulométrica, a amostra de produto fino se apresenta em uma ampla faixa granulométrica (entre 5,6 mm e 0,038 mm), enquanto o rejeito possui uma expressiva porcentagem de partículas abaixo de 0,038 mm (cerca de 30%). A caracterização química apontou os teores do elemento útil nas duas amostras, e a partir daí foi possível definir uma porcentagem ideal de substituição do produto fino por rejeito na mistura dos briquetes. Os ensaios de qualidade apontaram que as duas melhores composições de briquetes foram, em ordem: BMC1 (10% de cimento Portland, 10% de rejeito de Mn, pressão de compactação de 25 MPa e 7 dias de cura) e BMC2 (10% de cimento Portland, pressão de compactação de 25 MPa e 28 dias de cura). A partir dos ensaios adicionais para estas composições, foram encontrados na caracterização química-estrutural, os minerais: espessartita, todorokita, pirolusita, criptomelana, bixbyita e quartzo e foi possível observar a heterogeneidade granulométrica das composições e a diferença de porosidade entre elas. Pelos ensaios de crepitação, os briquetes foram classificados como de ótima qualidade, uma vez que os índices de crepitação se apresentaram inferiores ao valor máximo aceitável. Os ensaios de tempo de armazenamento indicaram que para as duas melhores composições, os briquetes responderam de forma satisfatória ao armazenamento por 3 meses em ambiente seco e temperatura ambiente.Item Avaliação térmica e estrutural de portas secas usadas em fornos de reaquecimento de placas para laminação de tiras de aço a quente.(2022) Carvalho, Lays Augusta Leal; Assis, Paulo Santos; Campos, Alex Milton Albergaria; Assis, Paulo Santos; Ferreira, Carlos Roberto; Murta, Jorge Luiz BresciaOs materiais refratários são amplamente utilizados em indústrias siderúrgicas pois além de resistirem a situações que envolvem elevadas temperaturas, são desenvolvidos para atenderem as demandas associadas à resistência mecânica. Assim, para que os fornos e os equipamentos siderúrgicos tenham uma boa performance, é necessário que eles sejam revestidos com materiais refratários apropriados, e uma instalação economicamente viável. Na laminação de tiras a quente, os fornos de reaquecimento de placas utilizam refratários, de várias composições, compatíveis com as solicitações de uso. E, nesses fornos, as portas de desenfornamento requerem atenção especial por se encontrarem em um ambiente agressivo quimicamente, de temperaturas e de tensões variadas. Comumente são usadas portas refrigeradas a água, que possuem algumas desvantagens quanto à manutenção e ao uso constante de água, porém há a alternativa do uso de uma porta seca que apresentam muitas vantagens em relação a porta refrigerada, trazendo ganhos econômicos e ambientais. Sendo assim, este trabalho tem por objetivo, através do estudo térmico e estrutural e da análise da qualidade de fabricação e montagem dos blocos refratários, de avaliar o uso da porta seca nos fornos de reaquecimento da laminação de tiras a quente da ArcelorMittal Tubarão. A metodologia foi realizada através de modelagem computacional utilizando Ansys, com base nas temperaturas em que as portas de desenfornamento estão submetidas e outras variáveis do sistema de refratamento adotado. Assim, de posse de informações como densidade, temperatura interna do forno, temperatura ambiente, coeficiente de convecção entre a porta e o ambiente e emissividade da estrutura, foi possível fazer a modelagem térmica e estrutural da porta utilizando o software e selecionar os materiais de revestimento para o forno de reaquecimento para laminação de tiras a quente.Item Caracterização de minérios do distrito manganesífero de São João Del Rei (MG) com ênfase no rendimento da produção de ferro-ligas.(2020) Costa, Adriana Baldessin; Reis, Érica Linhares; Lima, Rosa Malena Fernandes; Reis, Érica Linhares; Luz, José Aurélio Medeiros da; Ferreira, Carlos RobertoMais de 90% da produção mundial de manganês é direcionada para consumo metalúrgico na fabricação de ligas, entretanto é limitado o nível de conhecimento sobre as características geometalúrgicas desses minérios, uma vez que essas características influenciam grande parte da operacionalidade dos reatores siderúrgicos. Sendo assim, o presente trabalho contempla estudos de caracterização física, química, mineralógica e ensaios com respostas metalúrgicas como tamboramento e crepitação para minério de manganês de duas minas do distrito manganesífero de São João Del Rei, Totonho e Penedo. No caso dessas minas, estes estudos são pioneiros no que tange um aprofundamento das correlações do tipo e qualidade do minério com seu comportamento metalúrgico em escala laboratorial. As amostras de minérios de cada mina foram classificadas em global, em três tipos de produtos (granulado, intermediário e finos) e numa faixa granulométrica (+19,0-6,3mm) que atende as especificações para fornos elétricos a arco de redução (FER) segundo padrão ISO 8731 de crepitação, granulado ideal. As análises químicas foram feitas através de titulação e espectrometria de emissão atômica. As análises mineralógicas utilizaram as técnicas de difração de raios X e para o granulado ideal também se usou a microscopia ótica, imagens de elétrons retroespalhados (MEV) e espectroscopia por energia dispersiva (EDS). Os ensaios metalúrgicos foram adaptados das referência para minérios de ferro, ISO 3271 de tamboramento e ISO 8731 de crepitação. Nos testes de crepitação avaliou-se o impacto da umidade e do tratamento térmico nas amostras de granulado ideal. O minério de manganês da mina de Totonho é composto majoritariamente por Mn, Fe, SiO2 e Al2O3 com os seguintes valores 30,8%, 5,2%, 25,4% e 12,1%, respectivamente. Já para Penedo foram obtidos os respectivos valores de 25,3%, 11,7%, 21,3% e 11,1%. Os minérios analisados apresentaram os minerais espessartita, todorokita, quartzo e dolomita em sua constituição mineralógica. Outros minerais de manganês como pirolusita e criptomelana também foram identificados nas amostras de granulado ideal da mina de Totonho e Penedo, entretanto não em todas as faixas granulométricas. Os estudos de termogravimetria mostraram que os minérios apresentaram perdas de massas, principalmente, associadas a eliminação de água estrutural das fases hidratadas todorokita e goethita e pela decomposição térmica dos óxidos pirolusita e criptomelana, além da decomposição do carbonato de cálcio e magnésio pela dolomita. Tanto para os testes de tamboramento quanto de crepitação, as amostras de granulado ideal mostraram alta susceptibilidade na geração de finos e a faixa granulométrica de maior susceptibilidade foi em 6,3mm. A umidade aumentou de forma significativa a produção de finos nesta faixa durante a crepitação para ambas as amostras. Entretanto, após o tratamento térmico a 200° C durante 48 horas, as amostras exibiram uma redução de 27% no índice de crepitação para Totonho e 35% para Penedo. A redução dos índices de crepitação significa uma redução do excesso de finos e com isso uma melhor permeabilidade dos gases no forno e mais eficiência nas reações de trocas térmicas promovendo ganhos em rendimento térmico e produtivo.Item Estudo do Índice de Excesso de Oxigênio (IEO) e sua relação com injeção de carvão mineral e gás natural em alto-forno.(2020) Moreira, Victor Eric de Souza; Assis, Paulo Santos; Bastos, Henrique Guilherme Lucas; Silva, Guilherme Liziero Ruggio da; Assis, Paulo Santos; Ferreira, Carlos Roberto; Murta, Jorge Luiz BresciaA pesquisa propôs definir uma equação para determinar o potencial de oxidação da zona de combustão, denominado como Índice de Excesso de Oxigênio (IEO) e estabelecer uma relação entre este e o percentual de enriquecimento do ar soprado, a taxa de injeção de carvão mineral pulverizado e a taxa de co-injeção de carvão e gás natural em várias faixas de produção. Utilizou-se de modelagem matemática, a fim de se obter qual seria a faixa de valores ótimos dessas variáveis, com foco no melhor aproveitamento do oxigênio que enriquece o ar soprado, maior taxa de injeção de combustíveis auxiliares e menor consumo de coque. Foi possível calcular a taxa de substituição com processos de injeção de carvão mineral e de co-injeção de carvão e gás natural e compara-las. Foi obtido uma fórmula para cálculo do IEO para o Alto-Forno objeto do estudo aplicada tanto para o processo de injeção de carvão mineral quanto para co-injeção, onde foi evidenciado IEO para Injeção de Carvão com média de 2,53 e desvio padrão de 0,20 e IEO para Co-injeção com média de 1,57 e desvio padrão de 0,11. Construiu-se um modelo matemático que relaciona Produção Diária, Temperatura de Chama, Taxa de Injeção de Combustíveis e Percentual de Enriquecimento como variáveis preditoras do valor de IEO, para ambas as práticas de injeção, com aplicabilidade satisfatória. Através do modelo construído, foi possível construir diagramas para identificar a faixa de valores de IEO típica do processo bem como uma faixa alternativa, com valores menores para o IEO, possíveis, e sem grandes impactos na temperatura de chama, na temperatura do topo e na taxa de substituição, auxiliando assim um planejamento otimizado das principais variáveis envolvidas no processo de injeção.Item Estudo do tratamento térmico superficial por indução eletromagnética de alta frequência para hastes de sondagem geológica.(2018) Jardim, Marcus Vinícius da Silva; Araújo, Fernando Gabriel da Silva; Macedo, Marciano Quites; Araújo, Fernando Gabriel da Silva; Macedo, Marciano Quites; Ferreira, Carlos Roberto; Solé, Rubén Antonio Llobell; Faria, Geraldo Lúcio deA têmpera e o revenimento, empregados em hastes para perfuração, atribuem uma durabilidade média cinco vezes maior do que em hastes não tratadas. Este trabalho estuda o tratamento térmico de têmpera e revenimento em hastes trefiladas e hastes laminadas de aço SAE4130 nacionais, por indução eletromagnética em baixa e/ou em alta frequência, comparando microestrutura e dureza finais com haste comercial internacional de alto desempenho. A caracterização das hastes foi realizada por meio de técnicas de microscopia óptica e eletrônica de varredura, além de ensaios de dureza. A haste nacional trefilada alcançou resultados similares aos encontrados na haste comercial, após os tratamentos térmicos em baixa e alta frequência. Grãos de ferrita poligonal nuclearam na camada superficial dos dentes da rosca externa, semelhantes aos observados na haste comercial, porém em menor fração volumétrica e tamanho. As durezas obtidas nos dentes do perfil de rosca externa atingiram o valor de 52HRc, como na haste comercial, enquanto os vales atingiram valores de 35HRc. Esses resultados mostraram que a haste nacional de aço SAE4130, tratada por indução em alta frequência, é capaz de substituir a haste comercial importada apresentando boas propriedades mecânicas.Item Modelamento físico e numérico do Coal-Bunker.(2022) Oliveira, Iara Patrícia Vieira de; Assis, Paulo Santos; Bernardes, Américo Tristão; Silva, Guilherme Liziero Ruggio da; Assis, Paulo Santos; Ferreira, Carlos Roberto; Silva, Guilherme Liziero Ruggio da; Murta, Jorge Luiz BresciaConhecer o comportamento do fluxo granular da mistura de carvões no interior dos silos é fundamental, pois irregularidades durante o carregamento e o descarregamento podem impactar diretamente na produtividade e, em alguns casos mais extremos, na interrupção completa ou parcial do fluxo, impactando diretamente na operação dos fornos de coqueificação. O Coal Bunker tem um papel fundamental para uma operação estável e contribui diretamente com a competitividade e estabilidade operacional das coquerias. Portanto, este trabalho propõe o modelamento do fluxo granular da mistura de carvões no Coal Bunker, por meio de duas abordagens distintas: um modelo experimental em escala reduzida; e um modelo numérico computacional utilizando o método dos elementos discretos (MED), implementado no código comercial YADE. O modelo virtual reproduziu todas as características e condições do aparato experimental. Os dados gerados a partir dos testes no modelo físico foram utilizados para a validação do modelo computacional. Nos dois modelamentos foram avaliados a vazão mássica durante a descarga, o perfil de escoamento da carga, o efeito do atrito nas paredes do silo, a presença da segregação e a influência de algumas propriedades do carvão no fluxo granular, como: granulometria, umidade e densidade de carga. Apesar da modelagem do fluxo granular sob condições de carregamento e descarregamento ser um problema difícil de ser modelado, dada a natureza discreta do meio, o MED se mostrou uma excelente ferramenta e modelou corretamente o fluxo da mistura de carvões no Coal Bunker. Os resultados mostraram que a capacidade dos modelos físico e computacional, de prever o comportamento do fluxo da mistura de carvões no silo, foi satisfatório. Os resultados obtidos das simulações concordam com os experimentos não apenas sobre a vazão mássica, mas também sobre os padrões de escoamento da carga ao longo do processo de descarga. Foi identificado um mecanismo de segregação granulométrica no interior do silo, no qual foi observado uma ligeira maior presença de finos nas tremonhas centrais. Em se tratando da influência da altura da coluna da carga sob o escoamento, o mais indicado é trabalhar com o silo a uma capacidade superior a 80 % do volume total, atingindo uma maior vazão mássica. Os resultados, tanto no modelo físico quanto no computacional, apontam que as partículas têm distintas velocidades verticais, devido a ação do atrito, resultando em diferentes tempos de permanência no silo e não uniformidade no descarregamento da carga.Item Produção de coroas por indução eletromagnética para sondagem em quartzito.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2010) Ferreira, Carlos Roberto; Araújo, Fernando Gabriel da SilvaNeste trabalho, são estudados os parâmetros de produção, as características estruturais e o desempenho de coroas de perfuração usadas em operações para sondagem geológica. As coroas produzidas consistiram de compósitos metal - diamante, com diferentes ligas infiltrantes e diamantes industriais, consolidados através de aquecimento por indução eletromagnética, em moldes de grafite. Os experimentos visam otimizar os parâmetros de produção de coroas por indução eletromagnética em diferentes formulações, para que possam alcançar altos desempenhos operacionais de durabilidade, eficiência e custos. Foram determinados os parâmetros eletromagnéticos, as condições de tempo e de temperatura, que produzem coroas com características adequadas às operações de perfuração para sondagem geológica em quartzito, em função das ligas metálicas utilizadas. Foram usadas, como constituintes das “matrizes” das coroas, misturas de ligas metálicas pulverizadas contendo W e Co. O material de cobertura utilizado foi composto por uma mistura de pós de W e Fe e os materiais infiltrantes foram uma liga contendo Cu, Zn e Sn e outra contendo Cu, Ag e Ni. A produção de coroas por indução eletromagnéticas permitiu reduzir o tempo total, para conformação, de 70 minutos, em fornos convencionais, para 3 a 5 minutos em fornos de indução. As coroas de perfuração infiltradas com a liga Cu-43Zn-1Sn apresentaram dureza superiores àquelas infiltradas com a liga Cu-39Ag-1Nie , de modo geral, as coroas obtidas com aquecimento por indução eletromagnética apresentaram valores de dureza pouco superiores àqueles medidos nas coroas de mesma composição, porém processadas por aquecimento em forno convencional, tipo mufla, de aquecimento resistivo. Os resultados dos testes de desgaste revelaram que a diminuição da granulometria dos pós de W, o aumento da porcentagem de Co em substituição à fração de W e o aquecimento por indução eletromagnética permitem obter matrizes metálicas, para produção de coroas de perfuração, de menor coeficiente de desgaste para o tribosistema com lama abrasiva de SiO 2 . Após teste de campo pode- se concluir que a adição de 10 % em peso de Co a uma matriz de pó de W promove o aumento da eficiência da operação de perfuração, em quartzito, em até 81%Item Tratamento térmico por indução eletromagnética de hastes de aço SAE 1045 para sondagem geológica.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais. Rede Temática em Engenharia de Materiais, Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação, Universidade Federal de Ouro Preto., 2004) Ferreira, Carlos Roberto; Araújo, Fernando Gabriel da SilvaO presente estudo emprega tratamento térmico, por indução eletromagnética, em tubos de aços nacionais sem costura, para produção de hastes para sondagem geológica, visando adequá-las a alcançarem desempenhos operacionais de durabilidade e eficiência equivalentes aos das hastes comerciais importadas, com possibilidade de redução de custos. O projeto global, do qual este trabalho é parte integrante foi contratado e financiado pela FINEP, co-financiado pela GEOSOL Ltda e executado por uma parceria entre a GEOSOL, a Fundação Gorceix, a Fundação Victor Dequech e a REDEMAT. Foram determinados, através de análises químicas, metalográficas, ensaios mecânicos e testes de campo, parâmetros adequados de tratamento térmico por indução eletromagnética, para as etapas de têmpera e revenimento, a fim de se obter hastes de perfuração nacionais de alto desempenho. As hastes de sondagem, com 3 (três) metros de comprimento foram tratadas termicamente apenas em suas extremidades, nas regiões onde são usinadas as roscas. A determinação dos parâmetros de operação do equipamento, para têmpera e revenimento por indução eletromagnética de tubos sem costura em aço SAE1045, para confecção de hastes de sondagem, permitiu produzir um perfil de dureza sem grandes flutuações de valor, decaindo suavemente de um valor máximo próximo a 45HRc na extremidade, para um valor mínimo próximo a 35HRc no final da região tratada.Os resultados finais obtidos mostram que as hastes produzidas apresentaram alto desempenho nos testes de campo, quando comparadas com aquelas importadas de dois grandes fabricantes internacionais.Item Tratamento térmico por indução eletromagnética em tubos de aço SAE 1045 para produção de hastes de sondagem geológica.(2004) Ferreira, Carlos Roberto; Araújo, Fernando Gabriel da Silva; Oliveira, Cristovam Paes de; Cota, André BarrosEsse trabalho descreve o tratamento térmico por indução eletromagnética em tubos sem costura para a produção de hastes para sondagem geológica. São determinados, através de análises metalográficas e ensaios mecânicos, os parâmetros ideais para as etapas de têmpera e revenido, a fim de obter hastes nacionais tratadas com qualidade similar às disponíveis no mercado internacional. A determinação dos parâmetros operacionais do equipamento de indução eletromagnética, para têmpera e revenimento de tubos de aço SAE-1045, utilizados na confecção das hastes, permitiu obter um perfil de dureza sem grandes flutuações de valor, variando suavemente de um valor máximo próximo a 45HRc na extremidade externa da faixa tratada, para um valor mínimo próximo a 35HRc, no final da mesma.Item Uso de energia solar fotovoltaica na indústria de ferroligas: análise de viabilidade para o setor de ferroligas e estudo de caso aplicado a uma usina de Ferro-Manganês.(2018) Silva, Lucas Gibram Leite e; Vieira, Cláudio Batista; Assis, Paulo Santos; Vieira, Cláudio Batista; Ferreira, Carlos Roberto; Dias, Wagner Pires; Araújo, Fernando Gabriel da Silva; Assis, Paulo SantosA indústria brasileira de ferroligas enfrenta um cenário altamente competitivo contra mercados externos. Dentre os fatores determinantes do preço de mercado desses produtos, a energia elétrica se destaca como sendo um dos principais insumos. Sendo assim, a possível indisponibilidade ou aumento do preço da energia, impactam diretamente a cadeia de ferroligas. Por outro lado, o mercado de energias renováveis, especialmente o de energia solar fotovoltaica (ESFV) apresenta grande crescimento devido ao avanço tecnológico e recente regulamentação. Relacionando os dois contextos, este trabalho estuda uma forma de aplicar o bom momento do setor de energia solar fotovoltaica à indústria de ferroligas. Inicialmente, buscaram-se os dados atualizados do setor das ferroligas de modo a criar um modelo de usina com os valores médios de produção e consumo de energia elétrica, chamada ferroliga-modelo. Para a Ferroliga-modelo foi dimensionada uma usina solar fotovoltaica (USFV) que atendesse ao consumo. A USFV foi simulada em quatro cenários, conforme a legislação, e verificada sua viabilidade econômica. Da mesma forma, calculouse a viabilidade em um estudo de caso teórico, por meio de dados de uma indústria real de ferro-manganês, de modo a validar o modelo. A partir desse estudo, verificou-se a viabilidade de implementar a energia solar fotovoltaica à indústria de ferroligas. O comparativo do custo nivelado de energia aponta, segundo as premissas de cálculo utilizadas, que a ESFV possui um custo menor que a convencional, seja mercado livre ou cativo. Além disso, o investimento necessário, pelos resultados encontrados, possui atratividade do ponto de vista de mercado financeiro.