Navegando por Autor "Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira"
Agora exibindo 1 - 20 de 31
- Resultados por Página
- Opções de Ordenação
Item 1492 : partos do fecundo oceano - relatos históricos sobre o descobrimento da América em dois tempos (as Décadas de Anglería e de Herrera).(2014) Reis, Anderson Roberti dos; Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraO artigo busca analisar as concepções de tempo e de escrita da história em dois cronistas, Pedro Mártir de Anglería e Antonio de Herrera y Tordesillas, ambos narradores dos eventos de 1492 em forma de “Décadas”. O primeiro escrevendo no calor dos acontecimentos, na virada do XV para o XVI, e o segundo, no início do século XVII. Para atingir tais objetivos, buscamos uma contextualização de suas produções e procuramos verificar como suas concepções de história e de narrativa ligavam-se a preceitos políticos e providenciais. Além disso, realizamos uma discussão sobre o próprio conceito de crônica e seus modos de registrar a história espanhola como um fenômeno atlântico ao longo do século XVI, mostrando o modo pelo qual as fórmulas de Anglería e de Herrera relacionavam-se com a tradição e a modernidade.Item À margem do texto : estudo dos prefácios e notas de rodapé de Casa Grande & Senzala.(2013) Ramos, Vanessa Carnielo; Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraTendo em vista a importância de Gilberto Freyre para os estudos historiográficos do Brasil, bem como sua obra Casa-Grande & Senzala, a presente dissertação pretende analisar de forma minuciosa as margens que compõem tal obra, ou seja, os paratextos que envolveram a construção do livro: prefácios e notas de rodapé. Com o habitual costume de modificar sua escrita, o referido autor abusou dos acréscimos e retiradas de ambos artifícios para consolidar sua obra perante o meio intelectual. Neste sentido, esta pesquisa se propõe a refletir como estas alterações contribuíram de forma pontual na legitimação de Casa-Grande & Senzala.Item Argentina : um país erguido no vazio.(2022) Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraItem Através da Pátria Brasileira : possibilidades de narrativa acerca do indígena brasileiro em livros de leitura da Primeira República.(2016) Almeida, Helena Azevedo Paulo de; Rangel, Marcelo de Mello; Abreu, Marcelo Santos de; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Abreu, Marcelo Santos de; Rangel, Marcelo de Mello; Bentivoglio, Julio CesarNo decorrer do século XIX, ocorreu uma acirrada discussão sobre o lugar do índio na constituição da sociedade brasileira. Podemos destacar duas vertentes principais de abordagem: a Romântica, que exaltava-os como honrados, corajosos e futuros cristãos em seu papel de construção da identidade nacional, e uma outra vertente, vinculada à figura de Varnhagen, que colocava o indígena como parte de um passado remoto, bárbaro, sem qualidades, que precisaria ser esquecido e superado através de sua escravização em substituição à mão de obra escrava negra. Assim, o presente trabalho tem por intenção discutir as modificações e permanências destas propostas, a partir de uma análise dos livros de leitura, utilizados no início do século XX, a partir da noção de memória coletiva.Item Batalhas pela memória : verdade, reparação e justiça nas narrativas historiográficas e fílmicas sobre a ditadura chilena (1973- 2015).(2015) Lima, Fernanda Luiza Teixeira; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Reis, Mateus Fávaro; Freitas Neto, José Alves deA proposta deste trabalho é investigar as diversas memórias construídas sobre a ditadura chilena por meio da análise das narrativas historiográficas chilenas e de quatro filmes: Machuca (Andrés Wood, 2004), Tony Manero (Pablo Larraín, 2008), NO (Pablo Larraín, 2012) e Nostalgia de la Luz (Patrício Guzmán, 2012). Produzidos no Chile e entendidos aqui como “Lugares de Memória” por resguardarem e discutirem o golpe militar chileno. Analisamos a historiografia e o cinema a fim de enfatizar as diferenças nas concepções de verdade, reparação e justiça que guiaram suas produções. Nossa hipótese é que as estratégias mais adotadas nos países latino-americanos sobre as memórias da ditadura em períodos democráticos apresentem soluções que hierarquizam esses três elementos, fazendo com que um modifique o outro. Desse modo, algumas perguntas de fundo subjazem: Qual seria o papel da História nesse quadro? Como defender uma comissão da verdade se há pouco tempo vários intelectuais disseram que a verdade não existia? Como avaliar esse compromisso com a verdade na historiografia chilena? E como a justiça aparece? Como reparar as pessoas que sofreram com a ditadura? Tendo essas perguntas como premissa, buscamos efetivamente responder por que o tema da ditadura serve mais do que nunca de enredo na construção dos filmes e dos textos de História desses países. É possível mapear a experiência pessoal do diretor e do historiador como forma de se pensar a maneira pela qual ele aborda a experiência maior de uma coletividade? Esses dois caminhos refletem não apenas diferentes “maneiras de lembrar”, como também, segundo acreditamos, escolhas políticas distintas no que se refere à forma de se lidar com a violência política do passado chileno recente. Nossa pesquisa configura-se dentro de um cenário envolto na tensão entre a ‘memória viva’ e a ‘história escrita’ visando ao presente.Item Cartas entre letrados : circulação de saberes na correspondência entre Joaquín García Icazbalceta e William H. Prescott (1849-1856).(2017) Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraO objetivo do artigo é analisar a correspondência entre William H. Prescott e Joaquín García Icazbalceta, pensando-a como uma oportunidade para se estudar uma pequena fração da maciça corrente de trocas epistolares oitocentistas entre os dois países (e também com a Europa). Tal intercâmbio, embora fragmentário, desigual e pequeno (se comparado ao volume de cartas que ambos escreveram em suas vidas), permitenos mostrar a importância de se estudar as correspondências entre produtores de conhecimento histórico no século XIX, pois, como demonstraremos, é a partir delas, bem como das impressões de livros, periódicos e da circulação desses manuscritos e impressos, que boa parte das instituições de guarda de memória foi formada. Desta forma, é possível pensarmos uma fração de como se escreveu a história do México e como se institucionalizou a ciência histórica ali em meados do XIX, período que conviveu com as primeiras tentativas de criar histórias nacionais. A pesquisa caminha na contramão de ideias que corroboram que nesta época só existia uma relação de guerra ou desconfiança entre o México e os Estados Unidos.Item Ciegos o engañados : narrativas sobre a conquista espiritual do Norte da Nova Espanha (séculos XVII e XVIII).(2014) Kalil, Luis Guilherme Assis; Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraNeste texto, buscamos entender os textos produzidos por religiosos franciscanos e jesuítas sobre a conquista espiritual do Norte da Nova Espanha sob determinados eixos interpretativos utilizados por esses religiosos. Não pretendemos identificar o que há de “indígena” e o que há de “europeu” nessas obras, como parte da historiografia já tentou fazer, mas sim analisar quais características, modelos e formas narrativas foram utilizados pelos autores para construírem suas representações dos habitantes dessa parte do Novo Mundo e, com isso, refletir sobre as relações estabelecidas entre a forma de narrar e aquilo que é narrado. Os eixos que propusemos para essas crônicas são o da “ação demoníaca/ Providência divina” em contraposição ao da “agência humana/livre-arbítrio”. Ou seja, ainda que possamos identificar características próprias a determinada época e/ou ordem religiosa, não limitaremos nossa análise a tais conceitos. Dessa forma, pensamos outros elementos que também integram os relatos missionários, como a maior ou menor ênfase dada à capacidade humana, à vontade do indivíduo, ao livre-arbítrio nos registros sobre a alteridade indígena e o cotidiano missionário. Por fim, também traçamos algumas considerações acerca da historiografia sobre a conquista espiritual do Norte da Nova Espanha.Item A comemoração do centenário da independência no México : o Paseo de la Reforma como palco para a pacificação do passado em 1910.(2011) Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraO texto mostra o projeto porfirista que moldou as comemorações do primeiro centenário da independência mexicana, analisando a construção de monumentos e a realização de um desfile cívico na avenida Paseo de la Reforma. Esse projeto, de pacificação do passado, intencionava mostrar um México de sólidas tradições mestiças (entre espanhóis e astecas), embranquecido, rico e pujante. As relações entre cultura material, memória e esse projeto de mestiçagem confluem na conclusão do texto.Item A construção do santo : Swami Vivekananda e a sua experiência no Ocidente (1893-1897).(2021) Sanches, Raphael Lugo; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Oliveira, Arilson; Gnerre, Maria Lucia Abaurre; Loundo, Dilip; Silveira, Marco AntônioNos últimos meses do ano de 1893, alguns dos principais veículos de comunicação de Chicago noticiaram a presença de um recém-chegado monge hindu em solo americano. Vindo das longínquas terras do oriente, aportou em território estrangeiro com a intenção de participar do Parlamento Mundial das Religiões, ocorrido no âmbito da Feira Mundial. Além da indumentária considerada exótica pelos ocidentais, trouxe consigo a pretensão de atuar como um mediador cultural: intentava conseguir auxílio material e conhecimentos técnico-científicos no ocidente afim de beneficiar seus conterrâneos e, em troca, transmitiria aos ocidentais os conhecimentos religiosos advindos da Índia. A permanência por cerca de mais três anos em terras estrangeiras o fez alterar sobremaneira os seus planos e, também, propiciou a formação de uma rede de sociabilidade e um círculo de discípulos compostos por pessoas economicamente abastadas. Quando o swami retornou à Índia, em 1897, foi recepcionado com festividades públicas e recebeu pela primeira vez o tratamento de vossa santidade. Desde então, muitos esforços foram feitos para perpetuar essa representação, sobretudo, por meio da criação de uma narrativa biográfica oficial, que heroiciza e santifica Vivekananda pelos seus feitos. Esse período foi extensamente documentado através das matérias jornalísticas, apontamentos dos discípulos, registro das suas palestras, fotografias, redação de cartas, publicação de panfletos e livros. Através da leitura entrecruzada desse extenso corpus documental, a tese evidencia como se deu o processo de construção dessa imagem santificada sobre o swami, que de indivíduo ordinário, foi alçado a santo, por sua experiência no ocidente.Item De herói a tirano : as interpretações do porfiriato entre os anos de 1902 e 1920.(2014) Barbosa, Fernanda Bastos; Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraPorfirio Díaz tornou-se presidente constitucional do México em 1877. Manteve-se no governo, por meio de reeleições, até o ano de 1911, época em que renunciou devido à eclosão da Revolução Mexicana (1910). O período correspondente aos seus anos de governo é conhecido como Porfiriato. Sobre esta conjuntura existe uma ampla produção histórica, desde o período contemporâneo à presidência de Díaz até o hodierno. O objetivo da dissertação foi, a partir de uma literatura específica referente ao assunto e da utilização de fontes primárias, pesquisar os modelos interpretativos sobre o governo de Don Porfirio construídos entre os anos de 1902 e 1920, ou seja, entre a última década em que ele permaneceu no cargo de presidente até o final da primeira fase revolucionária. As fontes utilizadas para atingir tal objetivo foram seis obras impressas de indivíduos que escreveram sobre o presidente e seus anos de governo: El General Porfirio Díaz, de Bernardo Reyes (1902); México: su evolución social, compilada por Justo Sierra Méndez entre 1900 e 1902; La sucesión presidencial en 1910: el Partido Nacional Democrático, de Francisco Ignácio Madero (1908); Barbarous Mexico, de John Kenneth Turner (1910); De Porfirio Díaz à Francisco Madero: la sucesión dictatorial, escrita por Luis Lara Pardo em 1912 e El verdadero Díaz y la Revolución (1920), de Francisco Bulnes. Nestes trabalhos percebemos e procuramos explicar as transformações de um discurso, ou seja, como as avaliações sobre o porfirismo modificaram-se desde a última década do século XIX até 1920. De grande pai da nação, como o interpretou a geração oitocentista de polígrafos, ele passou a ser representado (principalmente durante a Revolução) como um ditador tirânico, que concentrou em suas mãos uma grande parcela de poderes políticos e suprimiu a dinâmica partidária existente no cenário público do país.Item Em seu tempo e lugar : a escrita da história do Inca Garcilaso de la Vega em Los Comentarios Reales de los Incas (1560-1617).(2016) Lobo Chamorro, Atahualpa Yupanqui; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Kalil, Luis Guilherme Assis; Reis, Anderson Roberti dosA análise empreendida nesta dissertação pretende caracterizar os recursos mobilizados e os protocolos de escrita da história vigentes durante a elaboração de Los Comentarios Reales de los Incas (1609), tendo como base a escritura de uma história da historiografia e uma história conceitual de fins do século XVI e início do XVII. Neste sentido trataremos a crônica efetuada pelo Inca Garcilaso como um discurso propriamente histórico, com suas próprias noções de tempo, história, verdade e autoridade, destacando o papel da emergência do observador de primeira ordem como critério de validação da escrita. O recorte proposto abrange o período de elaboração da obra até sua publicação, coincidindo com a formação do corpus textual da historiografia sobre o Novo Mundo e das redes de sociabilidade dos letrados cristãos, momento de reavaliação dos conteúdos clássicos da antiguidade do Mediterrâneo, em que ganha destaque o papel da filologia e da retórica como pilares das escritas cristãs da história elaboradas durante a primeira modernidade. Partindo da demanda mais ampla de inserção das novas realidades do Novo Mundo no esquema ocidental vigente, a escrita garcilasiana da história dos Incas se constitui como uma reivindicação de uma versão mais apropriada, tendo em vista a dificuldade de compreensão da realidade andina, que teria gerado distorções do passado Ameríndio.Item Entre "selvagens desumanos"e "homens silvestres" : a política indigenista nas províncias do Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia (1845-1870).(2022) Silva, Natalia Moreira da; Gonçalves, Andréa Lisly; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Gonçalves, Andréa Lisly; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Mattos, Izabel Missagia; Oliveira, Tatiana Gonçalves de; Rodrigues, João Paulo Coelho de SouzaEm 1845 foi aprovado o Regulamento das Missões, que trouxe para a esfera nacional a civilização do indígena. O Regulamento foi a tentativa do Segundo Reinado de integrar índios e brancos por meio da religião católica, do trabalho, do comércio e até mesmo do casamento. Nesta tese analisamos a utilização da mão de obra indígena na segunda metade do oitocentos e também discorremos sobre a relação intrincada de espoliação das terras indígenas e trabalho durante a implantação do Regulamento. Temos como hipótese central que os aldeamentos serviram aos interesses locais como redutos de mão de obra, tanto para particulares quanto para o Estado. Acreditamos que as questões sobre demandas de terras estão ligadas ao tema trabalho, mesmo que este tenha se escasseado nas fontes com o passar do tempo, mas não escasseando a prática do uso. Também acreditamos que o Regulamento foi implantado obedecendo aos interesses de uma “nobreza da terra”, que manejava aldeamentos e indígenas de acordo com os interesses comerciais e de colonização. Nesse sentido é que se impôs a leitura de uma base documental ampla e variada para tentarmos compreender as diversas clivagens da questão indígena entre 1845 e 1870. Consultamos atas do Conselho de Estado, textos publicados na Revista do IHGB, Revista do Arquivo Público Mieiro, atas do Senado e da Câmara. Também analisamos as atas provinciais dos diretores de índios e diretores de aldeias mineiras e capixabas, além dos relatórios dos presidentes de província e periódicos provinciais em busca de comentários sobre os problemas indigenistas, atentando para opiniões acerca dos indígenas, sobre a ação do Estado e possíveis diferenças regionais sobre estes temas e, principalmente, a respeito da recepção e implantação do Regulamento das Missões (1845) que circulavam nas províncias.Item Os escritos confessionais de Úrsula Suárez como artes de fazer.(2021) Silveira, Juliana Machado; Buarque, Virgínia Albuquerque de Castro; Buarque, Virgínia Albuquerque de Castro; Borges, Celia Maia; Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraEste trabalho visa interpretar os escritos autobiográficos de Sóror Úrsula Suárez, publicados pela Academia Chilena de História, sob o título de Relación Autobiográfica em 1984. Esta religiosa, que viveu entre os anos de 1666-1749, pertencia à elite de Santiago, formada pela linhagem de antigos conquistadores, ricos mercadores e funcionários da Corte. Aos doze anos ingressou, contra a vontade da família, no Convento de Nuestra Señora de la Victoria, de onde jamais saiu. Nesta Casa religiosa, destacou-se exercendo importantes cargos, como os de provisora (1684-1685), definidora (1687), vicária (1710-1713) e abadessa (1721-1724). Aos 33 anos, recebeu a ordem do diretor espiritual para escrever uma série de relatos confessionais que abarcavam sua vida desde a infância. Úrsula provavelmente chamou atenção do clero da cidade por conta de suas experiências sobrenaturais, como visões, conversações, sonhos e profecias. Esta prática de escrita era comum durante o período colonial e tinha como objetivo investigar a ortodoxia e a verdade da vivência das religiosas. Na América Hispânica, estes escritos receberam grande influência do ideário místico que floresceu na Península Ibéria durante os séculos XVI e XVII, inspirado por um pensamento difundido na região Reno-Flemenga e pelo estilo dos cristãos conversos, assumindo contornos diversos. De forma geral, os relatos conventuais femininos delineavam um caminho espiritual interior livre de mediações eclesiásticas. A principal problemática lançada pelo estudo que se almeja desenvolver é: que critérios de inteligibilidade podem ser empregados para interpretação historiográfica destes escritos? Tomando como referência a obra A invenção do cotidiano, do historiador Michel de Certeau, sugerimos como hipótese que as experiências de Úrsula Suárez, constituem-se como artes de fazer, que são pequenos e silenciosos atos promovidos no intuito de burlar os sistemas e as normas estabelecidos. Isto porque ela reinventou suas crenças através de experiências cujas dinâmicas ultrapassavam um corpo estático de doutrinas, balizadas pelos códigos religiosos e pela tradição. Deste modo, estas deixam de orientar o discurso religioso para dar lugar ao sincrético, ao novo e ao improviso. Em termos metodológicos, buscamos desvendar elementos textuais que indiquem o delinear de subjetividade feminina através de sua escrita.Item A Guerra Civil no espaço Atlântico : a secessão norte-americana nos debates parlamentares brasileiros (1861-1865).(2017) Oliveira, Juliana Jardim de Oliveira e; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Chaves, Cláudia Maria das Graças; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Costa, Wilma Peres; Pimenta, João Paulo Garrido; Izecksohn, VitorA década de 1860 tem sido analisada como um período internacional de crise que serviu de palco para debates e conflitos sobre temas fundamentais e subjacentes ao século XIX. Em xeque estavam o futuro da escravidão no mundo atlântico, o republicanismo, a democracia, a consolidação dos estados nacionais e suas tendências centralizadoras ou descentralizadoras, a guerra como elemento de formação do Estado nacional e a consolidação de um concerto internacional de nações em um mundo capitalista em desenvolvimento. A década de 1860 tem sido analisada como um período internacional de crise que serviu de palco para debates e conflitos sobre temas fundamentais e subjacentes ao século XIX. Em xeque estavam o futuro da escravidão no mundo atlântico, o republicanismo, a democracia, a consolidação dos estados nacionais e suas tendências centralizadoras ou descentralizadoras, a guerra como elemento de formação do Estado nacional e a consolidação de um concerto internacional de nações em um mundo capitalista em desenvolvimento. Neste contexto, a Guerra Civil nos Estados Unidos foi um dos eventos mais importantes no continente americano. Por muito tempo compreendida pela historiografia norte-americana como um evento essencialmente nacional, hoje a Guerra Civil tem sido analisada sob um ponto de vista internacionalizado, revelando que o conflito endereçou diversas questões políticas, econômicas e sociais que, em realidade, correspondiam a dilemas de escopo atlântico. Considerando, portanto, que a Guerra de Secessão reverberou para além das fronteiras norte-americanas, esta tese analisou como referido conflito impactou nos debates parlamentares da Câmara do Deputados do Brasil entre os anos de 1861 e 1865, no intuito de compreender como importantes questões endereçadas pelo conflito foram recebidas, pensadas e reelaboradas pelos deputados brasileiros a partir de suas experiências políticas próprias, nacionais e regionais. O Brasil teve papel de relevo no contexto atlântico e no concerto de nações. O Império era não apenas o segundo maior país nas Américas, exercendo grande influência regional, mas também o segundo maior país independente escravista no mundo. Brasil e Estados Unidos estavam, portanto, interconectados no espaço atlântico e enfrentavam dilemas similares e fundamentais para o processo de consolidação nacional. O objetivo desta tese é demonstrar que diversas questões pertinentes à época eram relevantes não apenas em um escopo nacional, e que as relações entre Brasil e Estados Unidos neste período eram mais conectadas do que foi descrito até agora. Para realizar esta análise, partiu-se das possibilidades oferecidas pela História Atlântica como referencial teórico e das novas interpretações sobre a Guerra Civil nos Estados Unidos, que a compreendem como fenômeno de alcance internacional. Espera-se que este trabalho contribua para uma melhor compreensão das relações entre Brasil e Estados Unidos na segunda metade do século XIX, revelando imbricações em suas histórias no que se refere notadamente à formação do Estado nacional e ao impacto da Guerra na política, na economia e nas sociedades dessas nações. Espera-se contribuir também para o desmantelamento das perspectivas historiográficas tradicionais, que tenderam a colocar Brasil e Estados Unidos em lados opostos de formação ou como as grandes exceções do continente americano.Item Hereges nos mares de Deus : a ação de corsários como episódio das guerras de religião no século XVI.(2014) Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraEste artigo procura situar as ações de corso e pirataria contra os territórios espanhóis como episódios das Guerras de religião do século XVI. A pirataria é abordada como peça da engrena-gem mercantil, da formação dos Estados moder-nos. Sem abandonar tais premissas, buscamos estudar a ação de piratas também como forma de ataque religioso e como forma de defesa igualmente cristã da verdade da fé, numa cons-trução especular entre espanhóis e “luteranos”, tanto sociocultural quanto retórica.Item História da América : historiografia e interpretações.(Editora UFOP, 2012) Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraItem Historicidades em deslocamento : tempo e política entre os Ashaninka da Amazônia peruana e os Misak dos Andes colombianos.(2020) Moreira, Guilherme Bianchi; Pereira, Mateus Henrique de Faria; matteuspereira@gmail.com; Abreu, Marcelo Santos de; Nicolazzi, Fernando Felizardo; Pereira, Ana Carolina Barbosa; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Pereira, Mateus Henrique de FariaEsta tese investiga dimensões da experiência histórica de duas comunidades indígenas da América do Sul: os Ashaninka do rio Ene, da Amazônia peruana, e os Misak de Guambia, dos Andes colombianos. Com isso, queremos refletir sobre os dilemas teóricos da história disciplinar em contato com a legitimidade de mundos que resistem ativamente às tentativas de serem enquadrados nos termos analíticos de nossa tradição. Objetivamos demonstrar de que maneira a ação política e a produção cosmológica dessas comunidades desestabilizam potencialmente, quando levadas a sério, parte fundamental do repertório conceitual de nossa disciplina. Propomos entender, no interior das historicidades desses mundos, os sentidos através dos quais seus atores pensaram a questão do tempo e da história e como mobilizaram esses sentidos na vida prática e no domínio político. De maneira semelhante, os usos e as apropriações do conhecimento histórico pelas comunidades também são analisados como forma de entender o trânsito entre diferentes formas de dotar o passado de sentido e de deslocar as historicidades para além de lugares fixos e universais. A partir de fontes etnográficas e históricas, entrevistas e histórias recolhidas em uma curta investigação de campo, mitos, autobiografias e documentos produzidos pelas organizações indígenas ao longo das últimas décadas, refletimos sobre os modos ameríndios de construir relações entre o tempo, a política e a história e sobre as implicações disso para a atividade historiográfica moderna. Concluímos, em interlocução com uma série de desenvolvimentos recentes entre a antropologia e a teoria da história, com um convite a repensar a rigidez e a suposta universalidade de pares conceituais caros à nossa tradição disciplinar, de modo a imaginar um espaço interpretativo aberto às tensões produzidas de forma não imanente ao discurso histórico.Item Jeroglíficos de nuestras postrimerias e las postrimerias de Carabuco : a circulação da ideia de Novissimos entre a Espanha e o vice-reinado do Peru no século XVII.(2020) Santos, Letícia Roberto dos; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Fernandes, Luiz Estevam de Oliveira; Quírico, Tamara; Tatsch, Flávia GalliOs Novissimos são uma doutrina da igreja católica que se dispõe a pensar nos Fins Últimos dos Homens, Postrimerías na língua Espanhola. Esta doutrina tornou-se um tema de grande apelo nas artes do Baixo Medievo Europeu, servindo como modelo de doutrinação católica. No entanto, este motivo iconográfico teve um papel doutrinador crucial no projeto de Modernidade Espanhola, sendo utilizado com frequência na decoração de igrejas no vice-reinado do Peru nos séculos XVII e XVIII, mesmo sendo considerado um tema Medieval. O presente trabalho pretende demonstrar de que forma este tema foi utilizado como parte do projeto de Modernidade Espanhol a partir da análise de duas séries de pinturas do século XVII, uma série em Sevilha, na Espanha, e outra em Carabuco, no Vice-reino do Peru, atual Bolívia.Item La primera crónica religiosa del Caribe : la “Relación acerca de las antigüedades de los Indios” (c.1496), del jerónimo Ramón Pané.(2010) Domínguez, Lourdes; Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraEl documento que presentamos es uno de los primeros relatos hechos por europeos sobre los indígenas en el Nuevo Mundo, pocos años después de la llegada de Cristóbal Colón. Su autor, Ramón Pané, era fraile de la orden de los Jerónimos, ha permanecido algunos años entre los indios Taino e ha producido el primer relato hecho por un religioso sobre eses pueblos. Además de presentar algunas noticias sobre la obra y su autor, ofrecemos al lector una clave de lectura para el documento.Item Um mosaico de fatos : produção e circulação de literatura sobre a escravidão nos Estados Unidos em meados do XIX - A Cabana do Pai Tomás e os romances anti-tom’s.(2014) Braga, Marcelle Danielle de Carvalho; Fernandes, Luiz Estevam de OliveiraEste trabalho analisou a produção do romance A Cabana do Pai Tomás, de Harriet Beecher Stowe, e seu impacto sobre o mercado editorial de meados do século XIX. Para tanto, investigamos, primeiramente, a família Beecher, que já se envolvia com a luta antiescravista e que vivenciou as primeiras discussões sobre o tema com Stowe. Posteriormente, seguimos com a análise do mercado editorial que foi envolvido para a publicação do romance na forma de folhetim e de livro. A análise da obra e de suas publicações permitiu-nos refletir sobre a construção do discurso antiescravista da autora, que agrupamos nos seguintes eixos: questão religiosa e moral, questão biológica e cultural, e questão política e legislativa. Posteriormente, analisamos como a escritora propôs formas de emancipação dos escravos e defendeu a veracidade das histórias que narrava. O romance causou grande impacto no mercado editorial, estimulando o surgimento de inúmeros romances e outras narrativas que se propuseram a respondê- la. Pensamos a produção desses textos e analisamos o mais vendido entre eles: Aunt Phillis Cabin, de Mary Anderson Eastman. E tentamos ler o texto sob os mesmo eixos propostos para o texto de Stowe. Como conclusão, percebemos que tanto o discurso antiescravista quanto o pró-escravista se sustentavam, principalmente, sobre interpretações da Bíblia e sobre a Constituição e a Declaração de Independência