Navegando por Autor "Faria, Daniel Barbosa Andrade"
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Item Contribuições à história intelectual do Brasil republicano.(Editora UFOP, 2012) Avelar, Alexandre de Sá; Faria, Daniel Barbosa Andrade; Pereira, Mateus Henrique de FariaItem No país dos Bauretz : dimensões políticas do deboche dos Mutantes à luz da teoria bakhtiniana (1966–1973).(2017) Cordeiro, Renata Marques; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Faria, Daniel Barbosa Andrade; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Abreu, Marcelo Santos deEste trabalho analisa o período clássico da banda de rock brasileira Mutantes, com início em 1966 e término em 1972, objetivando demonstrar a existência de uma dimensão política no tipo de humor praticado por eles. Antes, porém, buscamos inserir nosso objeto de estudo no escopo dos acontecimentos nacionais e mundiais de meados da década de 1960 e início da de 1970. Analisando fontes históricas tais como revistas publicadas pela Editora Abril intituladas Realidade (1966 – 1976) e Intervalo (1963 – 1972), nós pudemos descrever a trajetória da banda, entendendo-a como um dos protagonistas do encontro entre as guitarras e um subtexto social, cultural e político no Brasil. A partir de então, vimos suas participações em festivais da canção e pudemos perceber a constituição de uma política alternativa baseada na participação subjetiva através da experiência sensorial. Além das duas revistas da grande mídia, tivemos acesso também a duas entrevistas concedidas pelos Mutantes a uma publicação da imprensa alternativa denominada O Bondinho. Mediante declarações de Arnaldo Baptista e Rita Lee, comparando- as às premissas tropicalistas e contraculturais, percebermos a postura Mutante tanto como uma resposta à realidade política do Brasil que atravessava um período ditatorial, como a adesão a um movimento mundial de contracultura. Por fim, lançamos mão da teoria de Mikhail Bakhtin e pudemos assim observar a estrutura do riso Mutante sob a luz da cultura cômica popular, encontrando e destacando na trajetória Mutante – letras, músicas, performances – dois princípios típicos dessa cultura, a carnavalização e o realismo grotesco conforme descritos pelo pensador russo.Item Paradoxos dos direitos humanos no Brasil : da ditadura militar à democracia (1964-2019).(2020) Silva, Camilla Cristina; Pereira, Mateus Henrique de Faria; Silveira, Marco Antônio; Lisbôa, Natália de Souza; Faria, Daniel Barbosa Andrade; Silveira, Mariana de Moraes; Pereira, Mateus Henrique de FariaPensar sobre anticomunismo, direitos humanos, história e justiça é também pensar sobre o tempo histórico. Um país assentado em bases profundamente autoritárias, que as enfrenta limitada e tardiamente, seguirá fadado a ratificá-las e até mesmo fortalecê-las. Dentre os países que vivenciaram ditaduras militares na segunda metade do século XX, na América Latina, o Brasil tem sido referenciado como um dos que menos cumpre os mecanismos de justiça de transição, pensados, internacionalmente, como premissas que sociedades e Estados deveriam colocar em prática para lidar com passados de abusos e violências em larga escala. Não enfrentar esse passado-presente (assim como não enfrentar a escravidão e o genocídio indígena) implicou e continua implicando na sua reatualização e na replicação de violências no presente. Nesse sentido, procuramos explicar o Brasil atual a partir de dois fenômenos: do dispositivo anticomunista e da manipulação do discurso de direitos humanos. Para isso, voltamos à ditadura militar para buscar os sentidos de direitos humanos organizados tanto pelos Estados autoritários implantados com golpes em vários países da América Latina, quanto pelo movimento internacional que se fortalece no final dos anos 1970. Nossa hipótese principal é que, sobre a inscrição na memória pública brasileira, a forte presença do sentido negativo da luta por direitos humanos – como direitos de “bandidos” – possui relação íntima com a manipulação de uma linguagem que vinculou o significado desses direitos ao discurso anticomunista. Como um dispositivo que tem moldado nossas relações sociais, políticas e econômicas, a retórica da ameaça comunista tem servido, no passado e no presente, para justificar a presença do Estado punitivista e excludente. Assim como a democracia brasileira, derivada da transição incompleta, é eivada de paradoxos, o locus e a relação da sociedade e das instituições com os direitos humanos também é. Nesses paradoxos, do passado ao presente, têm sido eleitos quem são sujeitos dos direitos humanos no Brasil e para quem o Estado continuará sendo de exceção. Procuramos demonstrar isso através da análise das sentenças do judiciário brasileiro, nas alçadas civil e penal, para as ações ajuizadas por familiares e sobreviventes do terrorismo do Estado ditatorial, bem como pelo fortalecimento do negacionismo e dos discursos de ódio no presente.