Navegando por Autor "Faria, Carolina Souza Sarno"
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Item Avaliação do assoreamento dos lagos do alto rio Doce com base em estudos morfométricos.(Programa de Pós-Graduação em Evolução Crustal e Recursos Naturais. Departamento de Geologia. Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2013) Faria, Carolina Souza Sarno; Castro, Paulo de Tarso AmorimA bacia do rio Doce representa um importante cenário para o entendimento das dinâmicas de evolução das paisagens no período Quaternário, por ser marcada por rápidas modificações climáticas. A região apresenta um complexo sistema lacustre, com características geomorfológicas bastante peculiares, tais como a presença de lagos em diferentes fases, alguns cobertos por água e outros parcial ou totalmente entulhados, distribuídos em uma região de depressão. Diversos estudos consideram a condicionante climática a principal responsável pela origem das lagoas que teriam sido formadas em decorrência da intensa sedimentação aluvial a partir do barramento de canais tributários do rio Doce. Embora fosse clara a existência da atuação tectônica no período Cenozóico que originou a “Depressão Interplanáltica do Rio Doce”, a constatação da sua influência na origem e evolução dos lagos da região se deu somente após o estudo de Mello (1997). A área apresenta cerca de duzentas lagoas em diferentes processos de colmatação e outras cinqüenta que aparecem com volumes expressivos d’água. Com o intuito de entender o que condiciona o processo desigual de entulhamento nas lagoas da região, foram utilizadas ferramentas de análise morfométrica das sub-bacias lacustres, e a caracterização de fácies a partir da granulomeria e da mineralogia dos sedimentos. As análises morfométricas indicaram que não existe relação entre o assoreamento das lagoas e o formato das bacias de contribuição, nem tão pouco, com o formato da lagoa. Dessa forma, deduz-se que os diferentes estágios de assoreamento de lagos dispostos lado a lado e nas mesmas condições ambientais se deve à tectônica Cenozóica. O estudo de fácies sedimentares das amostras obtidas nos lagos assoreados indica que os estágios finais de assoreamento ocorreram de maneira independente entre eles.