Navegando por Autor "Duarte, Thays Helena Chaves"
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Item Efeito do polimorfismo biológico e molecular do Trypanosoma cruzi sobre a resposta imune e as alterações teciduais no coração e cólon de camundongos na fase crônica da infecção.(2020) Duarte, Thays Helena Chaves; Vieira, Paula Melo de Abreu; Paiva, Nívia Carolina Nogueira de; Vieira, Paula Melo de Abreu; Paiva, Nívia Carolina Nogueira de; Estanislau, Juliana de Assis Silva Gomes; Béla, Samantha RibeiroVários fatores atuam na patogênese da doença de Chagas (DCh), alguns são inerentes ao Trypanosoma cruzi, enquanto outros estão relacionados ao hospedeiro. Estudos demonstram uma associação entre o desenvolvimento de distintas formas clínicas e o tropismo tecidual de diferentes linhagens do T. cruzi, apontando o polimorfismo genético como fator crítico para o prognóstico da doença. Dados prévios do nosso grupo de pesquisa demonstraram que um isolado da cepa Berenice-78 (Be-78is) tem características histopatológicas semelhantes à cepa Be-62, bem como parasitemia semelhante à Be-78 parental, na fase aguda da DCh. Diante disso, esse trabalho teve como objetivo avaliar o efeito do polimorfismo biológico e molecular do T. cruzi sobre o processo inflamatório e as alterações da matriz extracelular no coração e cólon de camundongos ao longo da fase crônica da infecção experimental. Para isso 80 camundongos BALB/c foram divididos em quatro grupos experimentais: NI (não infectados), cepa Be-62, isolado Be-78is e cepa Be-78 parental, os animais foram eutanasiados aos 90 dias após a infecção (DAI). Os dados obtidos neste trabalho, mostram que os animais infectados pela cepa Be-78 parental mantiveram a carga parasitária no coração ao longo da infecção, se comparado aos dados da fase aguda (Nogueira-Paiva, 2015) no entanto, aos 90DAI, o processo inflamatório, exuberante na fase aguda foi capaz de gerar dano tecidual reparado com uma discreta fibrose, sugerindo na fase crônica recente, uma situação de equilíbrio entre parasito-hospedeiro, que pode estar relacionada à presença de amastigotas quiescentes, incapazes de gerar estímulo antigênico necessário à inflamação, portanto, “protegidas” do efeito citotóxico da resposta imune celular. Em contrapartida, os animais infectados pelo isolado Be-78is apresentavam um histotropismo preferencial para o cólon e uma resposta imune aparentemente controlada no coração, demonstraram, aos 90DAI, neste órgão, carga parasitária maior que a observada na fase aguda (Nogueira-Paiva, 2015) que embora, inferior em relação à cepa parental, acompanhada de processo inflamatório que foi importante no controle do parasitismo tecidual. Em detrimento do processo inflamatório sustentado na fase crônica, nenhuma alteração na expressão de laminina e conexina 43 foi observado nos animais infectados em relação os animais não infectados, o que pode estar relacionado ao aumento da citocina IL-10 encontrado nos animais infectados pelo isolado Be-78is que foi capaz de imunomodular o efeito citotóxico da resposta inflamatória. Assim, podemos concluir que no coração, o isolado Be-78is parece apresentar um perfil atrasado em relação à cepa Be-78 parental, podendo estar relacionado a uma patogenicidade inferior ou até mesmo por apresentar uma infecção mais silenciosa, sendo necessárias análises mais tardias que poderiam evidencia melhor as lesões causadas nos casos clínicos na DCh.