Navegando por Autor "Drummond, Leandro de Oliveira"
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Item Efeito do fogo na composição, distribuição e dieta de uma taxocenose de anfíbios anuros de campos rupestres em Ouro Preto, MG.(Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Biomas Tropicais. Departamento de Biodiversidade, Evolução e Meio Ambiente, Instituto de Ciências Exatas e Biológicas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2009) Drummond, Leandro de Oliveira; Pires, Maria Rita SilvérioEste trabalho teve como objetivo a análise do efeito do fogo em uma taxocenose de anfíbios anuros de uma lagoa altitudinal circundada por Campos Rupestres, conhecida como Lagoa Seca (20°25’52”S; 43°29’12”W). Na primeira parte do trabalho é analisado o efeito do fogo sobre a diversidade, distribuição sazonal e ocupação do espaço pelos anuros. Para isso foram realizadas visitas quinzenais nos períodos pré-fogo, entre outubro de 2004 a setembro de 2005, e pós-fogo, entre outubro de 2007 e outubro de 2008. Dez espécies de anfíbios foram encontradas tanto no período pré-fogo quanto no período pós-fogo, sendo elas pertencentes às famílias Brachycephalidae (1 sp.), Hylidae (5 sp.), Leptodactylidae (2 sp.) e Leiuperidae (2 sp.). Cinco espécies foram encontradas, em baixa abundância, no ambiente apenas após a passagem do incêndio, indicando uma colonização facilitada pelo fogo: Scinax fuscovarius (família Hylidae), Rhinella pombali (Família Bufonidae), Leptodactylus cunicularius, Leptodactylus furnarius, Leptodactylus fuscus. Nos dois anos de estudo a pluviometria foi um dos fatores determinantes para a presença de anfíbios na Lagoa Seca, porém houve diferença no tempo de resposta dos anfíbios a variações na chuva, que foi de 5 a 10 dias antes e de 10 a 15 dias após o incêndio. A temperatura do ar afetou a atividade dos anfíbios apenas no período pós-fogo, o que pode ser conseqüência da maior flutuação térmica provocada pela retirada da vegetação. Houve notáveis mudanças na ocupação ambiental pelas espécies de anfíbios entre os anos de estudo. O aumento no número de espécies de anfíbios, associada à simplificação do ambiente provocada pela remoção da vegetação emergente, resultou em grande sobreposição espacial, aumentando a probabilidade de competição entre as espécies, o que foi comprovado para S. curicica e S. squalirostris. Foi encontrado um maior número de espécies e indivíduos utilizando bromélias como abrigo diurno após o fogo. Isto provavelmente se deve ao fato de que as bromélias não foram atingidas pelo fogo por estarem por estarem protegidas por afloramentos rochosos, associado à destruição de abrigos alternativos no entorno dos afloramentos. Na segunda parte do presente trabalho pretendeu-se analisar o efeito do fogo na dieta da taxocenose de anfíbios da Lagoa Seca. Para isso, foram avaliados os conteúdos estomacais de Leptodactylus jolyi, Scinax squalirostris, Scinax curicica logo após a passagem do incêndio. A dieta destas espécies foi composta exclusivamente por artrópodes, sendo que L. jolyi apresentou dieta com grande proporção de cupins alados, provavelmente devido a disponibilidade destes no ambiente e não devido à especialização na dieta. Scinax squalirostris e S. curicica apresentaram grande proporção de estômagos vazios, além de presas menores, menor abundância e menor volume total de presas quando comparado com L. jolyi. Esta diferença provavelmente se deve ao maior tamanho de L. jolyi, e ao hábito arborícola das espécies de Scinax, que contrastariam com o hábito terrestre/subterrâneo de formigas e cupins, insetos considerados resistentes a incêndios. É recomendada a realização de maior quantidade de trabalhos sobre o efeito do fogo sobre a fauna antes de serem utilizados incêndios controlados como forma de manejo em Unidades de Conservação no Brasil.Item Enyalius perditus (Squamata: Leiosauridae) : vomiting as a defensive behavior.(2020) Cruz, Antônio Jorge do Rosário; Drummond, Leandro de Oliveira; Magalhães, Adriele Prisca de; Braga, Caryne Aparecida de Carvalho; Pires, Maria Rita SilvérioItem Impact of fire on anurans of rupestrian grasslands (campos rupestres) : a case study in the Serra do Espinhaço, Brazil.(2018) Drummond, Leandro de Oliveira; Moura, Filipe Rodrigues; Pires, Maria Rita SilvérioThe rupestrian grasslands of the Serra do Espinhaço (Espinhaço Mountain Range) are mainly a savanna vegetation complex with a high degree of anuran endemism. Although this fire-prone vegetation is frequently burned by natural and anthropogenic fires, there is no information about how populations of the anurans of this ecosystem respond to such an impact. Aiming to evaluate the effect of fire on the anuran composition of a typical rupestrian grasslands environment, a high-elevation temporary pond of about 500 m² (Lagoa Seca) in Parque Estadual do Itacolomi was monitored during three different one-year time periods: Pre-fire (PrF), immediately Post-fire (PoF) and Seven Years Post-fire (7PoF). Surveys took place every two weeks throughout each study period. An increase in anuran species richness was found immediately after the fire event. The species present during the periods when the vegetation was in advanced stages of regeneration (PrF and 7PoF) were not eliminated by the fire event. Additionally, five species were recorded at low densities exclusively in the PoF period. The factors that may provide fire resistance to anuran of rupestrian grasslands and the implications of the results for fire management plans, a conservation measure previously treated as a taboo by many Brazilian conservation managers, are discussed.Item Inventário de pequenos mamíferos (Rodentia e Didelphimorphia) da Serra de Ouro Branco : porção sul da cadeia do Espinhaço, Minas Gerais, Brasil.(2016) Braga, Caryne Aparecida de Carvalho; Drummond, Leandro de Oliveira; Pires, Maria Rita SilvérioA Serra do Ouro Branco, está localizada na porção sul da Cadeia do Espinhaço, região de transição entre o Cerrado e a Mata Atlântica, no estado de Minas Gerais, Brasil. O objetivo deste estudo foi inventariar os pequenos mamíferos do Parque Estadual da Serra do Ouro Branco (PESOB) e do Monumento Natural Estadual de Itatiaia, unidades de conservação da Serra do Ouro Branco, e comparar com a diversidade encontrada em outras áreas da Cadeia do Espinhaço. A amostragem durou 24 meses (2009-2010) utilizando pitfall traps. Foram registradas 19 espécies de pequenos mamíferos, 13 de roedores e seis de marsupiais, com um esforço de 6664 armadilhas/noite. A área de estudo apresentou baixa similaridade com outras áreas do Espinhaço. Foram registradas espécies raras e inéditas para esta cadeia de montanhas. Foi detectada elevada dissimilaridade em toda a Cadeia, revelada pelo grande número de ocorrências únicas (40%) e baixo número de espécies que ocorreram em pelo menos metade das áreas inventariadas (17%). Assim, a alta riqueza e diversidade registradas aliadas a particularidade na composição de espécies de cada área e a escassez de dados para a região norte e principalmente central da cadeia do Espinhaço reforçam a importância de mais estudos e inventários de pequenos mamíferos em toda a sua extensão.