Navegando por Autor "Coelho, Aline Meireles"
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Item Avaliação do potencial profilático e terapêutico da piperina na hepatotoxicidade induzida pelo paracetamol.(2022) Coelho, Aline Meireles; Costa, Daniela Caldeira; Costa, Daniela Caldeira; Cadena, Pabyton Gonçalves; Santos, Sandra Lauton; Isoldi, Mauro César; Cardoso, Leonardo MáximoA metabolização de xenobióticos pelo fígado pode levar a intoxicação e hepatotoxicidade. O paracetamol (APAP) é um dos analgésicos e antipiréticos mais utilizados, porém devido ao acesso fácil e a falta de conhecimento da população sobre seus efeitos nocivos o número de intoxicações por este fármaco tem aumentado progressivamente. A piperina, um composto natural extraído da pimenta preta, tem sido relatado na literatura pelo seu potencial hepatoprotetor, antioxidante, anti- inflamatório e imunomodulatório. Assim, o objetivo deste projeto foi avaliar a progressão temporal da intoxicação hepática causada pela overdose de paracetamol bem como o potencial profilático e terapêutico da piperina na redução da hepatotoxicidade em camundongos C57BL/6. Para tal, utilizamos 98 animais, sendo que todos os procedimentos experimentais foram aprovados pelo Comitê de Ética no Uso de Animais (CEUA-UFOP). Nos três delineamentos utilizados neste projeto (temporal, profilático e terapêutico), a hepatotoxicidade foi induzida pela administração do paracetamol na dose de 500mg/kg por gavagem orogástrica. No delineamento temporal, distribuímos os grupos em: controle, APAP 3H e APAP 12H, sendo os animais eutanasiados 3 ou 12 horas após a overdose de paracetamol. Nossos resultados mostram que 3 horas após a overdose foi observado aumento de creatinina e do biomarcador de peroxidação lipídica (TBARS). Já no período de 12H foi observado um aumento nos marcadores de lesão hepática e dano oxidativo, além do aumento de citocinas inflamatórias séricas e ativação da expressão genica dos componentes do inflamassoma, sugerindo o agravamento da hepatotoxicidade ao longo do tempo. No delineamento profilático com a piperina, avaliamos o potencial do fitoterápico na prevenção das alterações hepáticas induzidas pela exposição à xenobiótico, neste caso o paracetamol. Os grupos foram distribuídos em: grupo controle, APAP, P20 + APAP e P40 + APAP. Os animais receberam piperina por 8 dias consecutivos nas doses de 20 mg/kg ou 40 mg/kg, sendo o APAP administrado 12 horas após a última dose de piperina. Os animais foram eutanasiados 03 horas após a administração do APAP. Os resultados mostraram que a prevenção com ambas as doses da piperina reduziu a atividade de ALT, o índice de necrose e os biomarcadores de dano oxidativo, além de modular positivamente a expressão gênica dos componentes da via do inflamassomo e da isoenzima CYP2E1. No delineamento terapêutico com a piperina, os grupos foram distribuídos em: controle, APAP, APAP + P20, APAP + P40, APAP + NAC, APAP + P20 + NAC, APAP + P40 + NAC. Neste delineamento, após 2 horas à overdose de APAP foram realizados os tratamentos com a piperina nas doses de 20 ou 40 mg/Kg em associação ou não com a N- acetilcisteína (NAC) na dose de 300 mg/kg. Todos os tratamentos foram realizados por gavagem orogástrica. Os animais foram eutanasiados 12 horas após a administração do APAP. Os resultados mostraram que a associação da NAC com ambas as doses de piperina diminuiu a atividade de AST e da MMP-9, além da redução dos níveis de ureia, proteína carbonilada, TBARS, TNF e IL-6. Também foi observado redução na área de necrose hepática e aumento na regeneração dos hepatócitos. Em relação à expressão gênica, a associação da NAC com ambas as doses de piperina reduziu os níveis de mRNA de IL-1β, IL-18 e CASP-1 e a associação com a maior dose de piperina reduziu os níveis de mRNA de NLRP3. Além disso, a associação da NAC com a menor dose de piperina reduziu a atividade de ALT e aumentou os grupamentos sulfidrilas. Assim, podemos concluir que a piperina isolada ou em associação com a NAC tem se mostrado uma possível aliada tanto na prevenção quanto no tratamento da hepatotoxicidade causada pelo paracetamol.Item A inibição do proteassomo como alvo para a sensibilização de T. cruzi via processos redox.(2018) Coelho, Aline Meireles; Garcia, Camila Carrião Machado; Garcia, Camila Carrião Machado; Tahara, Erich Birelli; Afonso, Luís Carlos CroccoO Trypanosoma cruzi é um protozoário flagelado unicelular, causador da doença de Chagas. Durante seu ciclo de vida, o parasito consegue evadir sistemas de defesas, como macrófagos, tolerando altas doses de espécies reativas. Alguns dos sistemas de defesa do parasito passam pela alta capacidade de tolerar danos no DNA, ativação de vias de reparo muito eficientes e detoxificação de proteínas oxidadas pelo complexo ubiquitina-proteassomo. Dados recentes têm demonstrado que o não funcionamento do proteassomo é altamente tóxico induzindo morte significativa dos parasitos. Atualmente, alguns trabalhos têm relacionado a participação do proteassomo em mecanismos de reparo de DNA, o que se torna um alvo biotecnológico muito interessante. Com isso, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da inibição do proteassomo como um potencial alvo biotecnológico em T. cruzi frente a induções de danos no DNA e recrutamento de vias de reparo de DNA. Para isso, realizamos testes de toxicidade da cepa CL Brener na forma epimastigota com o proteassomo inibido em conjunto com diferentes dosagens de peróxido de hidrogênio, com a finalidade de induzir processos redox, e com o crotonaldeído, um aldeído formado como subproduto de lipoperoxidação, que causa alquilação nas bases nitrogenadas da fita de DNA e aminoácidos. De acordo com os resultados, o efeito da inibição do proteassomo induz maior morte celular em parasitos tratados com peróxido de hidrogênio. O que provavelmente está relacionado diretamente com uma possível participação do proteassomo em mecanismos de reciclagem de proteínas não funcionais, principalmente oxidadas ou para a processividade da vias de reparo de DNA.Item Piperine as therapeutic agent in paracetamol-induced hepatotoxicity in mice.(2022) Coelho, Aline Meireles; Queiroz, Isabela Ferreira; Perucci, Luiza Oliveira; Souza, Melina Oliveira de; Lima, Wanderson Geraldo; Silva, André Talvani Pedrosa da; Costa, Daniela CaldeiraHigh doses of paracetamol (APAP) can cause irreversible liver damage. Piperine (P) inhibits cytochrome P450, which is involved in the metabolism of various xenobiotics, including paracetamol. We evaluated the hepatoprotective effects of piperine with or without N-acetylcysteine (NAC) in APAP-induced hepatotoxicity. The mice were treated with two doses of piperine (P20 or P40) and/or NAC at 2 h after administration of APAP. The NAC+P20 and NAC+P40 groups showed a reduced area of necrosis, MMP-9 activity, and Casp-1 expression. Furthermore, the NAC+P20 group was the only treatment that reduced alanine aminotransferase (ALT) and increased the levels of sulfhydryl groups (-SH). In the NAC+P40 group, NLRP-3 expression was reduced. Aspartate aminotransferase (AST), thiobarbituric acid-reactive substances (TBARS), and IL-1β expression decreased in the NAC, NAC+P20, and NAC+P40 groups compared to the APAP group. The liver necrosis area, TNF levels, carbonylated protein, and IL-18 expression decreased in the P40, NAC, NAC+P20, and NAC+P40 groups compared to the APAP group. The cytokine IL-6 was reduced in all treatments. Piperine can be used in combination with NAC to treat APAP-induced hepatotoxicity.