Navegando por Autor "Baldez, Brenda Carla Lima"
Agora exibindo 1 - 2 de 2
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item Genoma mitocondrial da formiga cultivadora de fungo Mycetophylax simplex Emery, 1888 : implicações filogenéticas, evolutivas e subsídios para conservação.(2019) Baldez, Brenda Carla Lima; Cardoso, Danon Clemes; Cristiano, Maykon Passos; Cardoso, Danon Clemes; Cruz, Izinara Rosse da; Svartman, MartaApesar da grande diversidade de formigas, ainda há poucos dados disponíveis de genomas mitocondriais. Em geral, tais estudos compreendem uma ou poucas espécies das principais subfamílias, sendo que dentro do grupo das formigas cultivadoras de fungos, sequências genômicas mitocondriais estão disponíveis apenas para as formigas cortadeiras do gênero Atta. O gênero Mycetophylax Emery, 1913, consiste em 21 espécies, sendo que possui três formigas endêmicas de ambientes de dunas arenosas da costa atlântica brasileira. Em particular, a espécie Mycetophylax simplex Emery, 1888 foi categorizada como vulnerável (VU) na lista das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção vigente, em consequência da degradação e declínio da qualidade de seu habitat. Neste contexto, genomas mitocondriais (mitogenomas) são essenciais em estudos de evolução molecular, sistemática e conservação de espécies. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo caracterizar o genoma mitocondrial da formiga M. simplex. Os dados moleculares gerados aqui serão utilizados para analisar variações genômicas e também contribuir para o conhecimento das relações filogenéticas e conservação dessa espécie. O genoma mitocondrial completo de M. simplex possui 16.367 pb de comprimento. Foram identificados 37 genes, dos quais, 13 são genes codificadores de proteínas (PCGs), 22 RNAs transportadores (tRNAs), 2 RNAs ribossomais (rRNAs), além de uma região controle (CR). As análises de composição nucleotídica indicam que o genoma dispõe de um forte desvio para os pares de base adenina e timina. Além disso, o viés do genoma mitocondrial de M. simplex para os nucleotídeos A-T também refletiu no uso de códons pelos PGCs. Em geral, os parâmetros AT-skew e GC-skew apresentaram valores negativos sugerindo que na sequência mitogenômica os nucleotídeos T são mais abundantes que A e C é mais abundante que G, com exceção do GC-skew dos tRNAs, o qual sugere que G é mais abundante que C. A estrutura gênica identificada aqui difere do arranjo ancestral em genes tRNAs, no entanto, é compartilhado com a maioria das espécies de Myrmicinae sequenciadas até o momento. Todos os PCGs utilizaram o códon de início típico, ATN, dos quais, nove iniciaram com ATA e os demais com ATG. Além disso, todos os códons finalizaram com TAA, com exceção dos genes cox1, atp6, cox3 e cytb que finalizaram com o códon de parada TAG. As estruturas secundárias dos genes tRNAs foram destacadas neste trabalho, sendo que todos os genes apresentaram a estrutura típica de trevo, com exceção de trnS1 e trnV. Além do mais, este trabalho 11 corrobora estudos filogenéticos anteriores, mostrando que M. simplex está intimamente relacionada com as demais espécies do grupo das formigas cultivadoras de fungos, evidenciando M. simplex como uma espécie basal em relação ao gênero Atta. Dessa forma, ressaltamos que a sequência genômica mitocondrial de M. simplex pode contribuir com a sistemática do grupo. Ainda, pode fornecer subsídios sobre o conhecimento da evolução de Formicidae e conservação da espécie M. simplex.Item Intraspecific variation in the karyotype length and genome size of fungus-farming ants (genus Mycetophylax), with remarks on procedures for the estimation of genome size in the Formicidae by flow cytometry.(2020) Moura, Mariana Neves; Cardoso, Danon Clemes; Baldez, Brenda Carla Lima; Cristiano, Maykon PassosAnts (Formicidae) present considerable diversity in chromosome numbers, which vary from n = 1 to n = 60, although this variation is not proportional to that in genome size, for which estimates range from 0.18 pg to 0.77 pg. Intraspecific variation in the chromosome number and karyotype structure has been reported among species, although the variation among populations of the same species has received much less attention, and there are few data on genome size. Here, we studied the karyotype length and genome size of different populations of the fungus-farming ants Mycetophylax conformis (Mayr, 1884) and Mycetophylax morschi (Emery, 1888). We also provide remarks on procedure for the estimation of ant genome size by Flow Cytometry (FCM) analysis. Chromosome number and morphology did not vary among the populations of M. conformis or the cytotypes of M. morschi, but karyotype length and genome size were significantly distinct among the populations of these ants. Our results on the variation in karyotype length and genome size among M. morschi and M. conformis populations reveal considerable diversity that would be largely overlooked by more traditional descriptions of karyotypes, which were also supported by the estimates of genome size obtained using flow cytometry. Changes in the amount of DNA reflect variation in the fine structure of the chromosomes, which may represent the first steps of karyotype evolution and may occur previously to any changes in the chromosome number.