Navegando por Autor "Assis, Elizeu Antonio de"
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Item Uma análise da percepção dos trabalhadores atendidos pelo CEREST e UBS do Vale do Aço sobre os possíveis fatores psicossociais relacionados ao trabalho.(2023) Miki, Cristina Campodônico; Reis, Luciana Paula; Caram, Carolina da Silva; Reis, Luciana Paula; Caram, Carolina da Silva; Velloso, Isabela Silva Cancio; Fernandes, June Marques; Assis, Elizeu Antonio deCom a Revolução Industrial, o trabalho passou por diversas mudanças que resultaram em um aumento do número de afastamentos e adoecimentos decorrentes das atividades laborais, incluindo as doenças mentais. Nesse contexto, existe uma lacuna na literatura quanto aos estudos direcionados para análise qualitativa abrangendo vários seguimentos de trabalho com propósito de identificar os fatores psicossociais que podem levar ao adoecimento. Para isso, o objetivo dessa pesquisa é analisar a percepção dos trabalhadores atendidos pelo Centro de Regional de Referência de Saúde do Trabalhador (CEREST) e Unidade Básica de Saúde (UBS) do Vale do Aço sobre as condições presentes no ambiente laboral que podem afetar a saúde mental, emocional e física, identificados como os fatores psicossociais relacionados ao trabalho (FRTP). Esses fatores incluem desde o ambiente físico, a carga de trabalho até às relações interpessoais no ambiente de trabalho. Para a coleta dos dados foram realizadas 17 entrevistas com trabalhadores que, em algum momento, foram assistidos pelo CEREST ou UBS. As entrevistas foram transcritas e analisadas por meio de tabelas. Como resultado, os principais FPRT foram: a sobrecarga de trabalho (76,47%), a pressão temporal (76,47%), a falta de apoio dos gestores (52,94%) e o assédio no trabalho ficou representado por (52,94%) das falas dos respondentes. A relevância desta pesquisa é de apresentar os FPRT mais recorrentes e de despertar o olhar da organização para se obter um ambiente saudável segundo OMS. Espera-se que o tema seja explorado buscando métodos de identificação preventiva dos riscos, maneiras de como aplicar esses métodos e o acompanhamento dos resultados junto aos trabalhadores.Item Exilados na pátria : o tratamento de "alienados" no Centro Psiquiátrico de Barbacena, 1903 -1979.(2020) Assis, Elizeu Antonio de; Carrara, Ângelo Alves; Carrara, Ângelo Alves; Silveira, Anny Jackeline Torres; Almeida, Cleber Lúcio de; Andrade, Mateus Rezende de; Vieira, Marcelo LucianoO Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena (CHPB) foi qualificado como “Sucursal do Inferno”, “Campo de Concentração Nazista”, “Porões da Loucura” e como um verdadeiro “Holocausto Brasileiro”. Essa mesma narrativa afirma que “a histórica comporta outras histórias”, desse modo, essa tese apresenta um contraponto a esse discurso denunciativo. Argumenta que ao tomar a instituição de forma isolada, essa narrativa não levou em conta a complexidade do CHPB enquanto um nó na rede de atenção ao Alienado do Estado de Minas Gerais. Desta forma, o discurso denunciativo ocultou o percurso dos doentes em seu itinerário para Barbacena, bem como a atuação dos trabalhadores do CHPB em seu esforço para efetivar a assistência à saúde dos enfermos. O período analisado se inicia em 1903, ano em que se deu a instalação da Assistência a Alienados do Estado de Minas Gerais e vai até 1979, quando se realizou o III Congresso Mineiro de Psiquiatria. A pesquisa indaga quem eram os sujeitos internados no Centro Hospitalar entre os anos de 1903 até 1979 e como a sociedade brasileira lidou com os sujeitos acometidos pela loucura. Analisa o modo pelo qual o Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena se articulava com outros estabelecimentos de tratamento da loucura do Estado, bem como vincula a história do CHPB ao contexto da assistência a alienados do Estado de Minas Gerais. Para este fim, coleta, analisa e sistematiza dados de todos os livros de matrícula de pacientes segurados e de pacientes indigentes recolhidos gratuitamente à assistência a alienados. A partir das categorias: ano de entrada; gênero; cor; diagnóstico, estado civil; idade; ano de saída; tempo de internação e mortes de pacientes; trabalha um total de 125.537 registros. Conclui-se que o cuidar da loucura serviu de instrumento útil à emboscada para a manutenção do status-quo. Observou-se, ainda, que discurso denunciativo construiu representações sociais que perpetuaram significados impermeáveis às contradições oferecidas pelos documentos. É neste ponto que a História se colocou como conhecimento científico capaz de permitir compreender o que ocorreu no “modo de cuidar”.