Navegando por Autor "Aragão, Giani Aparecida Santana"
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Item Classificação de pilhas de estéril na mineração de ferro.(2011) Aragão, Giani Aparecida Santana; Oliveira Filho, Waldyr Lopes deO artigo apresenta uma proposta canadense de classificação de pilhas de estéril do ponto de vista da sua estabilidade física. O método baseia-se na avaliação ponderada e semiquantitativa de fatores-chave que podem afetar a estabilidade. Seu resultado permite atribuir uma determinada classe à pilha de acordo com o potencial de instabilidade. Essas classes definem um nível de esforço recomendado para investigação, projeto, construção e monitoramento da pilha. Para a verificação da eficácia do sistema de classificação, foi realizado um estudo de caso diante da realidade da mineração de ferro, na cidade de Nova Lima, Minas Gerais. A execução desse trabalho envolveu uma pesquisa documental e um posterior trabalho de campo, a fim de se aplicar, as informações coletadas sobre as pilhas no sistema de classificação. O trabalho mostra, também, inovações introduzidas pelos autores sobre o uso do sistema de classificação como meio de atestar a qualidade do manejo das pilhas e de identificar condicionantes de um projeto. O sistema de classificação mostrou que se trata de uma ferramenta muito útil, tanto no planejamento, como também na avaliação de todas as fases da vida de uma pilha.Item Classificação de pilhas de estéril na mineração de ferro.(Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mineral. Departamento de Engenharia de Minas, Escola de Minas, Universidade Federal de Ouro Preto., 2008) Aragão, Giani Aparecida Santana; Oliveira Filho, Waldyr Lopes deA atividade de extração mineral traz consigo a produção de uma quantidade variável de materiais de pouco ou nenhum valor econômico, respectivamente minério pobre ou estéril. Enquanto o manejo do minério pobre responde a uma estratégia de negócio e tem um caráter de provisoriedade, a remoção do estéril da área de lavra e sua disposição final são atividades que podem ter um impacto desfavorável no desenvolvimento de uma mina com implicações de ordem econômica, de segurança e ambiental. Esses aspectos relativos ao manejo de estéreis são tão mais significativos nos dias de hoje face aos grandes volumes movimentados nas operações mineiras, maior escassez de áreas adequadas à disposição, especialmente em empreendimentos mais antigos, e maior exigência dos órgãos reguladores. Essa situação faz com que seja necessário um maior esforço de planejamento das atividades de projeto, construção, operação e reabilitação das estruturas finais geradas pela movimentação dos estéreis. O presente trabalho baseia-se numa proposta de classificação de pilhas de estéril do ponto de vista da sua estabilidade física. O Sistema de Classificação foi apresentado pelo governo canadense na obra intitulada “Mined Rock and Overburden Piles” (BC Mine Waste Rock Pile Research Committee, 1991). O sistema baseia-se na avaliação ponderada de fatores que podem afetar a estabilidade física de uma pilha. A avaliação das pilhas é feita de uma forma semi-quantitativa e o resultado permite atribuir uma determinada categoria de pilha (classe) de acordo com seu potencial de instabilidade. Estas classes definem um nível de esforço recomendado para investigação, projeto, construção e monitoramento da pilha. Para a execução deste trabalho foi realizada uma pesquisa documental e um posterior trabalho de campo a fim de aplicar as informações coletadas sobre as pilhas no sistema V I de classificação, e deste modo avaliar o desempenho dessas estruturas diante da realidade da mineração de ferro. Foram escolhidas e classificadas três pilhas de estéril da Vale dentro do Quadrilátero Ferrífero. Os resultados foram interpretados e discutidos de modo a se chegar a uma classe de estabilidade para as pilhas em estudo. Além disso, foi possível examinar se o nível de esforço recomendado de cada classe estava de acordo com o executado. Como foram coletados muitos dados, foi possível também apresentar uma análise das características gerais das pilhas e o seu manejo por uma grande empresa de mineração de ferro. O sistema de classificação proposto mostrou que se trata de uma ferramenta muito útil tanto no planejamento, como também na avaliação de todas as fases da vida de uma pilha, atingindo um nível razoável entre a aplicabilidade e a facilidade do método.Item Mudanças de política ambiental motivadas por catástrofes : lições dos rompimentos de duas barragens de rejeitos no Brasil.(2021) Braga, Michelle Cristina dos Reis; Fonseca, Alberto de Freitas Castro; Fonseca, Alberto de Freitas Castro; Milanez, Bruno; Barbosa, Terezinha de Jesus Espósito; Aragão, Giani Aparecida Santana; Leite, Adilson do LagoAs políticas públicas ambientais estão em constante evolução, carecendo, portanto, de monitoramento e avaliação. Todavia, o Estado nem sempre tem capacidade ou motivação para monitorar tais políticas, de modo a prevenir problemas e promover melhorias. Em alguns casos, as melhorais das políticas ambientais dão-se em reação a desastres, que expõe, de forma súbita e contundente, problemas pré-existentes. Essa situação está sendo observada no Brasil onde, após as rupturas das barragens de contenção de rejeitos Fundão e B1, em 2015 e 2019, ficaram expostos problemas de efetividade nas políticas de segurança e emergência de barragens. A magnitude dos impactos no meio ambiente, nas comunidades a jusante dos barramentos (perdas de vidas e transtornos sociais) bem como na infraestrutura pública e privada mostrou a importância de aperfeiçoar os diversos regulamentos voltados às barragens. O processo de aprendizagem político-institucional impulsionado por esses eventos desastrosos desencadeou diversas mudanças legais e regulatórias em nível estadual e federal, mas esse conhecimento resta disperso e marginalmente explorado. Diante do exposto, a presente pesquisa teve dois objetivos: 1) compreender como as políticas ambientais são avaliadas no estado de Minas Gerais e quais são os principais desafios enfrentados; e 2) compreender em que medidas as rupturas das barragens de rejeito Fundão e B1 influenciaram no aperfeiçoamento das leis e regulamentos voltados à gestão de segurança e de emergência de barragens. Buscou-se identificar a relação de causalidade entre as mudanças e os desastres, bem como conhecer as principais motivações para as alterações legais e infra legais ocorridas. A metodologia baseou-se em entrevistas com gestores e analistas dos órgãos ambientais e na análise de conteúdo da legislação voltada à gestão de segurança e emergência de barragens. Por fim, foi realizada uma análise crítica da legislação para identificar os principais avanços e desafios. Por meio dos resultados obtidos foi possível evidenciar um certo despreparo e uma certa desarticulação dos órgãos ambientais estaduais na avaliação de políticas ambientais. Observou-se que a falta de prioridades e evidências de efetividade prejudicam o aprimoramento proativo das políticas, pois diversos aspectos relevantes, como a capacidade de gestão dos órgãos e entidades ambientais, não são considerados nas tomadas de decisão. Com relação aos instrumentos legais voltados às barragens de mineração, foram constatados diversos avanços que possuem potencial para promover a adequada gestão das estruturas, bem como uma melhor preparação para atuação em emergências. Destacam-se as novas exigências quanto ao monitoramento, ao estudo de inundação, ao sistema de alerta, aos treinamentos, ao fornecimento de informações ao órgão fiscalizador e à articulação entre empreendedor e demais partes interessadas. Ressalta-se que o aperfeiçoamento das leis e regulamentos, por si só, não garante a efetividade das medidas estabelecidas. Os empreendedores devem adotar boas práticas ao longo de todo o ciclo de vida das barragens, pois o contexto regulatório fornece apenas o arcabouço mínimo de ações em prol da segurança destas estruturas.