PPGSN - Programa de Pós-graduação em Saúde e Nutrição
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Navegando PPGSN - Programa de Pós-graduação em Saúde e Nutrição por Autor "Andrade, Amanda Cristina de Souza"
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Item Comportamento sedentário de adolescentes da região metropolitana de Belo Horizonte e sua associação com características individuais e da vizinhança - Estudo Saúde Urbana em Vespasiano.(2019) Parajára, Magda do Carmo; Meireles, Adriana Lúcia; Andrade, Amanda Cristina de Souza; Meireles, Adriana Lúcia; Mendes, Larissa Loures; Machado, Elaine LeandroIntrodução: O ritmo acelerado de urbanização tem ocasionado mudanças no modo de vida das pessoas e, consequentemente, nas condições de saúde das populações e seus determinantes. Assume-se que, além das características individuais, também as características do local de residência, ou seja, do ambiente físico e social da vizinhança, contribuem no entendimento de hábitos que interferem na saúde, a exemplo, o comportamento sedentário. O comportamento sedentário contempla atividades com gasto energético ≤ 1,5 equivalentes metabólicos, realizadas quando o indivíduo está acordado em postura sentada ou reclinada. Objetivos: Avaliar a associação entre comportamento sedentário em adolescentes (11 a 17 anos) vivendo em uma área urbana e características individuais e relacionadas à percepção do ambiente físico e social da vizinhança. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, aninhado ao “Estudo Saúde Urbana em Vespasiano”, inquérito domiciliar de base populacional realizado no município de Vespasiano, Minas Gerais, em 2015-2016. Foi feita amostragem probabilística, contemplando três estágios de seleção: setores censitários; domicílios; e cotas proporcionais para a população adulta. No domicílio do adulto entrevistado, todos os adolescentes foram convidados para participar da pesquisa. O desfecho, comportamento sedentário, foi autorrelatado pelo adolescente e mensurado por meio do tempo de exposição a telas (televisão, computador e vídeo game) superior a duas horas por dia. A associação do comportamento sedentário com variáveis da percepção do adulto sobre o ambiente físico e social da vizinhança, características sociodemográficas, estilo de vida, comportamentos de risco e saúde foi estimada pela regressão de Poisson com variância robusta. Quatro modelos distintos foram propostos para entender a influência das variáveis da vizinhança. Resultados: Participaram do estudo 374 adolescentes, de ambos os sexos, com idade entre 11 a 17 anos. A prevalência de comportamento sedentário foi 74,6%. Maior tempo de tela foi associado à presença de árvores que deixam o ambiente agradável, mesmo após o ajuste pelas características individuais (RP = 1,10; IC90%: 1,01-1,21). A combinação da ausência de árvores que deixam o ambiente agradável e ausência de segurança para caminhar durante o dia associou-se à exposição maior que duas horas por dia de comportamento sedentário, mesmo após ajuste das características individuais (RP = 1,13; IC90%: 1,01-1,27). Os domínios sociodemográfico, estilo de vida e comportamentos de risco foram associados com maior tempo de tela. Conclusão: O estudo evidenciou elevada prevalência de tempo de tela entre os adolescentes e que características individuais e da vizinhança foram associadas. Esses resultados sugerem que tanto ações no nível individual quanto do contexto, ou seja, do ambiente físico e social da vizinhança, devem ser consideradas no estudo sobre comportamento sedentário entre adolescentes de áreas urbanas.Item Qualidade do sono durante a pandemia e suas interfaces com o consumo alimentar, comportamento sedentário e vitamina D.(2022) Menezes Júnior, Luiz Antônio Alves de; Meireles, Adriana Lúcia; Andrade, Amanda Cristina de Souza; Meireles, Adriana Lúcia; Andrade, Amanda Cristina de Souza; Rodrigues, Paulo Rogério Melo; Caiaffa, Waleska Teixeira; Vieira, Renata Adrielle Lima; Amaral, Joana Ferreira doIntrodução: O sono é um comportamento natural e imprescindível, ocupa cerca de um terço de nossas vidas e é fundamental para o nosso bem-estar físico, mental e emocional. A qualidade do sono e os problemas relacionados afetam praticamente todas as áreas da saúde e a maioria desses problemas pode ser tratada ou prevenida de forma eficaz, a partir do diagnóstico correto e da identificação e prevenção dos fatores de risco relacionados. O estudo do sono é recente na literatura e ainda é pouco claro o papel de certos determinantes, como o consumo alimentar, o comportamento sedentário e a vitamina D. Objetivos: Avaliar a qualidade do sono da população adulta da região dos Inconfidentes (MG) durante a pandemia da covid-19 e sua associação com o consumo alimentar, comportamento sedentário e vitamina D sérica. Metodologia: Foi realizado um inquérito soroepidemiológico transversal de base populacional com coleta de dados domiciliar em dois municípios da região dos Inconfidentes (Ouro Preto e Mariana), entre outubro e dezembro de 2020. Por meio de uma entrevista face a face foram avaliadas questões sociodemográficas, de comportamentos e condições de saúde. A qualidade do sono foi medida pelo Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (IQSP) e classificada como sono de boa qualidade (0-5 pontos) ou de má qualidade (> 5 pontos). Também foi realizada a coleta de sangue para a determinação de vitamina D sérica. Em todos objetivos propostos, a variável desfecho foi a má qualidade do sono. No primeiro objetivo, avaliou-se a qualidade do sono e sua associação com fatores sociodemográficos, condições de saúde e aspectos relacionados a pandemia da covid-19. No segundo objetivo, que foi avaliar a associação do consumo alimentar com a qualidade do sono, a variável exposição foi uma pontuação de ingestão de alimentos que considerou a frequência de consumo e a extensão e propósito do processamento de alimentos. A pontuação total variou de 0 (melhor) a 48 pontos (pior qualidade da alimentação), categorizados em quartis. Além disso, foi avaliado se os indivíduos substituíram seu almoço e/ou jantar por alimentos ultraprocessados por cinco, ou mais dias na semana. O terceiro objetivo foi avaliar a associação do comportamento sedentário isolado e em conjunto com a prática de atividade física na qualidade do sono. A variável exposição foi o comportamento sedentário, medido a partir do autorrelato do tempo total sentado em horas por dia, e o efeito da razão entre o tempo gasto em atividade física no lazer moderada a vigorosa pelo tempo em comportamento sedentário. Indivíduos com nove horas ou mais de tempo total sentado foram classificados com comportamento sedentário elevado. E o último objetivo foi 5 avaliar a associação entre a vitamina D com a qualidade do sono, estratificado pela exposição a luz solar diária. A vitamina D (25(OH)D) foi determinada por eletroquimioluminescência indireta, e classificada como deficiência, valores de 25(OH)D < 20 ng/mL numa população saudável e 25(OH)D < 30 ng/mL para grupos em risco de deficiência de vitamina D (idade ≥ 60 anos, indivíduos com obesidade, cor de pele parda ou preta, com câncer, diabetes ou doenças renais crônicas). A exposição a luz solar diária foi classificada como "insuficiente" quando menor que 30 minutos por dia. As associações foram estimadas a partir de análise logística univariada e multivariada. Gráficos acíclicos direcionados (DAG) foram elaborados para auxiliar na seleção de conjuntos mínimos e suficientes de variáveis de ajuste para confundimento a serem incluídas nos modelos multivariados, a partir do critério da porta de trás (backdoor). Resultados: Foram avaliados 1.762 indivíduos, 998 do município de Ouro Preto (56,6%) e 764 de Mariana (43,4%). Em relação às características sociodemográficas dos participantes do estudo, 51,9% eram do sexo feminino, 47,2% da faixa etária de 35 a 59 anos, 53,2% indivíduos solteiros, 67,9% pretos ou pardos, 31,2% tinham até 8 anos de estudo e 41,1% possuíam renda familiar de até 2 salários mínimos. O IQSP teve uma pontuação média de 6,32 pontos (IC95% 6,03-6,62) e a prevalência de má qualidade do sono (IQSP > 5) foi observada em 52,5% (IC95% 48,6-56,4) do total da amostra. Em relação ao primeiro objetivo, as variáveis associadas a má qualidade do sono foram: ter uma perda de peso de 5,0% (OR:1,66; IC95%: 1,01-2,76) ou ganho de peso de 5,0% (OR:1,90; IC95%: 1,08-3,34), ter sintomas da covid-19 (OR:1,94; IC95%: 1,25-3,01), ter sintomas de ansiedade (OR:2,22; IC95%: 1,20-4,14) e viver sozinho (OR:2,36; IC95%: 1,11-5,00). Quanto ao segundo objetivo, observou-se que indivíduos no quartil 3 e 4, caracterizados por maior consumo de alimentos ultraprocessados e menor consumo de alimentos in natura/minimamente processados, tiveram maiores chances de má qualidade do sono (Q3=OR: 1,71; IC95%: 1,03-2,85; Q4=OR: 2,44; IC95%: 1,32-2,44) comparados aos indivíduos do primeiro quartil, caracterizados por maior consumo alimentos in natura/minimamente processados e menor consumo de alimentos ultraprocessados. Em relação ao comportamento sedentário (terceiro objetivo), na análise multivariada os indivíduos com comportamento sedentário de 9 horas ou mais por dia, tinham mais de chances de ter má qualidade do sono (OR: 1,81; IC95%: 1,10-2,97). E nos indivíduos com comportamento sedentário ≥ 9h, a prática de um minuto de atividade física moderada a vigorosa por hora de comportamento sedentário reduziu a chance de ter má qualidade do sono (OR: 0,83; IC95%: 0,70-0,96). Por fim, em relação ao quarto objetivo, encontramos que a prevalência de 6 deficiência de vitamina D foi de 32,2% (IC95%: 26,9-38,0), e na análise multivariada, a deficiência de vitamina D foi associada a má qualidade do sono apenas em indivíduos com exposição a luz solar insuficiente (< 30 minutos/dia) (OR: 2,08; IC95%: 1,16-3,72). Além disso, em indivíduos com exposição a luz solar insuficiente, cada aumento de 1 ng/mL nos níveis de vitamina D reduziu em 4,2% a chance de ter má qualidade de sono (OR: 0,96; IC95%: 0,93-0,99). Conclusão: Este estudo revelou que mais da metade dos indivíduos tinham má qualidade do sono durante a pandemia da covid-19, e que a perda ou ganho de peso, sintomas da covid-19, viver sozinho, ou ter sintomas de ansiedade foram associados a má qualidade do sono. Além disso, o maior consumo de alimentos ultraprocessados concomitantemente com menor consumo de alimentos in natura/minimamente processados, o comportamento sedentário elevado e a deficiência de vitamina D em indivíduos que tinham exposição a luz solar insuficiente foram associados a má qualidade do sono. Dessa forma, este estudo fornece subsídios para a elucidação de alguns determinantes do sono, permitindo a formulação de políticas, programas e ações, apoiando a gestão em saúde e contribuindo para a promoção da qualidade do sono.Item Taxa de mortalidade por câncer infanto-juvenil e sua relação com a densidade de cultivo agrícola em Minas Gerais : um estudo ecológico.(2018) Rodrigues, Erica Costa; Meireles, Adriana Lúcia; Tavares, Ricardo; Andrade, Amanda Cristina de Souza; Pessoa, Milene Cristine; Meireles, Adriana LúciaExistem evidencias científicas que a população rural residente em áreas próximas a determinadas culturas agrícolas está exposta a agrotóxicos derivados dessas culturas. Estudos demostram que exposição a agrotóxicos está relacionada ao desenvolvimento de câncer na infância, principalmente leucemias e câncer do sistema nervoso central. No Brasil os tipos de canceres mais comuns na infância são as leucemias, câncer do SNC e linfomas que representa a 1ª causa de morte por doenças na faixa etária de 1 a 19 anos. O objetivo do estudo foi descrever a taxa de óbitos por câncer na infância e adolescência e analisar a distribuição espacial da taxa em relação à densidade de área plantada das principais culturas agrícolas do estado de Minas Gerais no período de 2011 a 2015. Tratou-se de estudo ecológico em que os dados de câncer foram obtidos no Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e os dados de área plantada foram obtidos por meio do levantamento da Produção Agrícola Municipal (IBGE). Esses dados foram analisados no software IBM SPSS Statistic 20 na fase descritiva. Para análise espacial exploratória utilizou-se os mapas temáticos e o Índice de Moran Global e Local para verificação de autocorrelação espacial, no software R version 64. 3.4.1 Nessa pesquisa observou-se que as mortes por leucemias, linfomas e câncer do sistema nervoso central e periférico representaram juntas 61,5% de todas as mortes por câncer infanto-juvenil no período 2011 a 2015. A taxa média de mortalidade ajustada por idade para esses tipos de câncer ao final do período foi de 22,71 óbitos por milhão em 2015. A sobreposição das duas variáveis evidenciou que a microrregião de Patrocínio e Ituiutaba (Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba), Campo Belo (Oeste de Minas), Manhuaçu (Zona da Mata) como regiões em que a convergência de dados da taxa média de mortalidade ajustada por idade por câncer infanto-juvenil e densidade de cultivo agrícola ocorreram no quintil mais alto. Mais estudos em nível individual são necessários para compreensão da hipótese levantada por esse estudo.